quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Bolsas de estudos Nova Zelândia
Iniciativa prevê também que estudantes poderão trabahar legalmente em território neozelandês
Publicado em 26/04/2005
Por Carlos Brazil
O governo da Nova Zelândia, buscando estimular o interesse internacional pelas oportunidades na área de Educação oferecidas por aquele país, lançou agora em abril de 2005 um pacote de benefícios para estrangeiros que inclui novas bolsas de estudos e, até, a oportunidade de trabalho legal para estudantes em território neozelandês. Os jovens neozelandeses também foram lembrados e poderão, agora, ter bolsas para estudos no exterior.
"Essa é uma boa iniciativa do governo da Nova Zelândia para ampliar as oportunidades para alunos da Nova Zelândia e Brasil fazerem intercâmbio, e também para as instituições do Brasil e da Nova Zelândia aprofundarem as relações mútuas. Estamos aumentando o número de bolsas e abrindo oportunidade para as pessoas que moram na Nova Zelândia estudarem no exterior. Acho que é uma oportunidade muito interessante para os nossos povos", afirma a embaixadora da Nova Zelândia no Brasil, Denise Almao. "Como embaixadora aqui no Brasil posso assegurar que nosso governo tem um interesse forte em conferir aos estudantes internacionais uma Educação e apoio de alta qualidade", acrescenta.
Segundo ela, a iniciativa busca tornar a Nova Zelândia e suas instituições de ensino mais atraentes para os brasileiros. "Vamos, assim, ajudar os brasileiros que precisam de um suplemento para ficar algum tempo na Nova Zelândia", acrescenta a diplomata.
Os novos benefícios foram divididos nas seguintes iniciativas:
Aumento do número de bolsas de estudos oferecidas pelo governo da Nova Zelândia, passando, agora no ano acadêmico de 2006, a um total de 40 vagas para cursos de doutorado (pelo NZ International Doctoral Research Scholarships Programme, ou programa internacional neozelandês de bolsas de estudos para doutorado) e 30 vagas para graduação (pelo NZ International Undergraduate Scholarships Programme, ou programa internacional neozelandês de bolsas para graduação), internacionalmente (segundo a Embaixada da Nova Zelândia no Brasil, serão priorizados na divulgação cerca de 20 países, incluindo o Brasil). As inscrições para ambos os programas vão até 15 de julho de 2005;
Estímulo ao intercâmbio, prevendo a possibilidade de que neozelandeses possam vir a estudar no Brasil ou em outros países (pelo NZ Study Abroad Awards Programme, ou programa neozelandês de concessão de oportunidades de estudos no exterior);
Lançamento de oportunidades especiais para estudantes de doutorado na Nova Zelândia, que prevêem que os estrangeiros terão as mesmas condições de taxas escolares praticadas em relação aos neozelandeses. Até o momento, havia duas modalidades de taxas: as domésticas, para os neozelandeses; e as internacionais, destinadas aos estrangeiros. Esta iniciativa representará a economia de algo em torno de US$ 7.000 a US$ 10.000 ao ano. Também os filhos destes doutorandos poderão freqüentar as escolas neozelandes pagando as taxas escolares domésticas;
Abertura da possibilidade de trabalho legal a estudantes estrangeiros matriculados em cursos integrais de duração mínima de seis meses, inclusive cursos de inglês. Nos períodos de férias escolares, os estudantes poderão trabalhar em período integral para ajudar na manutenção pessoal. Estudantes que venham a freqüentar alguns cursos valorizados pelo Skilled Migration Programme (programa neozelandês de imigração qualificada) receberão pontos extras na avaliação de permissão de trabalho legal por um período de seis meses naquele país.
A embaixadora Denise Almao diz que está é mais uma iniciativa do governo neozelandês para estimular estudantes de todo o mundo, inclusive brasileiros, a optar pelo sistema de Ensino Superior de seu país, reconhecido, segundo ela, internacionalmente pela qualidade das instituições locais, cujo processo educativo é baseado no modelo britânico.
Ela afirma esperar, também, que o novo programa de estímulo ao estudo de neozelandeses no exterior possa ampliar o interesse de estudantes de seu país em ter uma experiência no Brasil. "Acho que muitos jovens da Nova Zelândia não chegam a pensar no Brasil por causa do problema do português. Se as universidades oferecerem aulas de orientação intensiva de português vai ajudar, porque está aumentando o interesse dos neozelandeses no Brasil e na América Latina. Estamos trabalhando para facilitar as condições de entrada neste continente", indica.
Em 2004, cerca de 1.000 brasileiros estiveram na Nova Zelândia para estudos, principalmente do idioma inglês. No total, naquele período, foram por volta de 100 mil estudantes estrangeiros freqüentando instituições de ensino neozelandesas.
Modalidades
O NZ International Doctoral Research Scholarships Programme (ou programa internacional neozelandês de bolsas de estudos para doutorado) é a principal iniciativa do governo neozelandês no estímulo à formação de acadêmicos e pesquisadores estrangeiros naquele país.
Destinadas aos cursos de doutorado na Nova Zelândia, as bolsas prevêem a cobertura dos custos com as taxas escolares, passagens aéreas de ida e volta e um subsídio para despesas pessoas do bolsista e de acomodação. Em média, as bolsas giram em torno de 40.000 dólares neozelandeses (o equivalente a cerca de US$ 28.000) por ano.
Para serem selecionados, os candidatos devem provar proficiência no idioma inglês, por testes como o IELTS (mínimo de 6,5 pontos) ou TOEFL (mínimo de 575 pontos, incluindo média 4,5 no Test of Written English), entre outros. Será avaliado, também, o desempenho acadêmico dos postulantes visando atrair os melhores estudantes estrangeiros para os estudos na Nova Zelândia.
As inscrições para esta modalidade estarão abertas até 15 de julho de 2005 para estudos que começam no início de 2006.
Já o NZ International Undergraduate Scholarships Programme (ou programa internacional neozelandês de bolsas para graduação) visa beneficiar estudantes estrangeiros de ótimo desempenho acadêmico com bolsas de estudos para graduação.
Além de atrair os melhores estudantes estrangeiros para estudarem na Nova Zelândia, a iniciativa visa aprimorar parcerias em educação com os países e regiões selecionados e incrementar o perfil e a reputação internacional das instituições de ensino superior daquele país.
A bolsa nesta modalidade prevê a cobertura dos custos acadêmicos de um curso de graduação na Nova Zelândia, em um valor esquivalente a cerca de US$ 12.000 ao ano. Esta bolsa não prevê o pagamento de despesas com viagem ou com a manutenção do estudante em território neozelandês.
A data de encerramento do período de inscrições em 2005 ainda não foi definida, mas deve ser anunciada em breve. A expectativa é que o prazo limite para a apresentação de candidaturas se dê em meados de setembro de 2005.
Para obter mais detalhes sobre as iniciativas, os interessados devem procurar a Embaixada da Nova Zelândia em Brasília pelos seguintes contatos:
Embaixada da Nova Zelândia
SHIS QI09, conj.16, casa 01
71625-160 Brasília - DF / BRASIL
Fone: (61) 248 9900
E-mail: zelandia@nwi.com.br www.novazelandia.org.br
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