Coimbra é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Coimbra, principal cidade da região Centro de Portugal e situada na subregião do Baixo Mondego, em 2007 com cerca de 157.000 habitantes nas freguesias do seu concelho.
Cidade historicamente de estudantes, conta atualmente com perto de 30 mil estudantes, grande parte dos mesmos de fora, somando-se ainda cerca de 45 a 48 mil entradas de população que reside em concelhos periféricos, resulta uma população flutuante de aproximadamente 220.000 pessoas. É o centro da Área Metropolitana de Coimbra.
Banhada pelo rio Mondego, Coimbra é sede de um município com 319,4 km² de área, subdividido em 31 freguesias, 13 das quais urbanas ou maioritariamente urbanas. O município é limitado a norte pelo município de Mealhada, a leste por Penacova, Vila Nova de Poiares e Miranda do Corvo, a sul por Condeixa-a-Nova, a oeste por Montemor-o-Velho e a noroeste por Cantanhede.
É considerada uma das mais importantes cidades portuguesas, devido a infraestruturas, organizações e empresas que detém e que servem toda a população, que a sua importância histórica e priveligiada posição geográfica na região centro, lhe possibilitou centralizar. Os Hospitais da Universidade de Coimbra, o Hospital dos Covões e a Universidade de Coimbra são três grandes exemplos. O feriado municipal ocorre a 4 de Julho, em memória da Rainha Santa Isabel, padroeira da cidade.
Foi Capital Nacional da Cultura em 2003 e é uma das cidades mais antigas de Portugal, tendo como principal ex-libris a sua Universidade, uma das mais antigas da Europa.
Cidade de ruas estreitas, pátios, escadinhas e arcos medievais, Coimbra foi berço de nascimento de seis reis de Portugal e da Primeira Dinastia, assim como da primeira Universidade do País e uma das mais antigas da Europa.
Aveiro - Coimbra - Viseu - Vila Real - Monsanto
Os Romanos chamaram à cidade, que se erguia pela colina sobre o Rio Mondego, Aeminium. Mais tarde, com o aumento da sua importância passou a ser sede de Diocese, substituindo a cidade romana de Conímbriga, donde derivou o seu novo nome. Em 711 os mouros chegaram à Península Ibérica e a cidade passa a chamar-se Kulūmriyya, tornando-se num importante entreposto comercial entre o norte cristão e o sul árabe, com uma forte comunidade moçárabe. Em 871 torna-se Condado de Coimbra mas apenas em 1064 a cidade é definitivamente reconquistada por Fernando Magno de Leão.
Coimbra renasce e torna-se a cidade mais importante abaixo do rio Douro, capital de um vasto condado governado pelo moçárabe Sesnando. Com o Condado Portucalense, o conde D. Henrique e a rainha D. Teresa fazem dela a sua residência, e viria a ser na segurança das suas muralhas que iria nascer o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, que faz dela a capital do condado, substituindo Guimarães (é aliás esta mudança da capital para os campos do Mondego que se virá a revelar vital para viabilizar a independência do novo país, a todos os níveis: económico, político e social). Qualidade que Coimbra conservará até 1255, quando a capital passa a ser Lisboa.
Ponte de Lima - Viana do Castelo - Braga - Guimarães - Pinhão - Porto
No século XII, Coimbra apresentava já uma estrutura urbana, dividida entre a cidade alta, designada por Alta ou Almedina, onde viviam os aristocratas, os clérigos e, mais tarde, os estudantes, e a Baixa, do comércio, do artesanato e dos bairros ribeirinhos.
Desde meados do século XVI que a história da cidade passa a girar em torno à história da Universidade de Coimbra, sendo apenas já no século XIX que a cidade se começa a expandir para além do seu casco muralhado, que chega mesmo a desaparecer com a reformas levadas a cabo pelo Marquês de Pombal.
Batalha - Sintra - Cabo da Roca - Alcobaça - Fátima - Lisboa
A primeira metade do século XIX traz tempos difíceis para Coimbra, com a ocupação da cidade pelas tropas de Junot e Massena, durante a invasão francesa e, posteriormente, a extinção das ordens religiosas. No entanto, na segunda metade de oitocentos, a cidade viria a recuperar o esplendor perdido – em 1856 surge o primeiro telégrafo eléctrico na cidade e a iluminação a gás, em 1864 é inaugurado o caminho-de-ferro e 11 anos depois nasce a ponte férrea sobre as águas do rio Mondego.
Com a Universidade como referência inultrapassável, desta surgem movimentos estudantis, de cariz quer político, quer cultural, quer social. Muitos desses movimentos e entidades não resistiram ao passar dos anos, mas outros ainda hoje resistem com vigor ao passar dos anos. Da Univesidade surgiram e resistem ainda hoje em plena actividade primeiro o Orfeon Académico de Coimbra, em 1880, o mais antigo coro do país, a própria Associação Académica de Coimbra, em 1887, e a Tuna Académica da Universidade de Coimbra, em 1888. Com o passar dos anos, inúmeros outros organismos foram surgindo. Com presença em três séculos e um peso social e cultural imenso, o Orfeon Académico de Coimbra representou o país um pouco por todo o mundo, em todos os continentes, levando a música coral portuguesa e o Fado de Coimbra a todo o mundo.
Portugal dos Pequenitos é uma obra do Professor Dr. Bissaya Barreto, projetado pelo arquitecto Cassiano Branco, o Portugal dos Pequenitos (e não Portugal do Pequeninos), implantado na cidade de Coimbra desde 1940, é talvez o parque temático dedicado à criança mais visitado e interessante do país. O Portugal dos Pequenitos fica no Largo do Rossio, Santa Clara. O parque tem monumentos e outros elementos sobre a arquitectura e a História de Portugal, distribuídos por três zonas:
A primeira parte da construção, efetuada entre 1938 e 1940, é constituída pelo conjunto de casas regionais portuguesas. Solares de Trás-os-Montes e Minho, casas típicas de cada região com pomares, hortas e jardins, capelas, azenhas e pelourinhos. A este núcleo, pertence também o conjunto de Coimbra, espaço onde se encontram representados os monumentos mais importantes da cidade.
A segunda fase integra a “área monumental”, espaço ilustrativo dos monumentos nacionais de Norte a Sul do País. De realçar a cópia da janela do Convento de Cristo em Tomar, obra em cantaria da autoria de Valentim de Azevedo. Terminada em finais dos anos 50, a terceira fase engloba a representação etnográfica e monumental dos países africanos de língua oficial portuguesa, do Brasil, de Macau, da Índia e de Timor, rodeados por vegetação própria destas regiões. Esta fase integra também monumentos das regiões autónomas da Madeira e dos Açores.
