terça-feira, 6 de março de 2012

Tibete - China (vídeo: As Aventuras de Tin-Tin)

O Tibete é uma região na Ásia, que hoje é pela maior parte coberta pela Região Autônoma do Tibete da República Popular da China. A Região Autônoma tem uma área de aproximadamente 1,2 milhões de km².

A capital administrativa do Tibete vive hoje um “boom” de hotéis de luxo. A começar pelo majestoso St. Regis Lhasa Resort, com seus 162 apartamentos, localizado a 3.600 metros acima do nível do mar, em operação desde maio. Em 2010, foi a charmosa villa de donos tibetanos, chamada de Lingtsang, que reabriu como um hotel-butique de madeira colorida e opulenta, com varandas. As grandes novidades são o InterContinental Resort Lhasa Paradise e o Shangri-La, ambos com inauguração prevista para 2013.

O lado positivo disto tudo é que pela primeira vez os viajantes podem ter modormias onde a hospitalidade básica era um desafio. Pelo lado negativo, o crescimento populacional de Lhasa, os novos distritos comercias e shoppings centeres são vistos por muitos como uma forma de colonização cultural e exploração da terra sagrada.


A história do Tibete começa cerca de 2.300 anos atrás quando em 127 a.C. uma dinastia militar se fixou no vale de Yarlung. Esta dinastia reinou sobre o país durante cerca de oito séculos. Após centenas de anos voltados para campanhas militares que investiam sobre as terras vizinhas, em 617 o Imperador Songtsen Gampo - o 33º rei do Tibete – começou a transformar a civilização feudo-militar em um império mais pacífico. Seu reinado durou até 701, e seu legado foi imenso.





Criou o alfabeto tibetano; estabeleceu e escreveu o sistema legal tibetano baseado no princípio moral, que naquela época já mencionava a importância da proteção do ambiente e natureza; patroneou o budismo e construiu vários templos, dentre eles o Jokhang e o Ramoche. Seus sucessores continuaram a transformação cultural, custeando traduções e criando instituições.



O próximo rei do Tibet foi Tride Tsukden (704 – 754), pai do futuro rei Trisong Detsen. A partir do século VII, torna-se o centro do Lamaísmo, religião baseada no budismo, que transforma o país num poderoso reinado. Motivo de cobiça dos chineses desde o século XVII, quando é declarado território soberano da China, o Tibete luta durante séculos pela independência, obtida em 1912.




O Tibete é hoje considerado pela China como uma região autônoma chinesa (Xizang). Conhecido como o "teto do mundo" por seus picos nevados, as montanhas do Tibete têm, em média, 4875 m, com destaque para a Cordilheira do Himalaia. Em 1950, o regime comunista da China ordena a invasão da região, que é anexada como província. A oposição tibetana é derrotada numa revolta armada, em 1959. Em conseqüência, o 14° Dalai Lama Tenzin Gyatso, líder espiritual e político tibetano, retira-se para o norte da Índia, onde instala um governo em exílio. O país torna-se região autônoma da China em setembro de 1965 contra a vontade popular.








Entre 1987 e 1989, tropas comunistas reprimem, com violência, qualquer manifestação contrária à sua presença. Há denúncias de violação dos direitos humanos pelos chineses, resultantes de uma política de genocídio cultural. Em agosto de 1993, iniciam-se conversações entre representantes do Dalai Lama, prêmio Nobel da Paz em 1989, e os chineses, mas mostram-se infrutíferas.



Em maio de 1995 é anunciado, pelo Dalai Lama, o novo Panchen Lama, o segundo na hierarquia religiosa do país: Choekyi Nyima, de 6 anos. O governo de Pequim reage e afirma ter reconhecido Gyaincain Norbu, também de 6 anos, filho de um membro do Partido Comunista, como a verdadeira encarnação da alma do Panchen Lama. Ugyen Tranley, o Karmapa Lama, terceiro mais importante líder budista tibetano, reconhecido tanto pelo governo da China como pelos tibetanos seguidores do Dalai Lama, foge do país em dezembro de 1999 e pede asilo à Índia. A China tenta negociar seu retorno, mas Tranley, de 14 anos, critica a ocupação chinesa no Tibete.





A causa da independência do Tibete ganha força perante a opinião pública ocidental após o massacre de manifestantes pelo Exército chinês na praça da Paz Celestial e a concessão do Prêmio Nobel da Paz a Tenzin Gyatso, ambos em 1989. O Dalai Lama passa a ser recebido por chefes de Estado, o que provoca protestos chineses. No início de 1999, o governo chinês lança uma campanha de difusão do ateísmo no Tibet. A fuga do Karmapa Lama causa embaraço à China.



A ONG Students for a free Tibet luta há alguns anos para tentar livrar vários tibetanos que foram presos injustamente pelo governo chinês.


A visita de Tenzin Gyatso, 14° Dalai Lama a França, atraiu milhares de fieis e fez correr muita tinta. Aos 73 anos, o Prêmio Nobel da Paz que se descreve como um simples monge budista, exerce um fascínio planetário. Na sua passagem por Nantes, o Dalai Lama defendeu as concepções que tem da vida ao microfone da euronews. Antes de partir para a Índia, terra de exílio há 50 anos, dá algumas dicas sobre o sucesso obtido.

O Dalai Lama ao longo do tempo tornou-se o líder político do Tibete, onde política e religião fundiram-se em um Estado teocrático. Dessa maneira, é comum encontrar-se em literaturas menos especializadas a informação de que o Dalai Lama é um líder temporal e político. Na verdade, ele é um monge e lama, reconhecido por todas as escolas do Budismo tibetano, mas mais comumente associado à escola Gelug.

Palácio de Potala



O atual e 14.º Dalai Lama é Tenzin Gyatso, nascido em 1935 e morava no Palácio de Potala durante o inverno e na residência de Norbulingka durante o verão, em Lhasa, capital do Tibete.
Em 1959, quando a China comunista invade o Tibete, o Dalai Lama foi exilado para a Índia, onde mora até hoje, no local de Dharamsala. Dalai significa "Oceano" em mongol e "Lama" é a palavra tibetana para mestre, guru, e várias vezes referido por "Oceano de Sabedoria", um título dado pelo regime mongoliano à Altan Khan (o terceiro Dalai Lama) e agora aplicado a cada encarnação na sua linhagem.




Os Dalai Lamas são mostrados como sendo a manifestação de Avalokiteshvara, o Bodhisattva da Compaixão, cujo o nome é Chenrezig em tibetano.

O nome tibetano do Dalai Lama é Gyawa Rinpoche que significa "grande protetor", ou Yeshe Norbu, a "grande jóia". Após a morte do Dalai Lama, uma pesquisa é instituída pelos seus monges para descobrir o seu renascimento, ou tulku. Além do Papa, é a única pessoa a quem se atribui o título de Sua Santidade.

Link para arquivo PPT: http://www.4shared.com/office/SyiwdOJS/China_Razonamiento_lateral.html

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