terça-feira, 31 de julho de 2012
República Árabe da Síria - Levante
Síria é um país árabe no Sudoeste Asiático, e faz fronteira com o Líbano e o Mar Mediterrâneo a oeste, Israel no sudoeste, Jordânia no sul,Iraque a leste, e Turquia no norte. O nome Síria, antigamente, compreendia toda a região do Levante, enquanto atualmente abrange os locais de antigos reinos e impérios, incluindo as civilizações de Ebla do III milênio a.C. Na era islâmica, sua capital,Damasco, foi a capital do Império Omíada e a capital provincial do Império Mameluco. Damasco é largamente reconhecida como uma das cidades mais antigas continuadamente habitadas do mundo. A Síria de hoje foi criada como mandato francês e obteve sua independência em Abril de 1946, como uma república parlamentar. O pós-independência foi instável, e um grande número de golpes militares e tentativas de golpe sacudiram o país no período entre 1949-1970. Síria esteve sob Estado de sítio desde 1962, que efetivamente suspendeu a maioria das proteções constitucionais aos cidadãos. O país vem sendo governado pelo Partido Baath desde 1963, embora o poder atual esteja concentrado na presidência e um pequeno grupo de políticos e militares autoritários. O atual presidente da Síria é Bashar al-Assad, filho de Hafez al-Assad, que governou de 1970 até sua morte em 2000. Síria tem uma grande participação regional, particularmente através do seu papel central no conflito árabe com Israel, que desde 1967 invadiu as Colinas de Golã, e pelo envolvimento ativo nos assuntos libaneses e palestinos. A população predominante é de muçulmanos sunitas, mas com uma significante população de Alauitas, Drusos e minorias cristãs. Desde a década de 1960, oficiais militares Alauitas tem dominado o cenário político do país. Etnicamente, cerca de 90% da população é árabe, e o estado é governado pelo Partido Baath de acordo com princípios nacionalistas árabes, dos quais aproximadamente 10% pertencem à minoria curda. Com uma história documentada por achados arqueológicos de mais de 50 séculos, a Síria, que na antiguidade incluía também a Mesopotâmia (atual Iraque) e o Líbano, foi sucessivamente ocupada por canaanitas, fenícios, arameus, hebreus, egípcios, sumérios,assírios, babilônios, hititas, persas, gregos e bizantinos.
Desde a antiguidade, a região compreendida entre a Península da Anatólia, a Turquia e a Península do Sinai já era denominada como Síria, o domínio deste território foi um objetivo constante das antigas civilizações egípcias, que consideravam aquela região como a porta de entrada de seu país, e para persas, que o viam aquela região como uma ponte para a a ampliação de seu Império. Entre os séculos XII e VII AC, desenvolveu-se, na parte central de seu litoral, a Civilização Cananéia, conhecida pelos gregos como Civilização Fenícia, naquela sociedade destacavam-se marinheiros e comerciantes que, sem se interessar por qualquer expansão territorial ou mesmo por sua unificação política (as cidades fenícias sempre foram independentes, ainda que, por certos períodos, uma ou outra exercesse hegemonia sobre as demais) criaram a primeira civilização mercantil do planeta. Dentre as realizações dos fenícios se destaca a invenção do alfabeto, a construção de barcos adequados para a navegação em mar aberto, a confecção de cerâmicas e de tecidos, a sistematização dos conhecimentos geográficos e a primeira circunavegação da África. A difusão desses elementos em toda a região do Mar Mediterrâneo está na origem daquilo que viria a ser chamado de Civilização Ocidental, cujos principais expoentes foram os gregos. Por volta de 1000 a.C. era dividida em vários Estados: Gesur, Zobá, Arã, Damasco. Mas quando o rei de Zobá perdeu uma batalha em 990 a.C. para Davi, os sírios uniram-se sob a liderança de Damasco para formarem uma grande nação. De fato, os sírios invadiram Israel várias vezes, sob a liderança dos reis: Ben-Hadade I, Ben-Hadade II, Hazael, Ben-Hadade III e Rezim. Após a morte de Alexandre, o Grande, em 323 AC, o vasto Império formado por aquele conquistador foi dividido e Síria se tornou o centro do Império Selêucida, assim denominado por ser inicialmente chefiado por Seleuco, que fora um general de Alexandre), que se estendia até o oeste da Índia. Posteriormente, a região passou a ser uma província do Império Romano, que já não incluía a parte oriental do antigo Império Selêucida, então dominada pelos partos (persas), nesse período aquela região foi constantemente agitada por guerras.
Omíadas
Em 636 d.C., o domínio da região passou do Império Bizantino para os árabes, liderados pelo califa Omar. Damasco passou a ser a capital do mais poderoso império da época, o Califado Omíada. A Igreja de São João Batista virou a Mesquita Omíada de Damasco. Em 711, durante o califado de Al-Walid I as tropas berberes sob comando de Tarik Ibn Ziad entram no Império Visigótico, e com o apoio dos herdeiros legítimos do trono de Toletum, matam o imperador Roderico na Batalha de Guadalete. Roderico era tido como um tirano e o califado contava com o apoio do Bispo Opas de Híspalis, do Conde Juliano de Transfetana e até com um apoio secreto dos herdeiros do trono, impedidos por Roderico, Sisebuto e Ebas. Além de anexar a Ibéria, Al Walid anexou todos os territórios desde o Rio Eufrates até o atual Paquistão. Em 732, o califa de Damasco, Hisham ibn Abd al-Malik envia um gigantesco exército para garantir a expansão do califado pela Europa. Foram atacados pelo exército franco de Carlos Martel não muito longe de Paris (Batalha de Tours), sendo derrotados. Em 750, o último califa Omíada, Marwan II é assassinado, e os Abássidas assumem o poder do Califado e transferem sua capital para Bagdá, enquanto os Omíadas fogem para Córdoba, na Espanha. Os omíadas só puderam restabelecer um Califado em 950, com Abd Al Rahman III. Mas, a esta altura, Damasco já tinha perdido sua importância política, sendo agora um centro regional. Essa perda do poder político de Damasco foi considerável, e resultou no século XI na quase indiferença com que os califas de Bagdá enfrentaram a invasão dos cruzados naquela região. Aqueles califas pouco ajudaram os emires locais na defesa da região, além disso, a capacidade de defesa também estava prejudicada por rivalidades internas, o que explica a tomada de parte daquela região por uma pequena força cristã, longe de suas bases de apoio, que durou quase 200 anos. Em 1175, Salah Al Din (Saladino) unifica o Egito, Síria e Iraque, e estabelece capital novamente em Damasco, o que possibilita o início do processo de expulsão dos cruzados. A região também enfrentou tentativas de invasões mongóis invasores e tártaras. Como resultado das cruzadas pode-se destacar que até a atualidade existem significativas comunidades cristãs na região, especialmente os maronitas. No século XVI a região passou a ser uma mera província do Império Otomano. Em 1831, o quediva do Egito Mehemet Ali, conquistou a região e passou a cobrar pesados impostos e a exigir serviço militar obrigatório, o que provocou uma revolta popular que uniu com cristãos e muçulmanos. O fato de comunidades cristãs que participaram dessa revolta estarem sob ameaça de severa repressão, serviu como um pretexto para a interferência militar europeia no século XVII, num processo que levou à instalação de tropas francesas na região, destinadas à proteção dos cristãos sírios. Em 1840, a região voltou ao controle do Império Otomano, que permitiu a instalação de missões e escolas cristãs subsidiados pelos europeus. Em 1858, os maronitas, organizados em comunidades situadas na região montanhosa entre Damasco e Jerusalém, romperam com a classe dominante cristã e aboliram o sistema feudal da posse da terra. Seus vizinhos muçulmanos, principalmente os drusos, decidiram reprimir o movimento antes que se alastrasse por toda a região. O conflito culminou com os chamados "massacres" de junho de 1860. Um mês depois, tropas francesas desembarcaram em Beirute para proteger os cristãos, essa intervenção forçou o Império Otomano a criar uma província separada, o "Pequeno Líbano", que deveria ser governado por um cristão nomeado pelo Sultão e aprovado pelas potências europeias, além disso teria sua própria força policial. A medida também previa a extinção dos privilégios feudais. Trata-se de um caso suigeneris, no qual um conflito social se transformou em confronto entre grupos confessionais, que resultou na criação do Pequeno Líbano, onde os cristãos exerceriam hegemonia política sobre a a população muçulmana local. Depois da queda do Império Otomano durante a primeira guerra mundial, a Síria foi administrada pela França até a independência em 1946.
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, o Emir Faisal foi proclamado rei da Grande Síria, como um desdobramento da Revolta Árabe, na época, as intenções da França e do Império Britânico eram desconhecidas, mas, por meio do Acordo Sykes-Picot, Paris e Londres haviam divido o crescente fértil deixando a Síria e o Líbano sob controle/influência francesa, enquanto que o Império Britânico exerceria controle/influência sobre a Palestina, a Jordânia e o Iraque. Em 1920, a França ocupou militarmente o país, forçando a retirada de Faisal. Dois meses depois, a Síria foi dividida em cinco Estados coloniais: Grande Líbano (que agregava outras regiões ao território do Pequeno Líbano), Damasco, Alepo, Djabal Druza e Alawis(Latakia); sendo que os quatro últimos foram reunificados em 1924. Até 1932, o país viveu em relativa tranquilidade, naquele ano foram eleitos o presidente e o parlamento, mas a França deixou clara sua intenção de não permitir uma grande autonomia interna. A negativa francesa engendrou a agitação e conflitos, que cessaram em 1936 com um acordo onde os franceses reconheceram a justiça das reivindicações dos sírios, sendo que a principal delas era a reunificação com o Líbano, entretanto, esse acordo nunca foi ratificado, o que causou mais agitação que culminou em 1939 com a renúncia do presidente sírio e a suspensão da Constituição de 1930. Em 1941, forças da França Livre em operação conjunta com o Império Britânico ocuparam a região destituindo do poder os colaboracionistas. Em 1943 foram eleitos Chikri Al-Quwatti como presidente na Síria, e Bechara Al-Kuri como presidente do Líbano. Entretanto, quando Bechara defendeu a supressão de cláusulas da Constituição relativas ao domínio francês, tal atitude, levou tropas francesas a prendê-lo, junto com todo o seu gabinete, o que deu início a novos conflitos na Síria e no Líbano, que terminaram em março de 1946, quando a ONU ordenou a retirada das forças europeias e determinou o fim do domínio francês na região. A retirada das tropas francesas somente foi concluída em 1947. Em 1948, as forças sírias lutaram contra a divisão da Palestina e, em 1957, durante a Guerra do Suez, foram aliadas do Egito, atacado por Israel, França e Inglaterra. Em 1958, a Síria e o Egito iniciaram uma experiência de unificação política por meio da República Árabe Unida, que foi um ambicioso projeto impulsionado por Gamal Abdel Nasser, que teve curta duração, e, portanto, em 1961, os dois países voltaram a ser estados distintos. Dez anos depois foi feita outra tentativa de unificação política dos países árabes, por meio da Federação das Repúblicas Árabes, que foi uma tentativa de unificação política que concedia uma maior autonomia aos países membros e que, além do Egito, incluia também a Líbia. Em 1963, ocorre uma revolução popular que levou ao poder o Partido Baath Árabe Socialista, que fora fundado em 1947 por Michel Aflaq, um militante nacionalista de origem cristã. Em novembro de 1970, o General Hafez al-Assad assumiu o poder e introduziu reformas nas estruturas econômicas e sociais. Durante o V Congresso do Partido Baath, prevaleceu a tese de que os estados árabes eram divisões regionais de uma grande Nação Árabe, Assad foi nomeado secretário-geral e propôs: "acelerar os passos para a transformação socialista nos diferentes campos", esse modo de pensar foi institucionalizado sob a nova Constituição, aprovada em 1973.