Para além das festas da cidade ou da Rainha Santa, na primeira semana de Julho (centradas em torno do feriado municipal a 4 de Julho, festa da Rainha Santa Isabel), Coimbra é também conhecida pelas festas e tradições academicas. A primeira das duas festas é a Latada ou a Festa das Latas e imposição das insígnias, que acontece no início do ano escolar, para dar as boas vindas aos novos estudantes. As Latadas começaram no século XIX quando os estudantes exprimiam ruidosamente a sua alegria pelo termo do ano letivo em Maio. Utilizavam para isso todos os objetos que produzissem barulho, nomeadamente latas. Foi a partir dos anos 50/60 que as Latadas passaram a ocorrer, não no termo do ano letivo, mas sim no início, coincidindo com a abertura da Universidade e a chegada da população escolar de férias, o que dava à cidade um clima eminentemente academico. Atualmente os calouros, incorporados no cortejo, vestem uma fantasia pessoal com as cores da sua faculdade ou a batina virada do avesso, transportando cartazes com legendas de conteúdo crítico, alusivos à vida escolar ou nacional. Os calouros seguem em duas filas paralelas, com os padrinhos que devem ter um comportamento digno de um estudante de Coimbra, dando o exemplo aos novatos que se estão a iniciar na Praxe Academica. No fim do cortejo nas ruas da cidade, os novos estudantes são batizados no rio Mondego: Ego te baptizo in nomine solemnissima praxis.
A segunda festa é a Queima das Fitas, bastante mais importante que a primeira, tem lugar no fim do segundo semestre, mais concretamente no início do mês de Maio, começando na noite de 5ªfeira para 6ªfeira com a Serenata Monumental nas escadas da Sé Velha. É a maior festa estudantil de toda a Europa e tem a duração de 9 dias, um dia para cada faculdade da universidade (Letras, Direito, Medicina, Ciências e Tecnologias, Farmácia, Economia, Psicologia e Ciências da Educação e Educação Física e Ciências do Desporto) e Antigos Alunos. Apesar de existirem mais festas do genero em outras cidades, o aparecimento da Queima das Fitas começou em 1899 em Coimbra, fazendo assim com que seja única no país. Ela é a explosão delirante da Academia, consistindo para os Quartanistas Fitados e Veteranos, na solenização da última jornada universitária ou seja, o derradeiro trajeto de vivência coimbrã. Os festejos da Queima das Fitas consistem sobretudo no seu programa tradicional, composto por: Serenata Monumental, Sarau de Gala, Baile de Gala das Faculdades, Garraiada (Figueira da Foz), Venda da Pasta (receitas para a Casa de Infância Dr. Elísio de Moura), "Queima" do Grelo (que deu o nome à festa) e Cortejo dos Quartanistas, Chá Dançante e as ainda chamadas Noites do Parque.
Évora - Elvas - Alcácer do Sal - Sines - Beja
O grande espaço museológico de Coimbra por excelência é o Museu Nacional de Machado de Castro junto à Sé Nova, instalado no antigo Paço Episcopal da cidade. Considerado um dos mais importantes museus do país, possui coleções importantes de pintura, escultura, ourivesaria, cerâmica e têxteis. A universidade possui também coleções museológicas de raro valor, destacando-se as de instrumentos científicos dos séculos XVIII e XIX do Museu de Física, e as coleções de Antropologia, Zoologia, Botânica e Mineralogia do Museu de História Natural. Recentemente, estas colecções foram agrupadas no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, que é assim um dos núcleos museológicos de ciência mais importantes a nível europeu. Coimbra é também uma cidade de arte, existem 31 galerias de arte espalhadas por toda a cidade, que receberam mais de 200 000 visitantes em 2003, segundo dados do INE.
Enquanto primeira capital de Portugal e sede da mais antiga universidade Portuguesa, Coimbra tem sido ao longo dos séculos um importante centro musical. Historicamente, a Sé Nova, o Mosteiro de Santa Cruz (fundado por D. Afonso Henriques) e a Universidade (com aula de música desde 1323) constituíram os principais centros de produção e prática musical. D. Pedro de Cristo e Carlos Seixas são referências cimeiras na música portuguesa, a que se juntam os nomes de D. Pedro da Esperança, D. Francisco de Santa Maria, D. Heliodoro de Paiva, Fernão Gomes Correia, Vasco Pires, Mateus de Aranda, Pedro Thalésio ou José Maurício. O fado de Coimbra está intimamente ligado às tradições academicas e caracteriza-se por uma guitarra com uma estrutura, configuração e afinação própria. Nomes como Adriano Correia de Oliveira e Zeca Afonso, cantores e poetas da resistência à ditadura, revolucionaram a música tradicional portuguesa.
Por bastantes vezes, Coimbra é chamada de “Cidade dos estudantes” ou “Lusa-Atenas”, principalmente por ter uma das mais antigas e prestigiadas universidades da Europa – a Universidade de Coimbra (UC) é a herdeira do Estudo Geral solicitado ao Papa pelo Rei D. Dinis e por um conjunto de prelados portugueses em 1288, e que viria a obter confirmação pontifícia em 1290, tendo-se estabelecido inicialmente em Lisboa. Após uma itinerância atribulada entre Lisboa e Coimbra durante os séculos XIII e XIV, a universidade viria a estabelecer-se estavelmente em Coimbra em 1537, tendo o Rei D. João III cedido o próprio paço real para as instalações. Estas instalações foram adquiridas pela Universidade no reinado de Filipe I, sendo desde então conhecidas por Paço das Escolas. Nos dias correntes, a Universidade de Coimbra tem aproximadamente 21.000 alunos, contando com alguns dos mais seletivos e exigentes programas academicos do país, um elevado número de unidades de investigação acreditadas, e tendo cerca de 10% de alunos estrangeiros de 70 nacionalidades diferentes, sendo assim a mais internacional das universidades portuguesas. É também em Coimbra que existe a mais antiga e maior associação de estudantes do país – a Associação Academica de Coimbra fundada a 3nov1887. Esta organização representa todos os alunos da UC.
Para além da bem conhecida Universidade de Coimbra com as suas 8 faculdades, existem muitas outras escolas e institutos de ensino superior públicos (como o Instituto Politécnico de Coimbra e a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra) e privados (Escola Universitária Vasco da Gama, Instituto Superior Miguel Torga, Instituto Superior Bissaya Barreto (ISBB), Escola Universitária das Artes de Coimbra), o que faz com que a cidade tenha um total de cerca de 35.000 estudantes do ensino superior. Para seguir estudos superiores, Coimbra foi durante séculos, escolhida por um largo numero de jovens de todos os cantos de Portugal por ser a única universidade Portuguesa. Ainda hoje, apesar da existência de uma vasta rede de ensino superior por todo o Portugal, a cidade goza de algum desse estatuto herdado do passado, a que não é alheia a diversificada oferta nos vários campos de educação, mas também a reconhecida qualidade e prestígio da maioria dos cursos da histórica e emblemática Universidade de Coimbra, assim bem como o seu famoso ambiente estudantil e a vasta tradição académica que lhe está associada. A cidade tem também um vasto número de escolas públicas e privadas de ensino básico e secundário, sendo algumas, das melhores no ranking nacional – Escola Secundária Infanta Dona Maria (a melhor do país em ensino público), Escola Secundária de Avelar Brotero (pública), Colégio Rainha Santa Isabel (uma das melhores a nível nacional no ensino privado), Escola Secundária José Falcão (pública), Escola Secundária de Dom Duarte (pública), Escola Secundária de Dom Dinis (pública) e a Escola Secundária da Quinta das Flores (pública).
