O Templo de Salomão, foi o primeiro Templo em Jerusalém, construído no século XI a.C., e funcionou como um local de culto religioso judaico central para a adoração a Javé, Deus de Israel, e onde se ofereciam os sacrifícios conhecidos como korbanot. O Rei Davi, da tribo de Judá, desejava construir uma casa para Javé(YHWH), onde a Arca da Aliança ficasse definitivamente guardada, ao invés de permanecer na tenda provisória ou tabernáculo, existente desde os dias de Moisés. Segundo a Bíblia, este desejo foi-lhe negado por Deus em virtude de ter derramado muito sangue em guerras. No entanto, isso seria permitido ao seu filho Salomão, cujo nome significa "paz".
Zorobabel é um líder israelita mencionado no Antigo testamento da Bíblia que teria liderado o retorno do primeiro grupo de judeus exilados que se encontravam no cativeiro babilônico, fato histórico ocorrido após 539ac, quando o rei Ciro da Pérsia havía ocupado a Babilônia. Ao estabelecer-se na terra prometida, trabalha pela reconstrução do Templo de Jerusalém, completando a obra em torno do ano 515ac, com muita persistência, tendo enfrentado uma interrupção das atividades durante um período de dez anos. Seu nome é citado na genealogia de Jesus Cristo nos versos 12 e 13 do capítulo 1 do Evangelho segundo Mateus e no verso 27 do capítulo 3 do Evangelho segundo Lucas, mencionado como filho de Selatiel, neto do rei Jeoaquim, da descendência de David. Porém, a sua história é contada por Esdras, sendo mencionado ainda em outros livros do Antigo Testamento como em II Crônicas, Neemias, Ageu e Zacarias. Apesar do Antigo Testamento não mencionar nada sobre os descendentes desse personagem, o Evangelho segundo Mateus menciona que Abiúde como seu filho.
Isto enfatizava a vontade divina de que a Casa de Deus fosse edificada em paz, por um homem pacífico. (2 Samuel 7:1-16; 1 Reis 5:3-5; 8:17; 1 Crônicas 17:1-14; 22:6-10). Davi comprou a eira de Ornã ou Araúna, um jebuseu, que se localizava monte Moriah ou Moriá, para que ali viesse a ser construído o templo. (2 Samuel 24:24, 25; 1 Crónicas 21:24, 25) Ele juntou 100.000 talentos de ouro, 1.000.000 de talentos de prata, e cobre e ferro em grande quantidade, além de contribuir com 3.000 talentos de ouro e 7.000 talentos de prata, da sua fortuna pessoal. Recebeu também como contribuições dos príncipes, ouro no valor de 5.000 talentos, 10.000 daricos e prata no valor de 10.000 talentos, bem como muito ferro e cobre. (1 Crónicas 22:14; 29:3-7) Salomão não chegou a gastar a totalidade desta quantia na construção do templo, depositando o excedente no tesouro do templo (1 Reis 7:51; 2 Crónicas 5:1).
O Rei Salomão começou a construir o templo no quarto ano de seu reinado seguindo o plano arquitetônico transmitido por Davi, seu pai (1 Reis 6:1; 1 Crónicas 28:11-19). O trabalho prosseguiu por sete anos. (1 Reis 6:37, 38) Em troca de trigo, cevada, azeite e vinho, Hiram ou Hirão, o rei de Tiro, forneceu madeira do Líbano e operários especializados em madeira e em pedra. Ao organizar o trabalho, Salomão convocou 30.000 homens de Israel, enviando-os ao Líbano em equipes de 10.000 a cada mês. Convocou 70.000 dentre os habitantes do país que não eram israelitas, para trabalharem como carregadores, e 80.000 como cortadores (1 Reis 5:15; 9:20, 21; 2 Crônicas 2:2). Como responsáveis pelo serviço, Salomão nomeou 550 homens e, ao que parece, 3.300 como ajudantes. (1 Reis 5:16; 9:22, 23)
O templo tinha uma planta muito similar à tenda ou tabernáculo que anteriormente servia de centro da adoração ao Deus de Israel. A diferença residia nas dimensões internas do Santo e do Santo dos Santos ou Santíssimo, sendo maiores do que as do tabernáculo. O Santo tinha 60 côvados (27m) de comprimento, 20 côvados (8,9m) de largura e, evidentemente, 30 côvados (13,4m) de altura. (1 Reis 6:2) O Santo dos Santos, ou Santíssimo, era um cubo de 20 côvados de lado. (1 Reis 6:20; 2 Crónicas 3:8) Os materiais aplicados foram essencialmente a pedra e a madeira. Os pisos foram revestidos a madeira de junípero (ou de cipreste segundo algumas traduções da Bíblia) e as paredes interiores eram de cedro entalhado com gravuras de querubins, palmeiras e flores. As paredes e o teto eram inteiramente revestidos de ouro. (1 Reis 6:15,18,21,22,29)
Após a construção do magnífico templo, a Arca da Aliança foi depositada no Santo dos Santos, a sala mais reservada do edifício.