O país teve participação fundamental nas guerras árabe-israelenses travadas em 1967 (Guerra dos Seis Dias) e em 1973 (Guerra do Yom Kipur), durante as quais as forças israelenses ocuparam as Colinas de Golã. Posteriormente, se opôs à política dos EUA na região e aos acordos de Camp David, formando a Frente de Firmeza, em conjunto com a Argélia, o Iêmen e a OLP. Em 1976, tropas sírias formavam a maioria da Força Árabe de Dissuasão, que interveio para evitar que a partição do Líbano, durante a Guerra Civil Libanesa. Em 1978, as facções síria e iraquiana do Partido Baath mantiveram conversações para a unificação entres a Síria e o Iraque, mas o projeto fracassou. Em 1980, se observava uma tensão entre a Síria de um lado, e a Arábia Saudita, o Iraque e a Jordânia do outro. Essa situação se agravou com o início da Guerra Irã-Iraque, pois o governo sírio culpou o Iraque pelo início do conflito, que trazia prejuízos para que se buscasse uma solução para a questão palestina, que seria o problema central da região. Naquele mesmo ano, a Síria acusou a Jordânia de apoiar a Irmandade Muçulmana, situação que colocou os dois países na iminência de um conflito bélico, evitado por meio da mediação do príncipe saudita Abdalla Ibn Abdul-Aziz. Desde o final de 1979 o Partido Baath acusava a Irmandade Muçulmana na Síria de "agir em favor do sionismo". Em 1982, após uma série de atos de sabotagem e atentados, atribuídos à Irmandade Muçulmana, as forças armadas sírias lançaram uma ofensiva contra as bases de apoio daquele movimento que resultou em milhares de mortes, na época o governo sírio acusou o Iraque de armar os rebeldes, o que motivou o fechamento da fronteira entre os dois países em abril daquele ano, em represália o Iraque fechou o oleoduto entre Kirkuk e o porto sírio de Banias. Em abril de 1981, durante a Guerra Civil Libanesa eclodiu a "crise dos mísseis", que teve início quando a Falange Cristã (milícia maronita liderada por Bachir Gemayel) tentou controlar a cidade libanesa de Zahlé, localizada no centro do Líbano, tal ação tinha objetivo frustrar os planos sírios de remover Gemayel e empossar Suleiman Frangieh como presidente, e, portanto, sofreu oposição da Força Árabe de Dissuasão, liderada pela Síria. Durante os combates, Gemayel apelou à assistência israelense, o premiê israelita Menachem Begin respondeu em socorro ao líder maronita enviando caças que abateram dois helicópteros sírios. Isto levou à decisão do presidente sírio Assad de colocar mísseis terra-ar SAM-6 de fabricação soviética no contorno montanhososo de Zahle. Em 1982, Israel invadiu o Líbano e destruiu aquelas instalações anti-aéreas. Como resposta à invasão israelense, a Síria manteve cerca de 30.000 soldados no Líbano, e condicionou a sua retirada à prévia retirada de todos os soldados israelenses do Líbano. Em meados de 1983, houve uma séria crise entre as autoridades sírias e a direção da OLP, o que levou a Síria a apoiar abertamente líderes palestinos que se oponham a Yasser Arafat. Em 1984, o governo sírio adotou uma férrea política de austeridade econômica e de combate ao contrabando, em decorrência da queda dos preços do petróleo. Em 1985, al-Assad conseguiu mais sete anos de mandato em votação na qual obteve 99,8% dos votos (percentual semelhante aos antes obtidos em 1971 e em 1978). Em 1987, houve uma grave crise política que resultou na renúncia do primeiro-ministro Abdul Raouf al-Kassem, acusado de corrupção, que foi substituído por Mahmoud Az-Zoubi, que era o presidente do parlamento na época. Em maio de 1990, a Síria restaurou as relações diplomáticas com o Egito. Alguns observadores atribuíram esta reaproximação à redução do apoio militar da União Soviética para o regime sírio. Em 1990, durante o conflito iniciado pela invasão do Kuwait pelo Iraque, a Síria rapidamente se alinhou com a aliança anti-Iraque e enviou tropas para a Arábia Saudita. As relações diplomáticas com os Estados Unidos melhoraram significativamente. No contexto da crise, a Síria aumentou a sua influência no Líbano e foi capaz de fortalecer um governo aliado e desarmar a maioria das milícias autônomas que atuavam naquele país. Em maio de 1991, a Síria e o Líbano assinaram um acordo de cooperação no qual a Síria reconheceu a independência do Líbano. Em 1992 4 mil judeus foram autorizados a emigrar. Em 2dez1991, Hafez al-Assad foi reeleito pela quarta vez, com 99,98% dos votos, em um referendo, quinze dias depois o governo sírio libertou 2,8 mil membros da Irmandade Muçulmana que se encontravam presos por motivos políticos. A Síria não participou dos Acordos de Oslo que permitiram o estabelecimento de uma Autoridade Palestina e a assinatura de acordos de Paz entre Israel e a Jordânia em julho de 1994, pois defendia uma solução global para o conflito árabe-israelense e exigia a retirada completa de Israel dos Territórios Ocupados desde a Guerra dos Seis Dias em 1967. Em junho de 1995, tiveram início negociações formais para a devolução das Colinas de Golã à Síria que não tiveram êxito, pois Israel não abriu mão de manter indefinidamente uma presença militar limitada na região. Em outubro, um confronto entre o Hezbollah e tropas israelenses no sul do Líbano complicou a retomada das negociações. Em novembro de 1997, em um contexto no qual aumentavam as possibilidades de uma nova intervenção militar norte-americana contra Iraque, ocorreu uma reaproximação com o Iraque, tal reaproximação fazia parte de uma estratégia contra a aliança turco-israelense, que, na época, estava em rápida consolidação. Em abril de 1998, o Irã juntou-se às negociações sírio-iraquiana sobre questões de segurança. Em 1999, Hafez al-Assad foi, mais uma vez, reeleito. Em Março de 2000, todos os 37 membros do gabinete liderado por Mahmoud el-Zouebi apresentaram sua renuncia e Mohammed Mustafa Miro, um líder veterano do Partido Baath, que era o governador da Província de Aleppo foi nomeado como o novo primeiro-ministro. Em 10jun2000, ocorreu a morte Hafez al-Assad, que foi sucedido por seu filho, Bashar al-Assad, que assumiu o cargo em julho. Em junho de 2001, a Síria completou a retirada de suas tropas de Beirute, um ano após a retirada das tropas israelenses do sul do Líbano, tal retirada era objeto de uma campanha do patriarca cristão maronita Nasrallah Sfeir. Em outubro de 2001, a Síria conseguiu um assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas, com forte apoio dos países da Ásia e da África, derrotando a oposição por parte dos Estados Unidos e de Israel. Em abril de 2002 foi permitido o estabelecimento de bancos privados e, pouco depois, foi autorizado o funcionamento de uma estação de rádio privada, sendo sua programação restrita à difusão musical. Em maio de 2002, o Papa João Paulo II visitou a Síria e Bashar al-Assad aproveitou a cerimônia de boas vindas para fazer um forte ataque contra Israel, comparando o sofrimento dos árabes ao suportado por Jesus Cristo. Em resposta, João Paulo II apelou em favor de uma nova atitude de compreensão e respeito entre cristãos, muçulmanos e judeus. Em agosto de 2001, o primeiro-ministro Mohammed Mustafa Miro visitou o Iraque, na primeira viagem de um dirigente sírio de altíssimo nível àquele país desde o apoio Síria ao Irã durante a Guerra Irã-Iraque. Em novembro de 2001, foram libertados dezenas de prisioneiros políticos pertencentes à Irmandade Muçulmana, fato que foi elogiado pela Anistia Internacional. Em abril de 2002, uma estação de radar síria no Líbano foi atacada por aviões israelenses, como represália a um ataque de guerrilheiros do Hezbollah. Em maio de 2002, John Bolton, um graduado oficial dos Estados Unidos, incluiu a Síria no chamado “eixo do mal”, acusando o regime sírio de tentar obter armas de destruição em massa. Em abril de 2003, com a invasão do Iraque já em andamento, os Estados Unidos ameaçaram a Síria com sanções econômicas e diplomáticas, dizendo que o regime síria protegia fugitivos do regime deposto no Iraque. O governo sírio rejeitou as acusações. Em janeiro de 2004, Bashar al-Assad se tornou o primeiro presidente sírio a visitar a Turquia, aquela viagem marcou o início da redução da tensão nas relações entre os dois países vizinhos. Em 8mar2004, o Comitê de Defesa das Liberdades Democráticas e Direitos Humanos na Síria organizou um protesto sem precedentes em Damasco para exigir democracia e liberdade para os presos políticos, dois líderes daquele protesto (Ahmad Jazen e Hassan Wattfa) foram presos durante dois meses. Em abril de 2004, houve uma explosão em um prédio que havia sido sede da Organização das Nações Unidas em Damasco, após a explosão, ocorreu um tiroteio que matou um civil, um policial e dois dos quatro ativistas envolvidos. O governo sírio atribuiu a autoria do atentado a fundamentalistas islâmicos. Em maio de 2004, os Estados Unidos impuseram sanções econômicas contra a Síria sob a acusação de apoio ao terrorismo e de não impedir a entrada de guerrilheiros que lutavam contra a ocupação americana no Iraque. Em fevereiro de 2005, o ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, um líder sunita que se opunha à influência da Síria no Líbano, foi morto em um violento atentado em Beirute, o regime sírio foi acusado de envolvimento. Nesse contexto, as potências ocidentais e a oposição libanesa fizeram uma grande pressão para que as tropas e agentes de inteligência síria se retirassem imediatamente do Líbano.Bashar Al-Assad reuniu-se com o presidente libanês Emile Lahoud, e estabeleceu um cronograma de retirada que foi totalmente cumprido antes das eleições gerais libanesas que ocorreram em maio daquele ano. No início de fevereiro 2006, manifestantes sírios atearam fogo ao prédio onde as embaixadas estavam situadas da Dinamarca e da Noruega, durante um protesto contra a publicação em um jornal dinamarquês de charges satirizando o profeta Maomé. As embaixadas do Chile e da Suécia, localizadas no mesmo edifício sofreram danos menores. Uma semana depois, a Dinamarca fechou sua embaixada no país, e acusou as autoridades sírias de não garantir um mínimo de segurança aos funcionários dinamarqueses. Em maio de 2007, Bashar al-Assad foi reeleito para o cargo de presidente por mais sete anos, com 97,62% dos votos em um referendo. Em agosto de 2007, Bashar al-Assad reafirmou o interesse do país em recuperar totalmente as Colinas de Golã, ao declarar que: "Nosso desejo de paz não significa que desistamos de nossos direitos. Nós não vamos aceitar menos do que a recuperação do Golã, a volta das fronteiras existentes em 04 de junho de 1967", tal declaração foi feita como um preâmbulo de uma possível reabertura das negociações de paz com Israel, suspensas desde 2000 por causa das diferenças sobre o Golã.