Cabo de S.Vicente - Lagos - Tavira - Faro Parque Natural da Ria Formosa
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Barcelos
Barcelos é um concelho que se situa um pouco a Norte do Porto e tem um galo de cerâmica típico com uma história curiosa.
Segundo reza a lenda, os habitantes do burgo andavam alarmados com um crime e com o facto de não conseguirem descobrir quem o cometera.
Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito. As autoridades resolveram prendê-lo e, apesar de ter jurado que era inocente, ninguém acreditou nele. Ninguém acreditava que um galego se pudesse dirigir a S. Tiago de Compostela para cumprir uma promessa e muito menos que ele fosse um fervoroso devoto do santo que em Compostela se venerava.
Assim, foi condenado à forca mas, antes de ser enforcado, pediu que o levassem ao juiz que o condenara. Concedida a autorização, levaram-no à residência do juiz que, nesse momento, estava num banquete com os amigos. O galego reafirmou a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava na mesa e disse: "É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem". Risos e comentários não se fizeram esperar mas, por via das dúvidas, ninguém tocou no galo.
O que parecia impossível tornou-se, no entanto, realidade! Quando o galego estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se da mesa e cantou. Já ninguém duvidava das afirmações de inocência do condenado. O juiz correu o mais que pôde e com espanto viu o homem de corda no pescoço, mas com o nó largo, impedindo o estrangulamento.
Imediatamente solto, foi mandado em paz. Passados alguns anos, voltou a Barcelos e ergueu um monumento em dedicação à Virgem e a S. Tiago.
Ubatuba, praia de Itamambuca e Ilha Bela - SP
Ubatuba é um município do estado de São Paulo, localizado no litoral norte. A população aferida pelo IBGE na contagem de 2010 foi de 78.870 habitantes. O território municipal ocupa 712 km², 83% dos quais localizados no Parque Estadual da Serra do Mar. A densidade demográfica de 105,33 hab/km². Ubatuba é um dos 15 municípios paulistas considerados estâncias balneárias por cumprir determinados requisitos definidos por lei estadual.
Praia da Enseada junto a Ubatuba vista do Mirante do Saco da Ribeira
Ubatuba faz parte de uma região litorânea maior ocupada pelos índios tupinambás. A primeira possível referência ao local aparece na obra de Hans Staden, que teria permanecido em uma aldeia chamada Uwatibi.
Tanto Staden quanto outros autores europeus da época mencionam que o chefe supremo dos tupinambás era Cunhambebe e que seu território se estendia desde o rio Juqueriquerê, em Caraguatatuba, até o cabo de São Tomé, no leste do estado do Rio de Janeiro, abrangendo também todo o território ao longo do rio Paraíba do Sul. A região de Ubatuba era um local de reunião de canoas (corroborando uma das interpretações para o nome da cidade), em expedições de guerra para a região de buriqui oka (Bertioga) e de Upaunema (São Vicente), habitada pelos tupiniquins. É apenas décadas mais tarde, nos relatos de José de Anchieta, que encontramos menção à aldeia de Iperoig, que pode significar "rio do tubarão" ou "rio das perobas".
Ilhabela é o único município–arquipélago marinho brasileiro e está localizado no litoral norte do estado de São Paulo, microrregião de Caraguatatuba. A população estimada em 2005 é de aproximadamente 26 mil habitantes. Possui uma das mais acidentadas paisagens da região costeira brasileira, com todas as características de relevo jovem. Com o aspecto geral de um conjunto montanhoso – formado pelo Maciço de São Sebastião e Maciço da Serraria, além da acidentada Península do Boi, a Ilha de São Sebastião se destaca como um dos acidentes geográficos mais elevados e salientes do litoral paulista, tendo como pontos culminantes o Pico de São Sebastião, com 1379 metros de altitude; o Morro do Papagaio, com 1307 metros; e o Morro da Serraria, com 1285 metros.
Banhado pelo oceano Atlântico, o município está localizado no estado de São Paulo, a 135Km da capital e a 140Km da divisa com o estado do Rio de Janeiro. Está situada pouco abaixo do trópico de Capricórnio que passa sobre a cidade vizinha de Ubatuba (um pouco mais ao norte), porém nas partes mais baixas apresentam características de clima Tropical devido a zona de transição entre a zona temperada sul e a tropical sul. Definindo-se como Subtropical tipo Cwa. Já nos picos acima de 1000m o clima é subtropical Cwb, pois a temperatura diminui sensívelmente em função da altitude, das massas atlânticas e polares, e da própria posição, por ser abaixo do Trópico de Capricórnio.
O clima tropical úmido do arquipélago está sujeito a temperaturas normalmente altas, porém não excessivas; pluviosidade anual entre 1.300 e 1.500 mm; umidade do ar elevada, sobretudo na face voltada para o mar aberto e nas montanhas; temperatura média oscilando entre 22° e 23°C.
Ilhabela é um dos 15 municípios paulistas considerados estâncias balneárias pelo governo do estado, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de estância balneária, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
Pesquisas arqueológicas realizadas desde o final da década de 1990 mostram que pelo menos quatro das ilhas do arquipélago de Ilhabela foram habitadas muito antes da chegada dos europeus ao Brasil.Isso foi possível graças à descoberta de sítios arqueológicos pré-coloniais denominados "concheiros",
"abrigos sob rocha" e "aldeias indígenas". Os "concheiros" permitiram aos arqueólogos concluírem que os primeiros habitantes do arquipélago foram os chamados "homens pescadores-coletores do litoral", indígenas que não dominavam a agricultura e nem a produção de cerâmica, sobrevivendo apenas do que encontravam na natureza, especialmente animais marinhos. Não existe ainda a datação de nenhum desses "concheiros". Também foi encontrada na Ilha de São Sebastião grande quantidade de cerâmica indígena da tradição Itararé, possivelmente produzida por indígenas do tronco lingüístico macro-jê. Não há, até o momento, nenhuma evidência arqueológica de que tenha existido no arquipélago alguma aldeia do tronco lingüístico tupi.