Foi pilhado várias vezes. Seria totalmente destruído por Nabucodonosor II da Babilônia, em 586ac, após dois anos de cerco a Jerusalém. Os seus tesouros foram levados para Babilônia e tinha assim início o período que se convencionou chamar de Exílio Babilônico ou Cativeiro em Babilônia na história judaica. As Testemunhas de Jeová questionam esta data, fixando-a em 607ac, segundo o seu entendimento da cronologia bíblica. Décadas mais tarde, em 516ac, após o regresso de mais de 40.000 judeus da Captividade Babilônica foi iniciada a construção no mesmo local do Segundo Templo, o qual foi destruído por Antíoco Epifanes, imperador assírio. Em 4dc o rei Herodes, o grande, querendo agradar os judeus reconstruiu o templo que foi mais portentoso que os dois primeiros, este tambem foi destruído pelo general Tito em 70dc, pelos romanos, no seguimento da Grande Revolta Judaica.
O Templo de Jerusalém é o nome dado ao principal centro de culto do povo de Israel, onde se realizavam as diversas ofertas e sacrifícios conhecidas como o korbanot. O Templo de Jerusalém situava-se no Monte Moriá (também chamado Monte do Templo), ao Norte do Monte Sião. Foi o sucessor do Tabernáculo construído pelo profeta Moisés segundo a revelação divina recebida no Sinai.
De acordo com a tradição judaico-cristã, o Primeiro Templo teve sua construção iniciada no terceiro ano do reinado de Salomão e concluída sete anos depois. Segundo a Bíblia, em Reis e em Crônicas foi seu construtor Hirã, que a lenda maçônica narra como sendo Hiram Abiff. Foi saqueado várias vezes e acabou por ser totalmente incendiado e destruído por Nabucodonosor II, em 587ac. O Segundo Templo foi reconstruído durante a dominação persa, no mesmo local. Sofreu modificações com o rei Herodes, o Grande. Acabaria também por ser destruído em 70dc, desta vez pelas legiões romanas comandadas pelo general Tito.
O Segundo Templo foi o templo que o povo judeu construiu após o regresso a Jerusalém, finda a Captividade Babilônica, no mesmo local onde o Templo de Salomão existira antes de ser destruído. Manteve-se erigido entre 515ac e 70dc, tendo sido, durante este período, o centro de culto e adoração do Judaísmo. Segundo o relato bíblico, a reconstrução do templo foi designada pelo imperador persa Ciro II. No ano 539 a.C., Ciro apodera-se da Babilônia e ordena o repatriamento dos judeus mantidos em cativeiro e a reconstrução do seu templo, que, segundo a descrição presente no livro de Esdras (capítulo 1, versículos 1 a 4), terá tido lugar sob Zorobabel, sendo apoiada pelo funcionário Esdras e pelos profetas Zacarias e Ageu.
No século II a.C., o Segundo Templo foi profanado por Antíoco IV Epifânio, que mandou sacrificar uma porca sobre o altar. Este incidente deu origem à revolta dos Macabeus.
No século I a.C., Herodes o Grande ordena uma remodelação ao templo, considerada por muitos judeus como uma profanação, com o propósito de agradar a César, tendo mandar construir num dos vértices da muralha a Torre Antónia, uma guarnição romana que dava acesso direto ao interior do pátio do templo. Certos autores designam o templo após esta intervenção por "Terceiro Templo". não se podia mudar a arquitetura do templo, Deus havia dado o modelo a Davi, e ordenou que se seguisse o modelo pré-determinado por Ele. A mudança que Herodes fez simbolizava uma profanação para os judeus.
O Templo foi quase totalmente destruído pelas tropas do General e futuro Imperador Romano Titus Flávio, em 70dc, abafando aquilo que foi a Grande Revolta Judaica onde morreram mais de um milhão de judeus. Uma primeira revolta acontecera em 136 a.C., e a terceira seria liderada pelo suposto Messias Bar Kochba em 135dc. A única porção do Segundo Templo que ainda hoje se encontra em pé, Muro das Lamentações, usado por judeus ortodoxos como lugar de oração.
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2 comentários:
Boa esclarecedora esta explanação a respeito do Cativeiro de Israel por Nabucodonosor, seguida da profanação do Templo por Antíoco IV, sucedido por uma destruição total do Templo por Roma.
Eu fico assombrado pela forma que os eventos se desenrolam na história das religiões tradicionais no Mundo. Acho que vocês também tem a mesma sensibilidade para notar a repetição entre um período e outro, como no caso de 135 e 136, antes e depois de Cristo. Vou deixar meu blog onde encontrará outras medidas repetitivas da história religiosa.http://adventmedidas.blogspot.com.br/
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