A Síria possui uma história muito antiga, desde os arameus e assírios, marcada fortemente pela influência e rivalidade de Mesopotâmia e Egito. Depois de ser ocupada pelos persas, a Síria foi conquistada por Alexandre III da Macedónia. Na época helenística passou a ser centro do reino dos selêucidas e se converteu em uma província romana no século I a.C.. Grandes cidades se desenvolveram nessa região como a mítica Palmira, uma das mais originais e descanso de caravanas. Com a ascensão do islamismo, a Síria foi um dos focos mais importantes da Civilização Árabe, sobretudo na época do califado omíada (661-750), centrado em Damasco, e da dinastia hamdanida (905-1004), centrado em Alepo. Porém, pela sua situação, foi objeto de ambição estrangeira o que conduziu a divisão do seu território. Os cruzados se estabeleceram na Síria durante algum tempo e construíram importantes fortificações, como o Krak dos Cavaleiros. Finalmente, em 1516, Síria passou a formar parte do Império Otomano.
Turca até 1918, com o fim da Primeira Guerra Mundial a Síria foi então dividida em duas partes: uma sob mandato francês, que compreendia a Síria e o Líbano atual, e a outra baixo mandato britânico, composta por Palestina,Transjordânia (atualmente Israel e Jordânia) e Iraque. O país conseguiu a independência em 1946. Em 1948, entrou em guerra com Israel, saindo desta perdedora. Sofreu ainda numerosos golpes militares. Em 1958, uniu-se ao Egito para formar a República Árabe Unida(R.A.U.), da qual se separou depois do levantamento militar de 28set1961, convertendo-se em República Síria e, depois da tomada de poder em 1963 pelo Partido Baath, socialista e nacionalista, que empreendeu uma série de profundas reformas sociais e econômicas, ficando constituída como República Popular da Síria em 1964. Em 1966, o país aliou-se de novo ao Egito e, em 1967, viu-se envolvido na Guerra dos Seis Dias. Mais tarde, em 1973, atacou Israel, na chamada Guerra do Yom Kippur; em maio de 1974 foi feito o acordo de retirada das tropas. Interferiu na defesa do Líbano contra Israel, em 1978. Partidária da causa palestina, mostrando-se contra as negociações de paz egipcio-israelitas, que ocorreram depois da viagem de Anwar Sadat a Jerusalém. As negociações empreendidas em 1979 com o Iraque, encaminhadas a uma fusão de ambos os países não prosperaram (naquele mesmo ano romperam-se as relações entre ambos devido à implicação do Baath iraquiano num atentado em Damasco). Em 1980, realizou-se uma outra tentativa de união, desta vez com a Líbia, que também faliu. O conjunto de comunidades étnicas e religiosas que constituem o país, tanto muçulmanas como cristãs, assim como o ressurgimento do integralismo islâmico, criaram situações difíceis ao presidente Hafez al-Assad, de orientação laica e socialista. Não obstante, foi reeleito em 1980 como secretário-geral do Baath, o que reforçou seu poder. No mesmo ano, um tratado de cooperação com a União Soviética deu a al-Asad o papel de representante dos interesses soviéticos na região e lhe permitiu contar com sofisticado armamento de origem soviética. Simultaneamente à crescente deterioração das relações com Israel, a Síria passou a controlar militarmente o norte do Líbano, onde sustentou encontros com as forças de Israel e se opôs a presença de forças americanas. A Síria se caracterizou, durante a permanência de suas tropas no Líbano, pela sua oposição a todos os planos de paz dos Estados Unidos para o Oriente Médio, e por proteger Damasco das facções da OLP opostas a Yasser Arafat, enquanto no Líbano a figura de al-Asad aparecia a princípios de 1986 como a do inevitável mediador para qualquer solução de fundo nos assuntos político-religiosos daquele país. Em 1992 foi reeleito. Na primeira Guerra do Golfo se opôs ao Iraque, participou de processo de paz em Madri, no ano de 1991. Atualmente a Síria está passando por uma guerra civil que faz parte da Primavera Árabe.
A Síria tem uma área de 185.000 km quadrados. A oeste faz limites com Mar Mediterrâneo, Líbano, e Israel, ao sul com Jordânia a leste com Iraque e Turquia. O país esta dividido geograficamente em quatro regiões:
A faixa costeira, fértil, com 180 km de costa abrupta e rochosa, que se estende entre o Líbano e Turquia. As colinas Ansariyah (Jebel an-Nusariyah) formam praticamente a costa norte, e servem de base ao Sahl Akkar (planalto Akkal) ao sul. Os planos aluviais férteis são intensamente cultivados durante todo ano. Os portos mais importantes são Latakia e Tartesos. Em Baniyas existe uma refinaria de petróleo.
As montanhas Jebel an-Nusariyah formam uma cordilheira que se estende de norte a sul no interior da faixa costeira. A altura media é de 1.000 m. São freqüentes as nevadas em seus picos no inverno. A faixa dos montes do planalto marcam a fronteira entre Síria e Líbano com uma altura média de 2.000 m. A montanha mais alta da Síria é Jebel ash-Sheikh, conhecido na Bíblia como Monte Hermon, com 2.814 m. O maior rio que nasce nessa cordilheira é o Barada. Outras regiões menores incluem o Jebel Druso, ao sul perto da fronteira com Jordânia e o Jebel Abu Rujmayn ao norte de Palmira.
Exceto na costa de clima mediterrâneo, nas montanhas e nas regiões banhadas pelos rios predomina a estepe. Aí se encontra Damasco, Homs, Hama, Alepo, Deir ez-Zor, Hassake e Qamishle, banhada pelo Orontes, o Eufrates e o Khabour. O deserto conta com alguns grandes oásis como o de Palmira e ocupa o sudoeste do país, onde acampam os beduínos com seus milhões de cabeças de gado bovino. Sua privilegiada situação no meio de ricas terras produtoras de cereais, algodão, e leguminosas, lhe confere papel de importante mercado agrícola. A Síria também é cortada pelos oleodutos que levam seu petróleo juntamente com o do Iraque em direção à costa libanesa por um lado, e por outro, em direção a Baniyas, localidade perto de Latakia, principal porto comercial sírio. A Síria é uma que tem a seguinte Composição etnica: Árabes sírios 90%, curdos 5,9%, circassianos, turcos e armênios 4,1%. A População: 21.906.156 habitantes. (Homens: 11.056.330; Mulheres: 10.849.826).Tendo a densidade demográfica: 119 hab/km². Uma taxa média anual de crescimento populacional: 3,2%.População residente em área urbana: 54,5%. População residente em área rural: 45,5%. População subnutrida: menor que 5%. Taxa de mortalidade infantil: 15 óbitos a cada mil nascidos vivos.Esperança de vida ao nascer: 73,9 anos. Analfabetismo: 17%.Domicílios com acesso a água potável: 89%.Domicílios com acesso a rede sanitária: 92%.Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,589 (médio). Quanto a religiosidade do povo sírio, os muçulmanos são cerca de 90% do total, sendo 74% sunitas e 15% outros, incluindo os alauitas, os xiitas e os druzos. A maioria dos 10% restantes são cristãos. Existem cidades como Khabab, no governadorato de Dara e Maalula, que são inteiramente católicas. Há ainda uma pequena (cerca de 4500 pessoas) comunidade de judeus sírios. Apesar de que na atualidade, a maioria dos sírios são muçulmanos sunitas e os cristãos estão apenas em torno de 10% da população, na sua maioria constituídos de ortodoxos e católicos de rito oriental. A Síria goza de um prestígio enorme por ser um dos berços do cristianismo. Tendo acolhido o cristianismo desde o princípio, continua sendo a sede da segunda Igreja Cristã fundada pelos discípulos de Jesus, que fora, presidida pessoalmente pelo próprio Apóstolo Pedro. A primeira Igreja Cristã foi a de Jerusalém. Os primeiros cristãos estabeleceram-se em território sírio, por volta do ano 37 d.C., fugindo da perseguição iniciada pelos judeus na cidade de Jerusalém contra os adeptos da nova doutrina ensinada por Jesus de Nazaré, que ganhou grande repercussão logo após a sua morte com a notícia de sua ressurreição e ascensão aos céus, como sendo o Filho de Deus. Por onde iam, os discípulos de Jesus anunciavam a Boa Nova, faziam novos prosélitos e fundavam novas comunidades (Igrejas). Em pouco tempo já haviam se estabelecido em quase todo o território sírio, que na época era muito maior do que o atual. Devido a sua importância histórica, dentro do cristianismo, a Síria é a sede do segundo mais antigo patriarcado cristão, o de Antioquia,que foi transferido durante a Idade Média para Damasco. Devido as divisões existentes no cristianismo e mais precisamente no século V, com o surgimento da controvérsia monofisita ocorrida durante o Concílio de Calcedônia, em 451, o cristianismo na Síria foi dividido, sendo palco de sangrentos conflitos entre os cristãos que defendiam opiniões diferentes. De um lado os defensores da unidade da natureza de Cristo, monofisitas, e de outro os defensores das duas naturezas de Cristo. A Síria abriga, em seu território atual, três das cinco Igrejas Orientais que se separaram entre si. Algumas delas se reagruparam como Igreja particular sui juris, possuindo uma certa autonomia jurídica, teológica e litúrgica, porém dependentes da Sé Romana. Outras se mantiveram "sui generis", conservando a sua própria natureza e identidade, intactas, como são os casos das Igrejas Ortodoxas. Cada Igreja possui o seu próprio Patriarca. O que na antiguidade era apenas um, com as divisões internas do cristianismo, hoje existem cinco Patriarcas, cada qual reivindicando para si o direito ao título da Sé Apostólica de Antioquia, sendo que três destes estão na capital da Síria, Damasco, a saber: o Patriarcado Siríaco Ortodoxo, de Rito Antioqueno,o Patriarcado Greco-Ortodoxo e o Patriarcado Greco-Melquita Católico, estes dois últimos são de Rito Bizantino e apenas o terceiro está em comunhão com a Sé Romana. Os outros dois Patriarcados, provenientes do antigo Patriarcado de Antioquia e que não estão no atual território sírio, são: o Patriarcado Maronita, de Rito Maronita, abrigado em Bkerke e o Patriarcado Siríaco Católico, de Rito Antioqueno, abrigado em Charfe, ambos no Líbano e atualmente em comunhão com a Sé Romana.