Em 20jan1502 a primeira expedição exploradora enviada ao Brasil pelos portugueses, comandada pelo navegador português Gonçalo Coelho e trazendo a bordo o cosmógrafo italiano Américo Vespúcio, encontrou uma grande ilha que, segundo o aventureiro alemão Hans Staden, era chamada pelos tupis de Maembipe "lugar de troca de mercadorias e resgate de prisioneiros". Essa ilha, assim como fora feito em outros acidentes geográficos importantes, foi batizada pelos membros da expedição com o nome do santo do dia, São Sebastião.
Com a chegada do português Francisco de Escobar Ortiz sendo o primeiro povoador da ilha de S. Sebastião, onde obteve de Pero Lopes de Sousa, donatário da capitania, cem léguas de terra para si e sua nobre geração e de sua mulher Ignez de Oliveira Cotrim, que ambos vieram da capitania do Espírito Santo para a ilha de S. Sebastião. Ignez de Oliveira Cotrim era bisavó do Capitão Bartolomeu Pais de Abreu, de João Leite da Silva Ortiz e de sua neta de mesmo nome Ignez de Oliveira Contrim casada com Antonio de Faria Sodré irmão do Padre João de Faria Fialho. Segundo escreveu Pedro Taques, foi Francisco de Escobar Ortiz senhor de dois engenhos de açúcar, os primeiros na ilha.
Em 1608 chegariam outros sesmeiros que viriam a se estabelecer em ambas as margens do Canal de São Sebastião. Em 16mar1636 seria criada a Vila de São Sebastião, que se desmembrou político-administrativamente da Vila do Porto de Santos. A nova Vila abrangeu também o território da Ilha de São Sebastião.
No começo do século XIX, quando a Ilha de São Sebastião contava com cerca de três mil habitantes e seu principal povoado chamava-se Capela de Nossa Senhora D'ajuda e Bom Sucesso. Nessa época foi iniciado um movimento por emancipação da Ilha de São Sebastião da Vila de São Sebastião, liderado pelo capitão Julião de Moura Negrão, pelo Alferes José Garcia Veiga e pelo senhor de engenho Carlos Gomes Pereira. Sensibilizado, o capitão-general (cargo equivalente, nos dias de hoje, ao de governador) Antônio José da Franca e Horta baixou, em 3set1805 a portaria elevando a antiga Capela de Nossa Senhora D'ajuda e Bom Sucesso à condição de Vila. Por indicação do próprio Franca e Horta, a nova vila seria denominada Vila Bela da Princesa, em homenagem à Princesa da Beira, a Infanta Dona Maria Teresa Francisca de Assis Carlota Joana Josefa Xavier de Paula Micaela Rafaela Isabel Gonzaga de Bragança, filha mais velha de D. João VI e D. Carlota Joaquina, irmã de D. Pedro I. Vila Bela da Princesa foi oficialmente instalada à 23jan1806.
Em 21mai1934, o governo paulista realizou, em meio a grave crise econômica pela qual atravessava o país, uma reestruturação na divisão territorial do Estado, quando extinguiu 18 municípios, entre eles o de Vila Bela da Princesa (cujo nome já havia mudado para Vila Bela), que voltou a integrar o território da Vila de São Sebastião. A extinção do município foi revogada em 5dez1934. Por imposição do governo ditatorial de Getúlio Vargas que baixou o decreto federal nº 2140, o nome de Vila Bela mudou, a partir de 1jan1939, para Formosa. Inconformados, os moradores iniciaram um movimento popular contra o novo nome até que, em 30nov1944, o governo estadual baixou o decreto nº 14334, mudando o nome do município, a partir de 1jan1945, para Ilhabela.
O município-arquipélago de Ilhabela possui um território de 348,3km²(IBGE) e suas principais ilhas são, pela ordem em termos de área, a de São Sebastião, a dos Búzios, a da Vitória e a dos Pescadores - todas habitadas. Fazem parte ainda do arquipélago os ilhotes das Cabras, da Sumítica, da Serraria, dos Castelhanos, da Lagoa, da Figueira e das Enchovas. A Ilha de São Sebastião - onde fica a área urbana do município - está localizada defronte aos municípios de São Sebastião a noroeste e Caraguatatuba a norte. Com 337,5km², a Ilha de São Sebastião é a segunda maior ilha marítima do Brasil, superada apenas pela de Santa Catarina, que abriga a maior parte do município de Florianópolis, a capital de Santa Catarina. Em sua orla – com cerca de 130km extensão – o relevo desenha reentrâncias e mergulhos, com 45 praias principais e outra dezena de pequeninas praias situadas, irregularmente, ao pé das escarpas.
A ilha de São Sebastião está separada do continente pelo Canal do Toque-Toque, que possui cerca de 18km de extensão e largura variando em torno de dois a cinco quilômetros. É nela que se localiza a área urbana do município, sendo possível atingi-la através do serviço de travessia por balsas da Travessia São Sebastião-Ilhabela da Dersa. A ilha possui um relevo bem acentuado, com montanhas com mais de mil metros de altura. Essas formações com grande altitude fazem uma barreira para os ventos carregados que vêm do mar, e por isso, mesmo com características tropicais.
O clima da região é o subtropical, com a presença de massas de ar quente e fria simultâneamente bem distribuídas ao ano. O clima é determinado pela posição geográfica abaixo do trópico de capricórnio, porém, essa zona de transição torna o município ainda com características tropicais a subtropicais, com grandes tendências para chuvas - principalmente as de verão. Portanto a parte baixa do município de Ilhabela, segundo Köppen é subtropical Cwa e a parte de cima (nos 1000m de altitude), o clima é subtropical Cwb.
Uma das características marcantes de Ilhabela é a predominância da Mata Atlântica, sendo a Serra de Ilhabela coberta pela floresta latifoliada tropical úmida de encosta. Dentre todos os municípios abrangidos pela Mata Atlântica, Ilhabela foi aquele que mais preservou a floresta no período compreendido entre os anos de 1995 a 2000, graças a um programa de contenção da expansão urbana desordenada que é desenvolvido pela administração municipal na área de entorno do Parque Estadual de Ilhabela.
O Parque Estadual de Ilhabela (PEI) foi criado em 20jan1977, pelo decreto estadual nº 9414, com área de 27,025 hectares, o que corresponde a cerca de 78% do território abrangido pelo arquipélago Ilhabela.
Praia da Enseada junto a Ubatuba vista do Mirante do Saco da Ribeira
Ubatuba faz parte de uma região litorânea maior ocupada pelos índios tupinambás. A primeira possível referência ao local aparece na obra de Hans Staden, que teria permanecido em uma aldeia chamada Uwatibi.
