Al-Andalus foi o nome dado à Península Ibérica pelos seus conquistadores islâmicos do século VIII, tendo o nome sido utilizado para se referir à península independentemente do território politicamente controlado pelas forças islâmicas. Desde os finais do século VII que os árabes atacavam as costas do sul da Península Ibérica.
O conde D. Julião, governador visigodo de Ceuta, convida os muçulmanos a desembarcar na península, como forma de retaliação pelo fato da sua filha ter sido raptada pelo rei visigodo Rodrigo. Em Julho de 710 o conde proporciona quatro barcas para que os muçulmanos desembarquem em Tarifa, num ato que serviria para a exploração do terreno.
Em Abril ou Maio de 711, Tariq ibn Ziyad, um antigo escravo que se tinha tornado lugar-tenente do governador da Ifriqiya (uma província do império dos Omíadas, que corresponde à Tunísia), Musa Ibn Nusayr, atravessa o estreito que separa a África da Península Ibérica, e que a partir de então receberia o seu nome (Gibraltar, de Jabal al Tariq, "a montanha de Tariq"), com um exército constituído por árabes e berberes.
Esta invasão resultou não só das ambições islâmicas, mas também da resposta a um apelo lançado por uma das facções visigodas, a dos partidários de Ágila, que eram opositores do rei visigodo Rodrigo.
Em Julho do mesmo ano, o exército islâmico trava uma batalha decisiva com as tropas do rei Rodrigo num local tradicionalmente identificado pela historiografia como o rio Guadalete (Batalha de Guadalete), mas que alguns investigadores consideram ter ocorrido junto ao rio Barbate, e que saldaria na vitória das forças muçulmanas. O rei Rodrigo desapareceu em combate; uma tradição cristã afirma que ele teria sido sepultado em Viseu. Tariq continuaria o seu avanço e conquistaria Toledo, capital do reino visigodo, onde passa o Inverno de 711. Por esta altura, o governador da Ifriqiya chega à península e censura Tariq pelo ato da conquista. O califa omíada de Damasco, al-Walid, nada sabia sobre esta invasão. A chegada dos árabes e dos berberes foi saudada pelos judeus, que tinham sido perseguidos nas últimas décadas do reino visigodo. As determinações de sucessivos concílios da Igreja peninsular tinham contribuído para a discriminação deste segmento populacional: o III Concílio de Toledo determinou o batismo forçado de crianças filhas de casamentos entre judeus e cristãos; o XVI proibiu os judeus de praticarem o comércio com cristãos, o que provocou a ruína de muitas famílias, e o XVII condenou-os à escravatura sob o pretexto de conspirarem, junto com os judeus do norte de África, para a queda do reino visigodo. Muitos judeus abriram as portas das cidades para facilitarem o avanço das tropas islâmicas e ofereceram-se como guardas das cidades ao serviço dos novos senhores.
A conquista islâmica da península seria efetuada num período de cinco anos por Tariq, Musa e Abd al-Aziz (filho de Musa). O território que corresponde ao que é hoje Portugal foi atingido pela expedição de Abd al-Aziz entre 714 e 716. Em 718 ocorreu a Batalha de Covadonga, durante a qual um grupo de cristãos refugiados nas Astúrias, liderados por Pelágio, derrotou os muçulmanos, o que os forçou a se retirarem da região cantábrica. As forças islâmicas levam a cabo várias expedições contra a Gália, mas são detidos em 732 em Poitiers pelo rei Carlos Martel. Até 756 o Al-Andalus teve vinte governadores dependentes de Damasco, tendo em Sevilha, e mais tarde em Córdova, a sua capital.
Mogadouro é uma vila portuguesa, pertencente ao distrito de Bragança.
A história do concelho de Mogadouro acompanhada, desde sempre, a História de Portugal e com ela se identifica plenamente desde a Pré-História até aos nossos dias. Não há, por enquanto, notícias de elementos sobre a passagem do homem por estas terras no Período Paleolítico.
O período Mesolítico está documentado por muitas insculturas rupestres espalhadas pelos vários lugares do concelho, mas os documentos mais importantes são as pinturas da «Fraga da Letra», conservadas ainda no recinto de quartzo vermelho do castro do Castelo de Penas Roias e as figuras da «Fraga do Diabo» junto à ribeira da povoação de Vila dos Sinos. Os dois conjuntos são pinturas esquemáticas de características Levantinas pela cor avermelhada e pelos locais onde se encontram.
A vila de Mogadouro é de origem muçulmana, encontrando-se na região vestígios da presença dos Povos Célticos, Visígodos e Romanos, sendo desconhecida a sua ocupação nos tempos do Paleolítico, por falta de testemunhos materiais. A origem da sua formação é muito antiga, funcionou porém como um ponto estratégico de defesa relevante nos alvores da nacionalidade.
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