Levante é um termo geográfico impreciso que se refere, historicamente, a uma grande área do Oriente Médio ao sul dos Montes Tauro, limitada a oeste pelo Mediterrâneo e a leste pelo Deserto da Arábia setentrional e pela Mesopotâmia. O Levante não inclui a Península Arábica, o Cáucaso ou a Anatólia (embora às vezes a Cilícia seja incluida). De uma forma geral, a região se resume à Síria, à Jordânia, a Israel, à Palestina, ao Líbano e a Chipre. Outras fontes definem o Levante de uma maneira mais ampla, incluindo porções da Turquia, do Iraque, da Arábia Saudita e do Egito. Os habitantes do Levante são chamados levantinos. A palavra "Levante" origina-se do francês médio levant, particípio presente do verbo lever, "levantar" - como em soleil levant, "sol nascente" -, através de um étimo latino do verbo levare, "levantar", "erguer" (levans). Referia-se, portanto, à direção do sol nascente, vista da perspectiva dos que originalmente cunharam a expressão, isto é, às terras na costa leste do Mediterrâneo. Pesquisas realizada na Caverna Qesem, em Israel, próximo a cidade de Rosh HaAyin, demonstram que o Homo erectus já habitava a região há pelo menos 400 mil anos, produzindo artefatos em pedra lascada e caçando elefantes. Nesse mesmo período, foram encontradas evidências da existência do Homo sapiens, que teria surgido 200 mil anos antes do que na África. A teoria é de que a mudança na dieta do Homo erectus (diminuição da quantidade de elefantes na região) o teria obrigado a desenvolver uma agilidade mental e um refinamento em seus instrumentos, evoluindo suas capacidades mentais até o que os cientistas consideram ser Homo sapiens.
Ilha de Samotrácia - Costa da Trácia
Santuário dos grandes deuses de Samotrácia é um dos principais santuários pan-helênicos, situado na ilha de Samotrácia, na costa da Trácia. Construído imediatamente a oeste das fortificações da cidade de Samotrácia, não dependia dela, como demostram o envio de embaixadores da cidade ao santuário por ocasião de festas. O santuário era celebre em todo o mundo grego pelo culto de mistérios que ali se praticava. Um culto chthoniem que não era menos renomado que o de Eleusis e do que o nome dos homens que foram ali iniciados: o historiador Heródoto, um dos raros autores a ter dado informações sobre a natureza dos mistérios; o rei de Esparta, Lisandro, e numerosos atenienses - o culto é mencionado por Platão e Aristófanes.
Um período de espetacular desenvolvimento ocorreu durante o período helenista, quando se tornou, no reinado de Felipe II, um tipo de santuário nacional da Macedônia, onde sucessores de Alexandre o grande rivalizavam em munificiência. Era um importante lugar de culto ainda na época do Império Romano, o próprio imperador Adriano o visitou e o escritor Marco Terêncio Varrão descreveu uma parte dos mistérios, antes deles se desfazerem ao fim da antiguidade tardia. A identidade e natureza das deidades veneradas no santuário permanecem enigmáticas, principalmente porque era tabu pronunciar seus nomes. Fontes literárias da antiguidade referem-se a eles com o nome coletivo de Cabiros, enquanto nas inscrições locais eram referidos simplesmente como deuses ou grandes deuses.
O panteão de Samotrácia
Planta do santuário, com a cronologia das construções
O panteão dos grandes deuses consiste de numerosas deidades chthonic, na maioria anteriores à chegada dos colonos gregos, no século VII aC., reagrupados ao redor da figura central da Grande Mãe. A Grande Mãe, deusa frequentemente registrada em moedas de Samotrácia como uma mulher sentada, com um leão ao seu lado. Seu nome secreto original era Axiéros associada com a Grande Mãe da Anatólia, com Cibele,a deusa da Frígia, e com a deusa mãe de Troia do monte Ida. Os gregos associaram suas qualidades à deusa da fertilidade Demeter. A Grande Mãe é a toda-poderosa senhora do mundo selvagem das montanhas, venerada sobre as rochas sagradas onde eram oferecidos sacrifícios. Dentro do santuário de Samotrácia, seus altares correspondem a porfírias, afloramentos rochosos de várias cores (vermelho, verde,azul ou cinza). Para seus fiéis, seu poder também se manifestava em veios de ferritas magnéticas, de que faziam anéis que usavam como forma de identificação.
Alguns exemplares foram encontrados no cemitério vizinho ao santuário.
Em Samotrácia se veneravam também Hecate, com o nome de Zerynthia, e Afrodite-Zerynthia, duas importantes divindades, com igual devoção. Ali esse culto se distanciou da Grande Mãe e se identificou mais com divindades mais familiares aos gregos. Kadmylos, o esposo de Axieros, é um deus da fertilidade identificado pelos gregos com Hermes, uma divindade cujos símbolos eram uma cabeça de carneiro e um bastão (kerykeion), um evidente símbolo fálico, e que pode ser encontrado com alguma frequência. Duas outras deidades masculinas acompanham Kadmylos. Eles correspondem aos dois legendários heróis que fundaram os mistérios de Samotrácia, os irmãos Dardanos e Éetion. Eles eram associados aos Dioscuri, dois populares gêmeos protetores dos marinheiros em perigo. Um par de divindades do submundo, Axiokersos e Axiokersa, eram identificados com Hades e Persefone, mas não parecia fazer parte do grupo original de deidades pré-helênicas. A lenda, familiar aos gregos, do rapto da deusa da fertilidade pelo deus do subsolo também era parte dos dramas sacros celebrados em Samotrácia, embora menos que em Elêusis. Durante um período tardio, este mesmo mito foi associado com o casamento de Cadmos e Harmonia, possivelmente pela semelhança com os nomes de Kadmylos e Electra.
Os ritos
O espaço do santuário era aberto a todos que desejassem cultuar os deuses, embora as edificações consagradas aos mistérios era reservada somente aos iniciados. Os ritos mais comuns não se distinguiam daqueles praticados nos outros santuários gregos: preces e súplicas acompanhadas de sangrentos sacrifícios de animais domésticos (carneiros e porcos), queimados em holocausto no fogo sagrado, assim como libações feitas às divindades chthonienses nos tanques rituais de forma circular ou retangular, os bothroi. eram utilizados numerosos altares de pedra, o maior coberto, no fim do século IV aC.por uma cobertura monumental. O grande festival anual, para o qual vinha gente de toda Grécia, provavelmente ocorria no meio de julho. Consistia na representação de uma peça sagrada, mostrando o casamento ritual (hiero gamos). Ele ocorria no edifício com o friso das bailarinas, construida no século IV aC. Nesta era se acreditava que a procura da virgem desaparecida e seu casamento com o deus do submundo representava o casamento de Cadmos e Harmonia. O friso que dá nome ao recinto pode ser uma alusão a esse casamento. Por volta de 200aC., uma competição dionisíaca foi adicionada ao festival, facilitada pela construção de um teatro oposto ao grande altar. De acordo com mitos locais, foi nessa época que a cidade de samotrácia honrou o poeta Iasos em Cária por ter composto a tragédia Dardanos e ter feito outros sobre a ilha, a cidade e o santuário. Numerosas ofertas votivas eram feitas ao santuário, e eram guardadas num edifício próprio, próximo ao grande altar. As oferendas podiam ser estátuas de bronze, mármore ou argila, armas, vasos, etc. Outrossim, como Samotrácia era local de frequentadas rotas marítimas, o culto das Cabiriasera muito popular, e numerosas ofertas votivas, embora muito modestas não menos intensas, lhes eram destinadas: conchas e anzóis foram encontrados em escavações, ofertas de marinheiros e pescadores pela proteção contra os perigos do mar.
A iniciação
A característica única do culto de mistérios em samotrácia era sua abertura, em comparação com Eleuses, a iniciação não tinha pré-requisitos de idade, gênero, posição ou nacionalidade. Todos, homens, mulheres, adultos e crianças, gregos ou não, o livre, o liberto ou o escravo podiam participar. A iniciação não era limitada a uma data precisa, e podia-se ser iniciado nos dois graus sucessivos dos mistérios no mesmo dia, a única condição era de fato estar presente no santuário. A primeira etapa da iniciação era a myésis, o mystes, quer dizer o iniciado, recebia a revelação de um relato sagrado e símbolos sagrados lhe são mostrados. No caso de Herodoto, a revelação mostrou a interpretação dos símbolos itifálicos de Hermes - Kadmylos. Segundo Varrone, o símbolo revelados nesta ocasião representavam o céu e a terra. Como resultado dessa revelação, que devia permanecer secreta, o iniciado tinha assegurado alguns privilégios, como a esperança de uma vida melhor, proteção no mar, e a promessa, como em Eleusis de um pós-morte mais feliz. Durante a cerimonia, o iniciado recebia uma faixa de pano vermelha, amarrada na cintura que se supõe ser um talismã protetor. Um anel de ferro exposto ao divino poder de pedras magnéticas era provavelmente outro símbolo de proteção entregue durante a iniciação. A preparação para a iniciação ocorria numa pequena construção ao sul do Anaktoron, um tipo de sacristia onde o iniciado era vestido de branco e recebia uma lâmpada. A myésis então ocorria no Anaktoron, literalmente Casa dos senhores, grande salão capaz de acomodar numerosos fiéis já iniciados, que podiam assistir a cerimonia sentados em bancos ao longo das paredes. O candidato à iniciação praricava uma lavagem ritual em tanque situado no canto sudeste e então fazia uma libacão aos deuses em um fosso circular. Ao fim da cerimonia, ele tomava seu lugar sentado numa plataforma de madeira circular em frente à porta principal enquanto danças rituais ocorriam ao seu redor. Era então levados ao salão norte, o santuário onde recebia a revelação própriamente dita. O acesso a esse santuário era interdito a todas as pessoas não iniciadas. Recebia um documento atestando sua iniciação nos mistérios e podia, ao menos no período final, pagar para ter seu nome gravado em uma placa comemorativa. O segundo grau da iniciação era chamado épopteia, literalmente a contemplação. Em vez de um ano de intervalo entre os graus, como exigido em Eleusis, o segundo grau, não obrigatório, em Samotrácia podia ser obtido imediatamente após a myésis. A despeito disso, era realizado por um pequeno número de iniciados, que nos leva a crer que envolvia outras condições, embora não fossem nem financeiras nem sociais. Lehman assegura que envolvia condições morais, quando o candidato era interrogado e devia confessar seus pecados. Esta audiência ocorria à noite em frente ao Hieron. Escavações revelaram a base do que devia ser uma tocha gigante. De um modo geral, a descoberta de numerosas lâmpadas e tochas naquele lugar demonstra a natureza noturna dos ritos principais. Depois do interrogatório e eventual absolvição certificada pelo sacerdote ou oficiante, o candidato era trazido ao Hieron, que também funcionava como épopteion, ou lugar de contemplação, onde ocorria um ritual de purificação e sacrifícios eram feitos num espaço sagrado, localizado no centro do recinto. Era conduzido aos fundos do prédio, que tinha a forma de uma gruta. O hierofante, também conhecido como iniciador, tomava seu lugar numa plataforma na abside onde recitava a liturgia e expunha os símbolos dos mistérios. Durante a era romana, cerca do ano 200, a entrada do Hiéron foi modificada para permitir a entrada de vitimas para serem sacrificadas. Um parapeito foi construído para proteger os espectadores e uma cripta foi posta dentro da abside. Essa modificação permitiu a celebração do Kriobolia e do Taurobolia do culto anatoliano da Grande Mãe, agora introduzidos na epoptéia. Os novos ritos faziam o iniciado, ou somente o sacerdote em seu nome, descer por uma fossa onde o sangue dos animais sacrificados era vertido sobre ele, selando um rito de natureza batismal.