Tanto Staden quanto outros autores europeus da época mencionam que o chefe supremo dos tupinambás era Cunhambebe e que seu território se estendia desde o rio Juqueriquerê, em Caraguatatuba, até o cabo de São Tomé, no leste do estado do Rio de Janeiro, abrangendo também todo o território ao longo do rio Paraíba do Sul. A região de Ubatuba era um local de reunião de canoas (corroborando uma das interpretações para o nome da cidade), em expedições de guerra para a região de buriqui oka (Bertioga) e de Upaunema (São Vicente), habitada pelos tupiniquins. É apenas décadas mais tarde, nos relatos de José de Anchieta, que encontramos menção à aldeia de Iperoig, que pode significar "rio do tubarão" ou "rio das perobas".
Ilhabela é o único município–arquipélago marinho brasileiro e está localizado no litoral norte do estado de São Paulo, microrregião de Caraguatatuba. A população estimada em 2005 é de aproximadamente 26 mil habitantes. Possui uma das mais acidentadas paisagens da região costeira brasileira, com todas as características de relevo jovem. Com o aspecto geral de um conjunto montanhoso – formado pelo Maciço de São Sebastião e Maciço da Serraria, além da acidentada Península do Boi, a Ilha de São Sebastião se destaca como um dos acidentes geográficos mais elevados e salientes do litoral paulista, tendo como pontos culminantes o Pico de São Sebastião, com 1379 metros de altitude; o Morro do Papagaio, com 1307 metros; e o Morro da Serraria, com 1285 metros.
Banhado pelo oceano Atlântico, o município está localizado no estado de São Paulo, a 135Km da capital e a 140Km da divisa com o estado do Rio de Janeiro. Está situada pouco abaixo do trópico de Capricórnio que passa sobre a cidade vizinha de Ubatuba (um pouco mais ao norte), porém nas partes mais baixas apresentam características de clima Tropical devido a zona de transição entre a zona temperada sul e a tropical sul. Definindo-se como Subtropical tipo Cwa. Já nos picos acima de 1000m o clima é subtropical Cwb, pois a temperatura diminui sensívelmente em função da altitude, das massas atlânticas e polares, e da própria posição, por ser abaixo do Trópico de Capricórnio.
O clima tropical úmido do arquipélago está sujeito a temperaturas normalmente altas, porém não excessivas; pluviosidade anual entre 1.300 e 1.500 mm; umidade do ar elevada, sobretudo na face voltada para o mar aberto e nas montanhas; temperatura média oscilando entre 22° e 23°C.
Ilhabela é um dos 15 municípios paulistas considerados estâncias balneárias pelo governo do estado, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de estância balneária, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
Pesquisas arqueológicas realizadas desde o final da década de 1990 mostram que pelo menos quatro das ilhas do arquipélago de Ilhabela foram habitadas muito antes da chegada dos europeus ao Brasil.Isso foi possível graças à descoberta de sítios arqueológicos pré-coloniais denominados "concheiros",
"abrigos sob rocha" e "aldeias indígenas". Os "concheiros" permitiram aos arqueólogos concluírem que os primeiros habitantes do arquipélago foram os chamados "homens pescadores-coletores do litoral", indígenas que não dominavam a agricultura e nem a produção de cerâmica, sobrevivendo apenas do que encontravam na natureza, especialmente animais marinhos. Não existe ainda a datação de nenhum desses "concheiros". Também foi encontrada na Ilha de São Sebastião grande quantidade de cerâmica indígena da tradição Itararé, possivelmente produzida por indígenas do tronco lingüístico macro-jê. Não há, até o momento, nenhuma evidência arqueológica de que tenha existido no arquipélago alguma aldeia do tronco lingüístico tupi.
Em 20jan1502 a primeira expedição exploradora enviada ao Brasil pelos portugueses, comandada pelo navegador português Gonçalo Coelho e trazendo a bordo o cosmógrafo italiano Américo Vespúcio, encontrou uma grande ilha que, segundo o aventureiro alemão Hans Staden, era chamada pelos tupis de Maembipe "lugar de troca de mercadorias e resgate de prisioneiros". Essa ilha, assim como fora feito em outros acidentes geográficos importantes, foi batizada pelos membros da expedição com o nome do santo do dia, São Sebastião.
Com a chegada do português Francisco de Escobar Ortiz sendo o primeiro povoador da ilha de S. Sebastião, onde obteve de Pero Lopes de Sousa, donatário da capitania, cem léguas de terra para si e sua nobre geração e de sua mulher Ignez de Oliveira Cotrim, que ambos vieram da capitania do Espírito Santo para a ilha de S. Sebastião. Ignez de Oliveira Cotrim era bisavó do Capitão Bartolomeu Pais de Abreu, de João Leite da Silva Ortiz e de sua neta de mesmo nome Ignez de Oliveira Contrim casada com Antonio de Faria Sodré irmão do Padre João de Faria Fialho. Segundo escreveu Pedro Taques, foi Francisco de Escobar Ortiz senhor de dois engenhos de açúcar, os primeiros na ilha.
Em 1608 chegariam outros sesmeiros que viriam a se estabelecer em ambas as margens do Canal de São Sebastião. Em 16mar1636 seria criada a Vila de São Sebastião, que se desmembrou político-administrativamente da Vila do Porto de Santos. A nova Vila abrangeu também o território da Ilha de São Sebastião.
No começo do século XIX, quando a Ilha de São Sebastião contava com cerca de três mil habitantes e seu principal povoado chamava-se Capela de Nossa Senhora D'ajuda e Bom Sucesso. Nessa época foi iniciado um movimento por emancipação da Ilha de São Sebastião da Vila de São Sebastião, liderado pelo capitão Julião de Moura Negrão, pelo Alferes José Garcia Veiga e pelo senhor de engenho Carlos Gomes Pereira. Sensibilizado, o capitão-general (cargo equivalente, nos dias de hoje, ao de governador) Antônio José da Franca e Horta baixou, em 3set1805 a portaria elevando a antiga Capela de Nossa Senhora D'ajuda e Bom Sucesso à condição de Vila. Por indicação do próprio Franca e Horta, a nova vila seria denominada Vila Bela da Princesa, em homenagem à Princesa da Beira, a Infanta Dona Maria Teresa Francisca de Assis Carlota Joana Josefa Xavier de Paula Micaela Rafaela Isabel Gonzaga de Bragança, filha mais velha de D. João VI e D. Carlota Joaquina, irmã de D. Pedro I. Vila Bela da Princesa foi oficialmente instalada à 23jan1806.
Em 21mai1934, o governo paulista realizou, em meio a grave crise econômica pela qual atravessava o país, uma reestruturação na divisão territorial do Estado, quando extinguiu 18 municípios, entre eles o de Vila Bela da Princesa (cujo nome já havia mudado para Vila Bela), que voltou a integrar o território da Vila de São Sebastião. A extinção do município foi revogada em 5dez1934. Por imposição do governo ditatorial de Getúlio Vargas que baixou o decreto federal nº 2140, o nome de Vila Bela mudou, a partir de 1jan1939, para Formosa. Inconformados, os moradores iniciaram um movimento popular contra o novo nome até que, em 30nov1944, o governo estadual baixou o decreto nº 14334, mudando o nome do município, a partir de 1jan1945, para Ilhabela.