A organização do santuário
A planta do santuário de Samotrácia pode parecer confusa a primeira vista, isso é resultado da topografia muito particular do local, assim como da sucessão de diferentes etapas de construção repartidas por dois séculos. O santuário ocupa, na face ocidental do monte Hagios Georgios, tres terraços estreitos, separados por dois canais de água. A entrada é pelo lado leste através do propylaeum de Ptolomeu II, conhecido como Ptolémaion que protege o lado ocidental e funciona como ponte. Imediatamente a oeste, no primeiro terraço, uma depressão cercada de degraus circulares, com um altar no centro, devia servir de área de sacrifícios, embora não se possa saber com precisão sua função. Um caminho tortuoso descia pelo terraço principal onde se encontravam os principais monumentos do culto. Um grandetholos, o Arsinoéion, ou como é chamada, a rotunda de Arsinoé, a maior sala circular coberta do mundo grego (20 metros de diâmetro), servia para acolher os theóres, os embaixadores sacros delegados pelas cidades ou associações às grandes festas do santuário. A decoração com rosetas e bucrânios(cabeças de boi ornadas com guirlandas) faz pensar que sacrifícios podiam também acontecer. A rotunda foi construída sobre uma base mais antiga ainda, mesmo que dela só sobreviveram as fundações. A direita do páteo aberto a direita do santuário, acha-se o maior edifício, O Prédio do friso das bailarinas, as vezes chamado Temenos, local que corresponde a uma área fechada monumental muito mais antiga. A reconstituição de sua planta varia consideravelmente, segundo o autor. É em essência um salão precedido por um propileu jônico, decorado com o bem conhecido friso das bailarinas. O celebrado arquiteto Scopas deve ter sido o autor. O edifício mais importante para o culto, o epoptéion, está localizado ao sul do Themenos. Ele ostenta o nome de Hiéron. Não se sabe quem dedicou este edifício, mas dada a magnificência foi certamente real. é uma espécie de templo, mas não tem periptério (filas de colunas) e só um simples prostyle (em parte restauradas). Os ornamentos arquitetônicos da fachada revelam grande elaboração. O espaço interior corresponde ao maior vão livre (11 metros) do mundo grego. a construção termina ao sul por uma abside inscrita, que constitui, como o altar de uma igreja, a parte mais sacra. Esta abside pode representar - segundo o estudioso R.Ginouvés - uma gruta destinada a rituais chthonicos. O altar principal, e a construção que abriga as ofertas votivas estão localizados a oeste do Hiéron.
O Anaktoron, edifício onde ocorria a myésis, localiza-se ao norte da rotunda de Arsinoé, e segundo as versões correntes é da era imperial. O terceiro e final terraço, a oeste do centro espiritual do santuário, foi primariamente ocupado por edifícios votivos, como o Miletean, assim chamado por ter sido dedicado por um cidadão de Mileto, e o Neórion, ou monumento naval. O edifício dos banquetes também era aqui. Três outros pequenos tesouros helênicos não são bem conhecidos. Observando o terraço central, o espaço é todo dominado por um comprido pórtico (104 metros) que atuava como um monumental plano de fundo do santuário, atras do teatro. É nesta parte do sitio que estão os mais recentes traços de ocupação, um quadrado forte bizantino construído com um tesouro, já que reutilizou o material das construções originais.
Um santuário nacional macedônio
E contaram que Felipe, depois de ser iniciado nos mistérios de Samotrácia ao mesmo tempo que Olímpias, ele mesmo ainda jovem e ela a criança órfã, apaixonou-se por ela e prometeu-se a ela, uma vez obtido o consentimento de seu irmão Arymbas.
Plutarco, Vida de Alexandre, II,2.
De acordo com Plutarco, foi assim que o rei macedônio Felipe II encontrou sua futura esposa Olímpias, a princesa de Epirote da dinastia Aeacid, durante sua iniciação nos mistérios de Samotrácia. Esta anedota histórica define a lealdade da dinastia Argead ao santuário, seguida pelas dinastias dos Diadoques, dos Ptolomeus e Antigonidas, que continuamente se revesaram em benfeitorias durante o século 3 a.C., durante sua dominação do Egeu setentrional. O primeiro soberano a se distinguir e de quem restam traços epigráficos foi o filho de Felipe II e meio-irmão de Alexandre, Felipe III da Macedônia, que foi o principal benfeitor durante o século 4 a.C., ele provavelmente encomendou o Temenos em 340 a.c., o altar principal na década seguinte, o Hiéron por 325 a.C., bem como o monumento dórico e a lateral da area circular leste, dedicada em seu nome por seu sobrinho Alexandre IV da Macedônia, que coreinou com ele de 323 a 317 a.C..
A segunda fase das construções monumentais começa na década de 280a.C. com a rotunda de Arsinoé II, que deve datar do período (288-281 a.C.) em que esta filha de Ptolomeu I foi casada com o diadochi Lysimachus, então rei da Macedônia. Viúva depois de sua morte em batalha em 281 a.C., ela casou com seu próprio irmão Ptolomeu II Filadelfio em 274 a.C.. Da monumental oferenda subsiste apenas um bloco da dedicatória acima da porta, de onde não se pode determinar o texto completo. O próprio Ptolomeu II fez construir o propileu que barra a entrada do santuário, a pulsante frota representada ali permite entender sua dominação sobre o essencial do mar Egeu e outras cortes trácias (Ainos, Maroneus), e as construções de Samotrácia são a testemunha dessa influência. O restabelecimento da dinastia Antigonid no trono da Macedônia com Antigonus II Gonatas logo levou a um confronto pela supremacia marítima do Egeu, e ele celebrou sua vitória na batalha naval de Kos pela dedicação de um de seus navios ao santuário, exposto num edifício construído (255-245 a.C.) como uma base ad hoc no terraço oeste, o Néorion. Foi inspirado por outra construção semelhante, o néorion de Delos, provavelmente do século IV a.C., que ele reutilizou dedicando outro de seus navios. A guerra naval entre lagidas e antigonidas prosseguiu intermitentemente durante toda a segunda metade do século 3 a.C., até que Felipe V da Macedônia, o último rei antigonida a tentar estabelecer uma talassocracia macedônia, foi finalmente batido por uma aliança entre Rodes e Pérgamo. Uma coluna foi dedicada a ele em frente a grande praça do terraço superior, pelos macedônios em 200 a.C.. Foi provavelmente durante um desses episódios que a monumental fonte contendo a proa de um navio em pedra calcarea e a famosa Vitória alada foi construida. Pode ter sido oferenda tanto de Rodes quanto da Macedônia, embora uma analise da pedra usada na proa e o tipo de embarcação indiquem uma procedencia de Rodes. O santuário tornou-se o refugio final do último rei macedônio, Perseus, que veio à ilha após sua derrota na batalha de Pydna em 168 a.C., e ali foi aprisionado pelos romanos.
A fascinação pelos cultos de mistérios suscitou um interesse constante pelo local nos séculos 17 e 18. Os primeiros estudos arqueológicos foram obra da missão francesa de Deville e Conquart em 1866, depois da descoberta espetacular por Champoiseau, consul francês em Adrianópolis, da celebre estátua da vitória alada, hoje no museu do Louvre. O austríaco A. Conze foi o próximo a explorar o local em 1873 e 1876, revelando o Ptlomaion e a praça, e levou alguns achados superficiais do Hiéron, do Arsinoéion e do Temenos. Seu trabalho foi publicado em dois ricos volumes de uma tremenda qualidade para a época. Por um acordo com o governo turco, os austríacos partilharam seus achados, numerosos fragmentos arquitetonicos vieram para o museu Kunsthistorisches de Viena, enquanto outros foram para o Museu Galipoli ou para o Museu Arqueológico de Istambul, mas uma parte do material infelizmente desapareceu durante o transporte. Champoiseau retornou em 1891 para procurar os blocos que formavam a proa do navio sobre os quais a vitória estava instalada e descobriu o teatro. A Escola Francesa de Atenas e a Universidade de Praga (Salac e Chapouthier) também levaram a cabo escavações entre 1923 e1927, antes da Universidade de Nova Iorque começar suas escavações em 1938, que revelaram o Anaktoron, interrompidas pela guerra, tempo durante o qual o local sofreu com a ocupação búlgara, voltaram em 1948 e continuam até o presente. Em 1956 uma reconstrução parcial (anastylosis) da fachada do Hiéron foi efetuada.
Sicião é uma cidade da Grécia, localizada no Peloponeso. Na mitologia grega, vários personagens e mitos estão associados a Sicião. Dentre seus reis pode-se citar Epopeu e Adrasto. A mitologia começa com Egialeu, seu primeiro habitante, que fundou a cidade de Egialeia. Mais tarde, a cidade foi chamada de Meconê. A lista dos reis de Sicião é a mais antiga constante nas cronologias de Eusébio de Cesareia e Jerônimo de Stridon. Eusébio diz que existe muita divergência entre os autores da sua época, e baseia sua lista no trabalho (perdido) de Castor de Rodes (Castor, o Analista). Praticamente a mesma lista é mencionados por Pausânias, mas sobre eles existe pouca informação: os doze reis entre Ápis e Epopeu não fizeram guerras, nem nada de memorável. Newton propôs que esta lista de doze reis, reinando por um total de quinhentos de doze anos (uma média improvavelmente alta de quarenta e três anos por rei) foi uma invenção posterior.
Conforme Jerônimo, com datas calculadas por ele, os reis são:
Egialeu, por 52 anos
Éurops, por 45 anos
Telquino, 1993 a.C. - 1975 a.C.
Ápis, 1975 a.C. - 1948 a.C.
Telxíon, 1948 a.C. - 1896 a.C.
Egidro, 1896 a.C. - 1862 a.C.
Turímaco, 1862 a.C. - 1817 a.C.
Leucipo, 1817 a.C. - 1764 a.C.
Messapo, 1764 a.C. - 1717 a.C. (não é mencionado por Pausânias)
Erato, 1717 a.C. - 1671 a.C. (em Pausânias, o sucessor de Leucipo se chama Perato)
Plemneu, 1671 a.C. - 1623 a.C.
Ortópolis, 1623 a.C. - 1560 a.C.
Neste ponto existe divergência entre Pausânias e Jerônimo. Em Jerônimo, os reis são:
Maratônio, 1560 a.C. - 1530 a.C.
Márato, 1530 a.C. - 1510 a.C.
Equireu, 1510 a.C. - 1455 a.C.
Em Pausânias, Ortópolis é sucedido por seu neto Coronus, pai de Córax e Laomedonte. As duas listas voltam a concordar a partir de Córax.
Córax, 1455 a.C. - 1425 a.C.
Epopeu, 1425 a.C. - 1389 a.C.
Laomedonte, 1389 a.C. - 1350 a.C.
Sicião, 1350 a.C. - 1305 a.C.
Pólibo, 1305 a.C. - 1265 a.C.
Neste ponto há divergência entre Jerônimo e Pausânias. Em Jerônimo, os reis são:
Ínaco, 1265 a.C. - 1221 a.C.
Festo, 1221 a.C. - 1215 a.C.
Adrasto, 1215 a.C. - 1211 a.C.
Polifides, 1211 a.C. - 1180 a.C.
Pelasgo, 1180 a.C. - 1160 a.C.
Zeuxipo, 1160 a.C. - 1129 a.C., último rei
Em Pausânias, os reis são:
Adrasto
Ianiscus, vindo da Ática
Festo, filho de Héracles
Zeuxipo, filho de Apolo
Segundo Castor de Rodes, a partir de Zeuxipo, Sicião se tornou uma teocracia, sendo governada pelos sacerdotes de Apolo. Segundo Pausânias, o sucessor de Zeuxipo foi Hipólito, filho de Rhopalus, filho de Festo; mas Sicião foi conquistada por Agamemnon e se sujeitou a Micenas. O filho de Hipólito, Lacestades, foi surpreendido à noite pelo ataque de Phalces, filho de Temeno, que, pelo fato de Lacestades ser um heráclida, dividiu o reino com ele; a partir deste ponto Sicião se torna uma cidade dória, e parte do território de Argos. A partir da conquista dória, Sicião foi se tornando uma cidade cada vez mais fraca. Sicião foi governada na maior parte por tiranos, mas eles eram homens razoáveis. A cidade fundada por Egialeu na planície foi destruída, em tempos históricos, por Demétrio I da Macedônia, filho de Antígono, que refundou Sicião onde havia a cidadela antiga, e fez da antiga cidade o porto. Um dos personagens mais importantes foi Arato de Sicião, que além de libertar a cidade ainda governou sobre a Liga Aqueia, incorporando a ela sua cidade nativa e várias cidades vizinhas.
domingo, 22 de julho de 2012
Ho oponopono ( Project Oceania)
Ho oponopono é uma antiga havaiano prática da reconciliação e perdão. Práticas perdão similares foram realizadas em ilhas ao longo do Pacífico Sul, incluindo Samoa, Taiti e Nova Zelândia. Tradicionalmente ho oponopono é praticado por sacerdotes ou cura kahuna lapa au entre os membros da família de uma pessoa que está fisicamente doente.
Versões modernas são realizados dentro da família por um mais velho da família, ou pelo indivíduo sozinho. Em muitos culturas polinésias, acredita-se que os erros de uma pessoa (chamado hara ou hala) causada doença. Alguns acreditam raivas erro dos outros deuses, que atrai os Deuses malévolos, e outros ainda acreditam que a culpa causada por erro cometido um doente. "Na maioria dos casos, no entanto, específica ritos" desatar-erro "poderia ser realizada para reparar esses erros e, assim, diminuir um do acúmulo dos mesmos". Entre as ilhas de Vanuatu no Pacífico Sul, as pessoas acreditam que a doença geralmente é causada por má conduta sexual ou raiva. "Se você está irritado por dois ou três dias, a doença vai chegar", disse um homem local. A terapia que contraria esta doença é a confissão. O paciente, ou um membro da família, pode confessar. Se ninguém confessa um erro, o paciente pode morrer. As pessoas acreditam que o sigilo Vanuatu é o que dá poder à doença. Quando o erro é confessado, já não tem poder sobre a pessoa. Como muitos outros ilhéus, incluindo havaianos, pessoas de Tikopia na Ilhas Salomão, e em Rarotonga, no Ilhas Cook, acreditam que os pecados do pai vai cair sobre os filhos. Se uma criança está doente, os pais são suspeitos de brigas ou má conduta. Além disso a doença, a desordem social pode provocar esterilidade da terra ou outros desastres. Harmonia poderia ser restaurado apenas por confissão e pedido de desculpas. Em Pukapuka, era costume de manter uma espécie de pacientes mais confessionais para determinar um curso adequado de ação, a fim de curá-los. Tradições semelhantes são encontrados em Samoa, Tahiti, e entre os Maori da Nova Zelândia. "Ho oponopono" é definida no Dicionário havaiano como "limpeza mental: conferências familiares em que as relações foram definidas direito através da oração, a discussão, a confissão, o arrependimento e o mútuo restituição e perdão. Literalmente, o ho é um partícula usado para fazer um verbo efetivação do substantivo seguinte, como seria "a" antes de um substantivo em Inglês. Aqui, cria-se um verbo do substantivo pono, que é definida como bondade, a retidão, moralidade, qualidades morais, o procedimento correto ou adequado, excelência, bem-estar, prosperidade, bem-estar, o benefício condição, verdadeiro ou natureza, dever, moral, montagem, adequado, justo, à direita, na vertical, apenas, virtuoso, justo, benéfico, bem sucedido, em perfeita ordem, precisa, correta, aliviada, aliviada, deve, deve, deve, necessária. Ponopono é definido como colocar a direitos;. Para colocar em ordem ou forma, corrigir, revisar, ajustar, alterar, regulamentar, organizar, corrigir, arrumar, fazer ordenada ou puro.
Proeminente estudioso havaiano Maria Kawena Pukui escreveu que era uma prática no Havaí Antiga e este é suportado por histórias orais de contemporâneos anciãos havaianas. Pukui registrado pela primeira vez suas experiências e observações de sua infância (nascido em 1895) em seu 1958 livro. Autor Max Freedom Long, que viveu no Hawai de 1917 a cerca de 1926, documentada tradicional ho oponopono como o usado por famílias havaianas em seu livro de 1936. Embora a palavra "ho oponopono" não foi utilizado, os primeiros historiadores havaianas documentado uma crença de que a doença foi causada pela quebra kapu, ou leis espirituais, e que a doença não pode ser curado até que o doente expiou essa transgressão, muitas vezes com a assistência de um padre (orando kahuna sacerdote pule) ou cura (kahuna lapa au). O perdão foi pedido dos deuses ou da pessoa com quem havia uma disputa. Pukui descreveu-a como uma prática de membros da família de reunião para "acertar" as relações familiares quebrados. Algumas famílias se reuniam diariamente ou semanalmente, para evitar problemas de erupção. Outros conheceu quando uma pessoa ficou doente, acreditando que a doença foi causada pelo estresse de raiva, culpa, recriminação e falta de perdão. kupuna Nana Veary escreveu que, quando qualquer um dos filhos em sua família caiu doente, sua avó gostaria de pedir aos pais, "O que você fez?" Eles acreditavam que a cura só poderia vir com o perdão completo de toda a família.
Ho oponopono corrige, restaura e mantém boas relações entre os membros da família e com seus deuses ou a Deus por chegar às causas e fontes de problemas. Normalmente, o membro mais antigo da família realiza-lo. Ele ou ela reúne a família unida. Se a família é incapaz de trabalhar por um problema, eles se voltam para um outsider respeitado. O processo começa com a oração. Um enunciado do problema é feita, e da transgressão discutidos. Os membros da família devem trabalhar através de problemas e cooperar, e não "apegar-se a falha." Um ou mais períodos de silêncio pode ser tomado para reflexão sobre o emaranhado de emoções e lesões. Os sentimentos de todos sejam reconhecidos. Em seguida, confissão, arrependimento e perdão acontecem. Todos lançamentos (kala) uns dos outros, deixar ir. Eles cortaram o passado (oki), e juntos eles fecham o evento com um banquete cerimonial, chamado pani, que muitas vezes incluía comer limu kala kala ou algas marinhas, símbolo da libertação. Em uma forma utilizada pela família de kahuna Makaweliweli da ilha de Moloka i, a conclusão do ho oponopono é representado por dar a pessoa perdoada uma lei (Hawaii) feita a partir do fruto da árvore hala. "Tia" Malia Craver, que trabalhou com os Centros de Rainha Crianças Lili uokalani Popular (QLCC) por mais de 30 anos, ministrou cursos de tradicional ho oponopono. Em 30ago2000, ela falou sobre isso para a Organização das Nações Unidas. No final do século 20, os tribunais de Hawai começou a encomendar delinquentes juvenis e adultos para trabalhar com um ancião que conduziria ho oponopono para as suas famílias, como forma de resolução alternativa de litígios. O ho'oponopono é realizado da maneira tradicional, sem interferência judicial, com um médico escolhido pela família de uma lista de aprovado pelo Tribunal fornecedores. Alguns praticantes nativos fornecer ho oponopono aos clientes que de outra forma poderiam procurar aconselhamento familiar.
Em 1976 Morrnah Simeona, considerado como um padre ou cura kahuna lapa au, adaptou o tradicional ho oponopono do perdão mútuo família às realidades sociais da época moderna. Para isso, ela estendeu-lo tanto para um processo de resolução de problema geral fora da família e um processo de grupo psico-espiritual de auto-ajuda em vez de. Versão Simeona é influenciado por seu cristã (católicos e protestantes) a educação e os seus estudos filosóficos sobre a Índia, China e Edgar Cayce. Como a tradição havaiana, ela enfatiza a oração, confissão, arrependimento e restituição e no perdão recíproco. Ao contrário de tradição havaiana, ela descreve os problemas apenas como os efeitos de negativa Karma, dizendo que "você tem que experimentar por si mesmo o que você tem feito para os outros". Mas que "você é o criador de circunstâncias de sua vida" era também o conhecimento comum para o Velho como o conhecimento ohana:. "Coisas que tínhamos trazido de outras vidas". Qualquer atitude errada é memorizada dentro de si mesmo e reflete em todos os entidade e objeto, que estava presente quando a causa aconteceu. Como a Lei de Causa e Efeito predomina em toda a vida e as vidas, a finalidade da sua versão é principalmente "para liberar infelizes, experiências negativas no passado Reencarnações, e para resolver e remover traumas dos bancos de memória. Karmic cativeiros impedir a evolução da mente, de modo que a "limpeza (cármica) é um requisito para a expansão da consciência". Usando seu 14 passo do processo, seria dissolver essas amarras. Ela não usa mantras ou condicionado exercícios. Seus ensinamentos são: existe um Criador Divino que cuida dos fundamentos altruístas dos homens; "quando a frase" E isso é feito "é usado depois de uma oração, isso significa que termina o trabalho do homem e de Deus começa". "Auto- identidade "significa, por exemplo, durante o ho'oponopono, que os mesmos 3 ou aspectos da consciência são equilibradas e conectado com o Divino Criador. Diferentes de orações egoístas "altruísta orações como ho oponopono, onde você também orar pela libertação de outras entidades e objetos, atingir o plano divino ou Cosmos por causa de suas altas vibrações. A partir desse plano a energia Divina ou mana viria", o que transformaria a parte dolorosa da memória das ações erradas em todos os participantes para a Luz Pura, em qualquer plano que estão em vigor; "todos sejam libertados". Com esta transmutação na mente os problemas vão perder a sua energia para efeitos físicos, e cura ou o equilíbrio é iniciado. Neste sentido, mana Simeona não é o mesmo que o entendimento tradicional polinésio de mana.