O município-arquipélago de Ilhabela possui um território de 348,3km²(IBGE) e suas principais ilhas são, pela ordem em termos de área, a de São Sebastião, a dos Búzios, a da Vitória e a dos Pescadores - todas habitadas. Fazem parte ainda do arquipélago os ilhotes das Cabras, da Sumítica, da Serraria, dos Castelhanos, da Lagoa, da Figueira e das Enchovas. A Ilha de São Sebastião - onde fica a área urbana do município - está localizada defronte aos municípios de São Sebastião a noroeste e Caraguatatuba a norte. Com 337,5km², a Ilha de São Sebastião é a segunda maior ilha marítima do Brasil, superada apenas pela de Santa Catarina, que abriga a maior parte do município de Florianópolis, a capital de Santa Catarina. Em sua orla – com cerca de 130km extensão – o relevo desenha reentrâncias e mergulhos, com 45 praias principais e outra dezena de pequeninas praias situadas, irregularmente, ao pé das escarpas.
A ilha de São Sebastião está separada do continente pelo Canal do Toque-Toque, que possui cerca de 18km de extensão e largura variando em torno de dois a cinco quilômetros. É nela que se localiza a área urbana do município, sendo possível atingi-la através do serviço de travessia por balsas da Travessia São Sebastião-Ilhabela da Dersa. A ilha possui um relevo bem acentuado, com montanhas com mais de mil metros de altura. Essas formações com grande altitude fazem uma barreira para os ventos carregados que vêm do mar, e por isso, mesmo com características tropicais.
O clima da região é o subtropical, com a presença de massas de ar quente e fria simultâneamente bem distribuídas ao ano. O clima é determinado pela posição geográfica abaixo do trópico de capricórnio, porém, essa zona de transição torna o município ainda com características tropicais a subtropicais, com grandes tendências para chuvas - principalmente as de verão. Portanto a parte baixa do município de Ilhabela, segundo Köppen é subtropical Cwa e a parte de cima (nos 1000m de altitude), o clima é subtropical Cwb.
Uma das características marcantes de Ilhabela é a predominância da Mata Atlântica, sendo a Serra de Ilhabela coberta pela floresta latifoliada tropical úmida de encosta. Dentre todos os municípios abrangidos pela Mata Atlântica, Ilhabela foi aquele que mais preservou a floresta no período compreendido entre os anos de 1995 a 2000, graças a um programa de contenção da expansão urbana desordenada que é desenvolvido pela administração municipal na área de entorno do Parque Estadual de Ilhabela.
O Parque Estadual de Ilhabela (PEI) foi criado em 20jan1977, pelo decreto estadual nº 9414, com área de 27,025 hectares, o que corresponde a cerca de 78% do território abrangido pelo arquipélago Ilhabela.
Cidade do Porto - Portugal, seus atrativos turísticos
O Porto é um município português de 41,66 km² de área onde residem cerca de 240.000 habitantes (2008). A cidade metrópole formada por municípios adjacentes que fomam entre si um único aglomerado urbano conta com cerca de 1.400.000 habitantes. Além disto, é o centro de uma grande área metropolitana com cerca de 2 milhões de habitantes.
A cidade do Porto é conhecida como a Capital do Norte ou a Cidade Invicta. É a cidade que deu o nome a Portugal – desde muito cedo (c. 200 a.C.) que se designava de Portus, vindo mais tarde a tornar-se a capital do Condado Portucalense, ou Portucale (Reino que deu o nome a Portugal). É ainda uma cidade conhecida mundialmente pelo seu vinho, o seu centro histórico, catalogado como Património Mundial pela UNESCO e pelo seu famoso clube de futebol (Futebol Clube do Porto).
Tem origem num povoado pré-romano. Na época romana designava-se Cale ou Portus Cale, sendo a origem do nome de Portugal. No ano de 868, Vímara Peres, fundador da terra portugalense, teve uma importante contribuição na conquista do território aos Mouros, restaurando assim a cidade de Portucale.
Em 1111, D. Teresa, mãe do futuro primeiro rei de Portugal, concedeu ao bispo D. Hugo o couto do Porto. Das armas da cidade faz parte a imagem de Nossa Senhora. Daí o facto de o Porto ser também conhecido por "cidade da Virgem", epítetos a que se devem juntar os de "Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta", que lhe foram sendo atribuídos ao longo dos séculos e na sequência de feitos valorosos dos seus habitantes, e que foram ratificados por decreto de D. Maria II de Portugal.
Foi dentro dos seus muros que se efectuou o casamento do rei D. João I com a princesa inglesa D. Filipa de Lencastre. A cidade orgulha-se de ter sido o berço do infante D. Henrique, o navegador.
Devido aos sacrifícios que fizeram para apoiar a preparação da armada que partiu, em 1415, para a conquista de Ceuta, tendo a população do Porto oferecido aos expedicionários toda a carne disponível, ficando apenas com as tripas para a alimentação, tendo com elas confeccionado um prato saboroso que hoje é menu obrigatório em qualquer restaurante. Os naturais do Porto ganharam a alcunha de "tripeiros", uma expressão mais carinhosa que pejorativa. É também esta a razão pela qual o prato tradicional da cidade ainda é, hoje em dia, as "Tripas à moda do Porto". Existe uma confraria especialmente dedicada a este prato típico .
Desempenhou um papel fundamental na defesa dos ideais do liberalismo nas batalhas do século XIX. Aliás, a coragem com que suportou o cerco das tropas miguelistas durante a guerra civil de 1832-34 e os feitos valerosos cometidos pelos seus habitantes — o famoso Cerco do Porto — valeram-lhe mesmo a atribuição, pela rainha D. Maria II, do título — único entre as demais cidades de Portugal — de Invicta Cidade do Porto (ainda hoje presente no listel das suas armas), donde o epíteto com que é frequentemente mencionada por antonomásia - a «Invicta»). Alberga numa das suas muitas igrejas - a da Lapa - o coração de D. Pedro IV de Portugal, que o ofereceu à população da cidade em homenagem ao contributo dado pelos seus habitantes à causa liberal.
Como pontos turísticos, destacam-se a Torre dos Clérigos, da autoria de Nasoni, e a Fundação de Serralves, um museu de arte contemporânea. O Centro Histórico é Património da Humanidade, classificado pela UNESCO. A Foz é outra zona altamente turística, por muitos considerada a mais bela zona da cidade, onde se pode desfrutar da beleza do Oceano Atlântico conjugada com um belíssimo e romântico passeio marítimo. Hoje em dia, a cidade do Porto recebe mais de um milhão de turistas por ano, tendo-se tornado numa das cidades mais visitadas da Europa. Foi capital europeia da cultura em 2001 (Porto 2001) e acolheu vários jogos do Campeonato Europeu de Futebol de 2004, nomeadamente o jogo de abertura. As relações económicas do Porto com o vale do Douro estão bem documentadas desde a Idade Média. Nozes, frutos secos e azeite sustentaram um próspero comércio entre o Porto e a região. Do Porto, estes produtos eram exportados para mercados externos no Velho e no Novo Mundo. No entanto, o grande impulso ao desenvolvimento das relações comerciais inter-regionais veio da agro-indústria do Vinho do Porto. Esta actividade desenvolveu decididamente a relação de complementaridade entre o grande centro urbano do litoral e esta região de enorme potencial agrícola, particularmente vocacionada para a produção de vinhos fortificados de grande qualidade.
O desenvolvimento do Porto esteve sempre intimamente ligado com a margem sul do Douro, Vila Nova de Gaia, até 1834 parte integrante do seu termo, onde se estabeleceram as caves para envelhecimento dos vinhos finos do Alto Douro.
O Porto sempre rivalizou com Lisboa ao nível económico. A abastada classe de industriais da região criou, logo em meados do século XIX, a poderosa Associação Industrial Portuense, hoje Associação Empresarial de Portugal. A antiga Bolsa do Porto foi transformada na maior Bolsa de Derivados de Portugal, tendo-se fundido com a Bolsa de Lisboa criando a Bolsa de Valores de Lisboa e Porto. Em 2002, a BVLP acabou por se integrar na Euronext, em conjunto com bolsas da Bélgica, França, Países Baixos e Reino Unido. O edifício que albergou durante muito tempo a bolsa, o Palácio da Bolsa, sede da Associação Comercial do Porto, é hoje uma das principais atracções turísticas da cidades.
O Porto é sede do Jornal de Notícias, um dos diários de maior tiragem a nível nacional, e da Porto Editora, um dos maiores empresas editoras do país, conhecida pelos seus dicionários e livros escolares.
No Porto cruzam-se várias estradas e linhas de caminho-de-ferro que também contribuíram para tornar a cidade o principal centro comercial de toda a região nortenha. Apesar da progressiva terciarização do centro, a atividade industrial continua com grande relevância, laborando na sua cintura industrial fábricas de têxteis, calçado, metalomecânica, cerâmica, móveis, ourivesaria e outras actividades fabris, algumas ainda a nível artesanal.
Sendo a cidade mais importante da altamente industrializada zona do litoral norte de Portugal, muitos das mais importantes grupos económicos do país de diversos setores – tais como a Altri, o grupo Amorim, o Banco BPI, a Bial, a EFACEC, a Frulact, a Lactogal, o Millennium bcp, a Porto Editora, a Sonae, a Unicer e a RAR – têm a sua sede social na cidade do Porto ou na Grande Área Metropolitana do Porto.
A necessidade de haver uma travessia permanente entre as duas margens do Douro para circulação de pessoas e mercadorias, levou à construção da Ponte das Barcas em 1806, anteriormente a travessia do rio fazia-se com recursos a barcos, jangadas, barcaças ou batelões. A ponte era constituída por 20 barcas ligadas por cabos de aço e que podia abrir em duas partes para dar passagem ao tráfego fluvial. O aumento do tráfego exigiu a construção de uma ponte permanente o que levou à construção da Ponte pênsil em 1843, desmantelada anos mais tarde após a abertura da Ponte Luís I em 1886, a ponta mais antiga da cidade que permanece em actividade. Primitivamente servida como ligação rodoviária entre as zonas baixa e alta de Vila Nova de Gaia e do Porto e, de uma forma mais geral, entre o norte e o sul do país, durante largas décadas.
A Ponte Maria Pia, construída entre Janeiro de 1876 e 4 de Novembro de 1877 pela empresa de Gustave Eiffel, foi a primeira ponte ferroviária a unir as duas margens do Douro. Dotada de uma só linha, o que obrigava à passagem de uma composição de cada vez, a uma velocidade que não podia ultrapassar os 20 km/h e com cargas limitadas, no último quartel do século XX tornou-se evidente que a ponte já não respondia de forma satisfatória às necessidades. O que levou a que fosse desativada e substituída pela Ponte de São João em 1991.
A Ponte da Arrábida tinha à data da construção o maior arco do mundo em betão armado, e constitui o tramo final da auto-estrada A1 que liga Lisboa ao Porto. Inicialmente a ponte tinha duas faixas de rodagem com 8 m cada, separadas por uma faixa sobrelevada de 2 m de largura; duas pistas para ciclistas de 1,70 m cada e dois passeios marginais de 1,50 m de largura, também sobrelevados. Mais tarde, foram acrescentadas uma faixa de rodagem em cada sentido, construídas à custa da eliminação das pistas para ciclistas e da redução do separador central. Apesar da construção da Ponte do Freixo, mais a montante, a Ponte de Arrábida continua a ser a principal ligação entre a cidade do Porto e a margem sul do Douro.
Das pontes que ligam o Porto a Vila Nova de Gaia, a Ponte do Freixo é a que está mais a montante do rio. Foi construída na tentativa de minimizar os congestionamentos ao trânsito automóvel vividos nas Pontes da Arrábida e de Dom Luís, particularmente notórios desde finais da década de 1980. Trata-se, na verdade, de duas pontes construídas lado a lado e afastadas 10 cm uma da outra. É uma ponte rodoviária com oito vias de trânsito (quatro em cada sentido).
A Ponte do Infante, baptizada em honra do portuense Infante D. Henrique, é a mais recente que liga Porto e Gaia. Foi construída para substituir o tabuleiro superior da Ponte Dom Luís, entretanto convertida para uso da "Linha Amarela" (Hospital de São João/D. João II) do Metro do Porto. Foi construída pouco a montante da Ponte de Dom Luís, em plena zona histórica, ligando o bairro das Fontainhas (Porto) à Serra do Pilar (Vila Nova de Gaia).