Após a morte Simeona, em 1992, seu ex-aluno e administrador Ihaleakala Hew Len, co-autor de um livro com Joe Vitale chamado Zero Limits referindo-se ho Simeona do oponopono ensinamentos. Len não faz nenhuma pretensão de ser um kahuna. Em contraste com os ensinamentos Simeona, o livro traz uma nova idéia que o objetivo principal de ho oponopono está começando a "Estado de Zero, onde teríamos limites zero. Não há memórias. Nenhuma identidade". Para atingir este estado, que Len chamado Auto-IDENTIDADE, você tem que repetir constantemente o mantra: "Eu sinto muito. Por favor me perdoe. Eu te amo. Obrigado".
É baseado na idéia de Len de responsabilidade de 100%, assumir a responsabilidade por ações de todos, não só para o próprio. Se alguém assumir completa responsabilidade por sua vida, então tudo o que vê, ouve, gostos, toques, ou de qualquer forma experiências seria uma responsabilidade, porque é na vida. O problema não seria com a nossa realidade externa, seria com nós mesmos. Para alterar a nossa realidade, nós teríamos que mudar a nós mesmos. Responsabilidade Total, de acordo com Hew Len, defende que tudo o que existe como uma projeção de dentro do ser humano. Como tal, é semelhante à filosofia do solipsismo, mas difere na medida em que não nega a realidade da consciência dos outros. Em vez disso, vê toda a consciência como parte do todo, portanto, usando peças da idéia de holismo: qualquer erro que uma pessoa limpa em sua própria consciência deve ser liberado para todos.
Hala Lei
Seminários Pacifica fundada por Morrnah Simeona começou o primeiro Pacifica Seminários Ho'oponopono na Alemanha. Dr.Ihaleakala Hew Len foi assistente da Morrnah nos seminários, no entanto, ele decidiu ensinar Hooponopono de outra forma, em desacordo com os ensinamentos da Morrnah. Pacifica Seminários ainda existe e os seminários de acordo com o antigo método são realizados em tempo hábil entre os demais, Alemanha, Polônia, França, Dinamarca. A diferença entre os dois métodos é que forma o Dr. Len está tentando atingir "estado de Zero", repetindo uma espécie de mantra "Eu sinto muito. Por favor me perdoe. Eu te amo. Obrigado", Sem parar abordá-lo para o Divino, enquanto que o total de 12 etapas havaianas limpeza processo de acordo com Morrnah limpa as ligações entre todos os participantes de um determinado problema, animados e inanimados, e corte (oki haw) os negativos ou indesejados. Esses segmentos sombrios de conexão são chamados de cabos aka.
Kokee
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O Projeto Oceania foi criada em 1988 como uma instituição científica, de caridade e público para o avanço da educação comunitária no domínio dos cetáceos (baleias, golfinhos e botos) e do ambiente marinho. Nós como a nova geração de cuidadores do planeta Terra ter aprendido com os erros dos nossos idosos e estão ajudando a alimentar o renascimento de uma espécie. Trois chercheurs à Hawaii, deux Ingénieurs en Informatique et un biologiste marin, ont une cree aplicação informatique fluidez évaluer l dos entropie des Sons de baleines et les ils ONT compara um serie une langues humaines EAD. Ils ont en conclusão Que les filhos des baleines à bosse sont aux langues equivalentes humaines. Ils ont Utilize les enregistrements du Dr. Roger Payne et Dr Katy Payne, dans les années fait 1970, qui les premiers étaient Scientifiques à reconnaître Que les filhos únicos par emissões les baleines um Bosse étaient conscients fait en, des canta complexos en évolution Constante. Las Ballenas jorobadas del este de Austrália viaja en un Ciclo interminável de la migracion Entre su área de Cria en la laguna Entre los arrecifes de la Barrera Gran Coral de frente uma la costa de Queensland y sus áreas de alimentación de la Antártida. Su Mundo si compone de Grandes extensiones de Oceano, donde puede Ser la Música compuesta POR Las Ballenas macho jorobadas escuchado uma distancias Grandes. CADA año Las Ballenas cantan una nueva canción. Melodias inolvidables de Alegria radiante Que llenan el océano a lo largo de la costa Este de Austrália. Cuando los Sistemas Ambientales en el Planeta TODO SE Están colapsando y las Especies si Están extinguiendo a un Ritmo acelerado, Las Ballenas jorobadas del este de Austrália Están Haciendo una notável recuperación. Se han convertido en el tesoro Nacional de Austrália y un Símbolo de esperanza parágrafo nuestro medio ambiente en peligro. O objetivo principal do Projeto Oceania é a proteção e valorização de cetáceos e do Meio Ambiente Oceano através da realização de pesquisa, de ensino e divulgação da informação. De uma população original de mais de 60.000, o Oriente baleias jubarte australianos foram caçados até a beira da extinção. Eles foram salvos apenas pelo colapso da indústria baleeira, quando menos de 100 baleias ficaram. No que pode ser apreciado como um maravilhoso símbolo de um desejo humano iluminado para restaurar o equilíbrio a este planeta frágil depois de séculos de exploração ignorante, as baleias jubarte Leste da Austrália foram autorizados a recuperar para uma população estimada de mais de 15.000 indivíduos.
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Região PUUC - Yucatán, México
Arquitetura, Restauração e imagem das cidades maias de Uxmal, Kabah, SAYIL e Labna
Os montes Puuc ... eram o locus das melhores realizações arquitetônicas dos antigos maias (Coe, 1981, p. 572) ... o estilo "Puuc", que, em termos formais e decorativos, representa o pico da arquitetura maia (Stierlin, 2001, p.13). Clássico Puuc arquitetura é considerado por muitas autoridades como a mais bela de todas as tradições antigas da Mesoamérica arquitetônicos (Ball, 2001, p. 437). Os arquitetos da fluorescente atingiu um estágio de perfeição em seu ofício que provavelmente não foi atingida em qualquer outro lugar no Novo Mundo(Andrews IV, 1965, p. 307) ... alguns edifícios erigidos no Puuc, como o Palácio do Governador, em Uxmal, posto entre os maiores do mundo realizações arquitetônicas(Dunning, 1992, p. 323).
Principais lugares do estilo Puuc (preto), Chenes estilo (verde) e estilos de transição (azul)
O termo "Puuc" é usado de várias maneiras intimamente relacionados. Mais geralmente é utilizado para se referir a uma área geográfica. Para tornar isso claro o termo "A Região Puuc" é geralmente usado, como neste site. Este uso deriva o significado literal da palavra Yucatec para Puuc, que significa "serra" ou "morros". Isso se refere à gama baixa de colinas que correm ao longo da parte noroeste da península de Yucatán, assim, os termos "Puuc Hills" e "Cume Puuc". Por extensão "A Puuc" é usado para se referir ao período histórico-cultural, durante o qual a área foi densamente povoada e suas cidades e da arquitetura floresceu. Muitas vezes o termo é usado para se referir a arquitectura única da área e estilo arquitetônico, assim, "Arquitetura Puuc" e "Estilo Puuc". As colinas e vales da região norte Puuc separá-la da terra plana das planícies do norte e das cristas abruptas da área Puuc apenas para o sul. Além disso, o solo, especialmente nos vales, é mais profunda e mais fértil do que em outras áreas, fornecendo alimento não só para aqueles na região Puuc mas provavelmente também para o comércio dentro do Yucatán.Parece provável que este solo fértil possibilitou amplos jardins domésticos dentro dos espaços urbanos, com o cultivo intensivo de hortaliças, ervas e frutas. Por causa da serra, o lençol freático era inacessível baixa na região Puuc, tornando os Aguadas (lagoas sazonais ou pequenos lagos) na área de grande valor e que implique a construção de um número particularmente elevado de chultunes (cisternas para a coleta e armazenamento de água da chuva). Durante décadas, a bolsa Maya Maya focada no sul da Guatemala, Honduras, México e do sul, vendo cultura Puuc como uma derivação posterior do chamado período "clássico" no coração Maya, após o colapso famoso Maya. Assim, os termos enganosos "clássico tardio", "Terminal Classic" e "florescimento Pure" foram usados para se referir ao período mais florescente, central da cultura Puuc (AD 770-925). É agora amplamente reconhecido que Puuc primeira sociedade desenvolvida bem antes do colapso do sul Maya, embora o notável crescimento da região Puuc foi certamente alimentado por povos que migram de outras áreas. Assim, designações de época são mais informativos quando descrevem o desenvolvimento interno da sociedade Puuc. Para a arquitetura, os estudiosos agora se referem a estilos Puuc como: Proto Puuc (AD 250-600), Puuc precoce (670-770 AD), Puuc clássico Colonnette (AD 770-830) e Mosaic Puuc Clássico (AD 830-950), refletindo exatamente o período de alta da cultura Puuc.
Para compreender a região Puuc, devemos reconhecer não só as maneiras em que compartilha a cultura extremamente difundida Maya, mas também os aspectos da sociedade Puuc que diferem dos de outras áreas. No seu auge na região Puuc alcançado a maior densidade de cidades de qualquer área Maya, com mais de duas centenas de cidades e povoados menores. Em algumas áreas as áreas residenciais parecem ter sido quase contínuo de uma cidade para outra. Isto, junto com a falta de fortificações nos grandes centros, sugere uma maior partilha de poder, uma sociedade mais federada do que em outras áreas do Maya. Parece razoável sugerir que isso pode ser conectado com os mais esteticamente refinado, mais cuidadosamente elaborada arquitetura, pelo menos militarista criado pela Maya.
Uxmal é uma antiga cidade maia do período clássico. Hoje é um dos mais importantes sítios arqueológicos da cultura Maya, juntamente com os de Chichen Itza e Tikal. Ele está localizado na região Puuc e é considerada uma das cidades mais representativas do estilo Maya dominante da região arquitetônico. Ele está localizado 62 km ao sul de Mérida, capital de Yucatán estado no México. Seus prédios são conhecidos por seu tamanho e decoração. A ligação entre os edifícios, bem como para outras cidades da região, como Chichén Itzá e Tikal, na Guatemala moderno-dia, são estradas antigas deixadas pelos Maias chamavam sacbes. Suas construções são típicas do estilo Puuc, com suaves paredes baixas que se abrem em frisos ornamentados com base em representações das típicas barracas de Maya, que são representados por colunas (representando as canas com que foram construídas as paredes das barracas) e formas trapezoidais (representando os telhados de colmo), serpentes entrelaçadas e, em muitos casos, cobras de duas cabeças, máscaras do deus da chuva, Chaac com seus narizes grandes que representam os raios das tempestades, e serpentes emplumadas com dentes abertos, deixando de os mesmos seres humanos. Também visto em algumas cidades de influências Nahua origem e o acompanhamento do culto de Quetzalcoatl e Tlaloc que foram integrados com as bases originais da tradição Puuc. Os edifícios aproveitar o terreno para ganhar altura e adquirir volumes importantes, incluem a Pirâmide do Mago , com cinco níveis, e do Palácio do Governador, que abrange uma área de mais de 1.200m². O nome atual parece derivar significado Oxmal três vezes construídos parece referir-se à sua antiguidade e os tempos que tivemos que reconstruir. Nessas situações não há prova alguma. No entanto, a etimologia é contestado, outra possibilidade é Uchmal o que significa que está por vir, no futuro. Assim, há uma sobreposição da tradição que é suposto ser uma "cidade invisível" e foi construído em uma noite com a magia do rei anão.