Link para o arquivo de imagens dos locais atrativos turísticos:
http://www.4shared.com/document/S05Z8LYy/Porto_-_Cidade_II.html
http://www.4shared.com/document/avlasQvE/Porto_-_Foz_do_Douro_a_Matosin.html
http://www.4shared.com/document/ukAn79Oy/Porto_-_Igrejas_e_Capelas.html
http://www.4shared.com/document/kKmsDkkH/Porto_-_Parque_da_Cidade.html
http://www.4shared.com/document/uqBrc-zA/Porto_-_Quinta_da_Macieirinha.html
http://www.4shared.com/document/U7ievPgp/Porto_-_Torre_dos_Clerigos.html SINOPSE: Desta vez, José de Pina visita a "Invicta". No "campanhódromo", aliás, mercado do Bolhão recebe apoios a uma candidatura que não lançou. Por entre tripas e francesinhas vai, por exemplo, a Serralves, à Ribeira, aos Clérigos e visita o mais bonito e caro parque de skates do mundo, que conhecemos por Casa da Música. Um roteiro de viagem protagonizado por um "alfacinha", a pensar nos turistas de todo o país, ou não fosse Pina o pai da expressão "Este Homem não é do Norte!". FICHA TÉCNICA Director de Programas: José Alberto Lemos Directores-adjuntos: Carlos Daniel, Dinis Sottomayor Coordenador de programas: Isolino Sousa EQUIPA: Autoria do Formato: Estado do Sítio (uma joint-venture das Produções Fictícias e da Farol de Ideias) Autoria do Guião: José de Pina Textos: José de Pina, Marta Spínola Texto de Voz-Off e Locução: Sérgio Sousa Edição Vídeo e Áudio: Rui Costa Edição Final: Sérgio Sousa Operadores de Imagem: Hélder Tavares,Rui Costa, Sérgio Morgado, Tiago Mendes Genérico e Grafismo: José Lemos Tema do Genérico: Rui Pintado - Indústria Rock Produção: Carlos Rodrigues, Joel Lopes Gestão do Projecto: Teresa Schmidt Coordenação Geral: Hugo Manuel Correia Agradecimentos: Câmara Municipal do Porto Este programa teve ajuda à produção de: Hotel Infante de Sagres, Shis e D. Tonho: Restaurante e Bar Esta Reportagem foi para o ar na RTP N no dia 25jul2010.
Santuário de Fátima - Distrito de Santarém, Ourém
Fátima é uma cidade portuguesa, sede de freguesia, subdivisão do concelho de Ourém, com 71,29 km² de área e 10 302 habitantes (2001). Densidade: 144,5 hab/km². Pertence ao Distrito de Santarém, na região Centro (depois da extinta/antiga Vale do Tejo e subregião do Médio Tejo.
Fátima é uma cidade portuguesa, sede de freguesia, subdivisão do concelho de Ourém, com 71,29 km² de área e 10 302 habitantes (2001). Densidade: 144,5 hab/km². Pertence ao Distrito de Santarém, na região Centro (depois da extinta/antiga Vale do Tejo e subregião do Médio Tejo.
A nível eclesiástico, a cidade é simultâneamente sede de diocese com a cidade de Leiria. O nome foi modificado pelo papa João Paulo II a 13 de Maio de 1984. A única paróquia existente na cidade tem como orago Nossa Senhora dos Prazeres. A freguesia da Serra, como era originalmente conhecida fora desmembrada da Colegiada de Ourém no ano de 1568.
O nome da cidade (antigamente aldeia e depois vila) vem do nome árabe Fatima (Fāţimah, Arabic: فاطمة ). Existe o conto não confirmado que a tipónomo deriva de uma princessa moura local de nome Fatima que, depois de haver sido capturada pelo exército cristão durante a Reconquista, foi dada em casamento a um conde de Ourém. Aceitando o cristianismo, foi baptizada recebendo o nome de Oriana em 1158. Às terras serranas o conde deu o nome de Terras de Fátima, em memória dos seus ancestrais, e ao condado o nome de Oriana, depois Ourém.
Tornou-se mundialmente conhecida pelas aparições marianas aos três pastorinhos (Lúcia, e seus primos Francisco Marto e Jacinta Marto), que aí tiveram lugar entre 13 de Maio e 13 de Outubro de 1917, no lugar da Cova da Iria. A construção do Santuário de Fátima trouxe desenvolvimento ao local, logrando ser elevada a cidade em 12 de Julho de 1997.
Atualmente, há um movimento na cidade, movido pelo sector económico, desejando a criação de um município autónomo do de Ourém. No entanto, o projecto de criação do dito concelho, liderado pelo Engenheiro Júlio Silva (ex-presidente da Junta de Freguesia), foi vetado em Julho de 2003 pelo Presidente da República Jorge Sampaio, o que causou na altura grande discórdia por parte da população.
Património
Santuário de Fátima
Igreja da Santíssima Trindade
Igreja Paroquial de Fátima
Casas dos Pastorinhos de Fátima
Museu de Cera de Fátima
Museu Etnográfico de Aljustrel, em Aljustrel
Link para imagens do Santuário de Fátima:
http://www.4shared.com/document/zc9wxxRV/Santurio_de_FATIMA.html
Fátima é uma cidade portuguesa, sede de freguesia, subdivisão do concelho de Ourém, com 71,29 km² de área e 10 302 habitantes (2001). Densidade: 144,5 hab/km². Pertence ao Distrito de Santarém, na região Centro (depois da extinta/antiga Vale do Tejo e subregião do Médio Tejo.
A nível eclesiástico, a cidade é simultâneamente sede de diocese com a cidade de Leiria. O nome foi modificado pelo papa João Paulo II a 13 de Maio de 1984. A única paróquia existente na cidade tem como orago Nossa Senhora dos Prazeres. A freguesia da Serra, como era originalmente conhecida fora desmembrada da Colegiada de Ourém no ano de 1568.
O nome da cidade (antigamente aldeia e depois vila) vem do nome árabe Fatima (Fāţimah, Arabic: فاطمة ). Existe o conto não confirmado que a tipónomo deriva de uma princessa moura local de nome Fatima que, depois de haver sido capturada pelo exército cristão durante a Reconquista, foi dada em casamento a um conde de Ourém. Aceitando o cristianismo, foi baptizada recebendo o nome de Oriana em 1158. Às terras serranas o conde deu o nome de Terras de Fátima, em memória dos seus ancestrais, e ao condado o nome de Oriana, depois Ourém.
Tornou-se mundialmente conhecida pelas aparições marianas aos três pastorinhos (Lúcia, e seus primos Francisco Marto e Jacinta Marto), que aí tiveram lugar entre 13 de Maio e 13 de Outubro de 1917, no lugar da Cova da Iria. A construção do Santuário de Fátima trouxe desenvolvimento ao local, logrando ser elevada a cidade em 12 de Julho de 1997.
Atualmente, há um movimento na cidade, movido pelo sector económico, desejando a criação de um município autónomo do de Ourém. No entanto, o projecto de criação do dito concelho, liderado pelo Engenheiro Júlio Silva (ex-presidente da Junta de Freguesia), foi vetado em Julho de 2003 pelo Presidente da República Jorge Sampaio, o que causou na altura grande discórdia por parte da população.
Património
Santuário de Fátima
Igreja da Santíssima Trindade
Igreja Paroquial de Fátima
Casas dos Pastorinhos de Fátima
Museu de Cera de Fátima
Museu Etnográfico de Aljustrel, em Aljustrel
Link para imagens do Santuário de Fátima:
http://www.4shared.com/document/zc9wxxRV/Santurio_de_FATIMA.html
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