Mapa de uma porção central de Uxmal
Enquanto muito trabalho foi feito no popular destino turístico de Uxmal para consolidar e restaurar edifícios, pouco na forma de escavação arqueológica séria e pesquisa tem sido feito; portanto, as datas da cidade de ocupação são desconhecidos e a população estimada (cerca de 15.000 pessoas) é, atualmente, apenas uma vaga muito acho sujeitos a alteração após dados melhores. A maior parte da construção principal da cidade ocorreu enquanto Uxmal foi a capital de um estado clássico tardio Maya em torno de 850-925 dC, embora depois de cerca de 1000 dC, os invasores Toltec assumiu e mais construção cessou até 1100 dC. Crônicas maias dizem que Uxmal foi fundada por volta de 500 dC por Hun Uitzil Chac Tutul Xiu. Durante gerações Uxmal foi governada pela Xiu família, foi o local mais poderosa no oeste do Yucatán, e por um tempo em aliança com Chichén Itzá dominou toda a área norte da Maya. Algum tempo depois de cerca de 1200 nenhuma construção nova e importante parece ter sido feita em Uxmal, possivelmente relacionado à queda do aliado de Uxmal e Chichén Itzá a mudança de poder no Yucatán para Mayapan. O Xiu mudaram a sua capital para Maní e a população de Uxmal caiu. Uxmal foi dominante 875-900 CE. O site parece ter sido a capital de um estado regional na região Puuc 850-950 CE. A dinastia maia expandiu o seu domínio sobre os seus vizinhos. Esta proeminência não durar muito. População dispersa em torno de 1000 CE. Após a conquista espanhola do Yucatán (na qual o aliado Xiu se com o espanhol), os primeiros documentos coloniais sugerem que Uxmal ainda era um lugar habitado de alguma importância na década de 1550, mas nenhuma cidade espanhola foi construído aqui e Uxmal foi logo depois abandonada. Mesmo antes de o trabalho de restauração Uxmal estava em melhores condições do que muitos outros graças Maya sites para ser invulgarmente bem construída. Muito foi construído com bem cortados pedras colocadas em um núcleo de concreto não depender de gesso para manter o edifício em conjunto. A arquitetura maia aqui é considerado igualado apenas pelo de Palenque em elegância e beleza. O Puuc estilo de arquitetura Maya predomina. Graças ao seu bom estado de conservação, é uma das poucas cidades maias, onde o visitante casual pode ter uma boa idéia de como todo o centro cerimonial olhou nos tempos antigos.
Alguns dos edifícios mais notáveis incluem:
O Palácio do Governador, um prédio longo e baixo em cima de uma plataforma enorme, com as mais longas fachadas em pré-colombiana da Mesoamérica.
O Adivino (aka a Pirâmide do Mago ou a Pirâmide do anão), é uma pirâmide de degraus, estrutura incomum entre estruturas maias em que os contornos dos seus camadas são oval ou elíptica, em vez do plano mais comum retilíneo. Era uma prática comum na América Central para construir novos templos sobre pirâmides mais antigas, mas aqui uma nova pirâmide foi construída centrado ligeiramente a leste da antiga pirâmide, de modo que na parte oeste do templo no topo da pirâmide antiga é preservada, com o mais novo templo acima dela. Além disso, o staricase oeste da pirâmide está situado de frente para o pôr do sol no solstício de verão. As características estruturais em um dos contos mais conhecidos do folclore Yucatec Maya, "el enano del Uxmal" (o anão de Uxmal), que é também a base para o nome comum da estrutura. Várias versões deste conto são gravados, e a história foi mais popularizado depois um deles foi recontada por John Lloyd Stephens, em seu livro 1841 influente, Incidents of Travel na América Central, Chiapas e Yucatán. Na versão contada à Stephens em 1840, a pirâmide foi construída durante a noite mágica durante uma série de desafios lançados a um anão pelo gobernador (governante ou rei) de Uxmal, como parte de um ensaio concorrente de força e magia contra o rei orquestrada por mãe do anão (a bruja, ou bruxa).
O Quadrilátero Convento (um apelido dado a ele pelos espanhóis, era um palácio do governo) é o melhor de vários pátios de Uxmal finas de edifícios com fachadas longas elaboradamente entalhados em ambos o interior e a faces externas.
A Ballcourt grande para jogar o jogo de bola mesoamericano, que uma inscrição não nos informa foi dedicado em 901 pelo governante Chan Chak K'ak'nal Ajaw, também conhecido como Senhor Chac antes da decifração de seus hieróglifos nome correspondente. Uma série de outros templos de pirâmides, pátios e outros monumentos, alguns de dimensão significativa, e em vários estados de preservação, também estão em Uxmal. Estes incluem Norte Edifício Long, Casa dos Pássaros, Casa das Tartarugas, Grand Pirâmide, Casa das Pombas, e o Templo do Sul.
A maioria das inscrições hieroglíficas estavam em uma série de pedra estelas invulgarmente agrupados em uma única plataforma. O estelas retratam os antigos governantes da cidade, e eles mostram sinais de que eles foram deliberadamente quebrado e derrubado na antiguidade, alguns foram re-construídos e reparados. Uma outra sugestão de uma possível guerra ou batalha é encontrado nos restos de um muro que circundava a maioria do centro centro cerimonial. Uma grande pedra levantadas pedestres ligações cause way Uxmal com o site de Kabah, alguns de 18 km ao sul. A pesquisa arqueológica no local da pequena ilha de Uaymil, localizado a oeste da costa do Golfo, pode ter servido como porta de Uxmal e desde que o acesso ao site da rede de comércio circum-peninsular.
A história moderna das ruínas
O local, situado não muito longe de Mérida ao lado de uma estrada para o Campeche, tem atraído muitos visitantes desde a época da independência do México. A primeira conta detalhada das ruínas foi publicada por Jean Frederic Waldeck em 1838. John Lloyd Stephens e Frederick Catherwood fizeram duas longas visitas a Uxmal no início de 1840, com o arquiteto / desenhista Catherwood supostamente fazer tantos planos e desenhos que poderiam ser usados para a construção de uma segunda via da antiga cidade (infelizmente a maioria dos desenhos são perdidos). Désiré Charnay tomou uma série de fotografias de Uxmal em 1860. Cerca de três anos mais tarde imperatriz Carlota do México visitou Uxmal, em preparação para as autoridades locais tinham a sua visita de algumas estátuas e elementos arquitetônicos que descreve fálicos temas retirados das antigas fachadas. Sylvanus G. Morley fez um mapa do site em 1909 que incluía alguns edifícios anteriormente negligenciados. Primeiro projeto do governo mexicano para consolidar algumas das estruturas do risco de colapso ou uma deterioração posterior veio em 1927. Em 1930, Frans Blom liderou uma Tulane University expedição ao local que incluía fazer moldes de gesso das fachadas do "Quadrilátero Convento"; usando estes lança uma réplica do Quadrilátero foi construído e apresentado na Feira Mundial de 1933 em Chicago, Illinois. Infelizmente, as réplicas em gesso da arquitetura foram destruídos após a feira, mas alguns dos moldes de gesso de monumentos de Uxmal ainda são mantidos em Tulane Médio do American Research Institute. Em 1936, um reparo do governo mexicano e ainda programa de consolidação começou em José Erosa Peniche.
Loltún, que en maya significa Flor de Piedra, (este nombre depende a que a lo largo de la gruta hay motivos de plasmado de flores) es el nombre de singulares grutas ubicadas en el sur del Estado. http://www.en-yucatan.com.mx
Rainha Elizabeth II do Reino Unido visitou em 27fev1975, para a inauguração de som do site e show de luzes, quando a apresentação chegou ao ponto onde o sistema de som tocava oração Maya para Chaac (a divindade chuva Maya), uma chuva repentina torrencial caiu sobre os dignitários reunidos (incluindo Gaspar Antonio Xiu, descendente de nobre linhagem Maya, o Xiu), apesar do fato de que era o meio da estação seca. Três hotéis e um pequeno museu ter sido construído a uma curta distância da cidade antiga.
Puuc é o nome de qualquer uma região no estado mexicano de Yucatánou Maya arquitetônico estilo predominante na região. A palavra "Puuc" é derivado do termo Maya para "colina". Desde o Yucatán é relativamente plana, este termo foi estendido para abranger a grande cárstica cadeia de montanhas na porção sul do Estado, portanto, os termos região Puuc ou colinas Puuc. Os montes Puuc estender para o norte do Campeche e oeste Quintana Roo. O Puuc termo também é utilizado para designar o estilo arquitetônico dos antigos sítios maias localizadas nas colinas Puuc, portanto, o termo arquitetura Puuc. Este estilo arquitetônico começou no final do clássico tardio período, mas teve a sua maior extensão durante o Clássico Terminal período.
No florescimento da arquitetura Puuc (como na antiga Maya local de Uxmal) os edifícios foram decorados com cuidado cortar folheado pedras colocadas em um concreto do núcleo. A parte inferior das fachadas estão em branco com uma superfície plana de blocos retangulares pontuados por portas, enquanto a fachada superior é ricamente decorada com pedra intrincados mosaicos, muitas vezes alternando elementos geométricos repetidos com mais elaborada escultura figurativa. Longa-cheirados máscaras (comumente se acredita ser da Maya deus da chuva Chaac) são encontrados em muitos edifícios Puuc. Para além dos elementos decorativos impressionantes da arquitectura Puuc, o uso de um núcleo de betão é também considerado um avanço arquitectónico além da técnica anterior Maya de usar pedras maiores (situado no topo de uma outra em cal e argamassa de lama) para suporte estrutural. O núcleo verniz de concreto de alvenaria permitiu um pouco maior e salas interiores mais estáveis. Muitos cofres corbelled no estilo Puuc permanecem em pé, mesmo quando a maioria das pedras folheado caíram. O mais famoso dos sítios maias que exibem o estilo arquitetônico é Puuc Uxmal; outras grandes Puuc de estilo locais na região incluem Labna, Kabah, Sayil e Xlapak. O estilo arquitetônico também é visto em Kiuic, Bolonchen, Chunhuhub, Xculoc, e muitas ruínas menores. A transição da arquitetura do período anterior ao clássico estilo Puuc alvenaria núcleo verniz está bem documentado no site do Oxkintok . Para o sul, o estilo pode ser encontrado em Edzná, e para o leste a Chichen Itza (fora da região Hills Puuc). Como afirma o explorador Maya Teobert Maler, que explorou intensamente esta zona, a área ao redor do local de Dolores está cheia de ruínas. O recém-concluído projeto Chunhuaymil compilou dados da arquitetura remanescente Puuc de 19 sítios arqueológicos localizados em uma área de 100 Km2.
Edifício Puuc em Xculoc Campeche, como desenhado por Frederick Catherwood, 1841
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