planejamento turístico é compreendido, por Ruschmann como: o processo que tem como finalidade ordenar as ações humanas sobre uma localidade turística, bem como direcionar a construção de equipamentos e facilidades, de forma adequada, evitando efeitos negativos nos recursos que possam destruir ou afetar sua atratividade.
Sem o planejamento, corre-se o risco de o crescimento desordenado da atividade turística atentar contra a atratividade dos recursos e das localidades, que por sua vez figuram como a matéria prima do turismo.
O planejamento turístico municipal tem seus objetivos próprios:
Melhoria dos aspectos econômicos
Aumento da qualidade de vida para a população
Segundo Barretto: “o planejamento turístico está elencado em três níveis: 1º. nível: Federal; 2º. nível: Estadual; e 3º. nível: Municipal.” (1991:21)
Planejamento turístico municipal
Não apenas no destino, sobretudo pensar no entorno e na comunidade;
A intervenção a ser realizada diz respeito a mudanças: na base econômica da cidade; utilização do espaço urbano e vida cultural dos residentes.
Mudanças podem ser bem ou mal recebidas, e isso vai variar de acordo com a comunidade que as recebe, ou como a comunidade é preparada para recebê-la.
Não basta consultar a comunidade local, mas sim incluí-la ao processo convidando-a a participar do planejamento
Oferecer oportunidades de negócio e emprego aos moradores pode ser um dos principais objetivos do turismo em um município, mas preparar esses atores sociais para trabalhar com o turismo deve ser uma ação deste planejamento.
CAPACITAÇÃO: garantir que não seja necessário trazer pessoas de fora da cidade para não causar problemas. Não é apenas a criação de novos postos de trabalho, mas, e sobretudo, o acesso a eles.
Algumas questões sobre isso devem ser consideradas, tais como:
* Mão de obra existente é suficiente em termos qualitativos e quantitativos?
* Quem deve ser o responsável por esta qualificação: o setor público ou o privado?
* Remuneração que estes postos vão gerar é suficiente para compensar tal esforço de capacitação?
* Quem deve ser treinado?
IMAGEM DA LOCALIDADE
O processo de criação ou de recriação de imagem torna o município um produto, que competirá com outros produtos no mercado, sendo consumido pelos turistas.
O turista pós-moderno busca o exótico, o diferente, o que é particular a cada destino, mas definitivamente não abre mão do conforto e padrão de hospedagem e alimentação que vive em sua residência habitual.
Como a população residente enxerga tudo isso? Como se sente posta em uma vitrine turística (não apenas os sujeitos, mas também a localidade como um todo e todas as suas manifestações), sendo objeto de observação e curiosidade pelo outro?
Neste aspecto outra vez mais se faz pertinente não apenas a consulta à comunidade receptora, mas também a sua participação, no que tange ao processo decisório sobre o que colocar na vitrine, e o que não.
ÁREAS TURÍSTICAS X ÁREAS NÃO TURÍSTICAS
Necessidade no planejamento turístico:
Integrar a sociedade local no uso dos espaços turísticos, para que percebam que as mudanças ocorridas neste aspecto não beneficiam apenas ao grupo de pessoas que vêm de fora, mas a ela também podem ser estendidos os benefícios destas mudanças.
O uso dos espaços turísticos não são fixos. A cada momento podem-se criar novas áreas de entretenimento para turistas e residentes, ou reutilizar através de revitalização de ambientes: igrejas em museus; indústrias desativadas em shoppings ou centros de cultura; áreas portuárias em desusos por espaços gastronômicos e noturnos, e assim por diante.
Para o planejamento obter sucesso é necessário que a localidade tenha:
Estrutura administrativa em sua organização no que diz respeito ao turismo;
Políticas de turismo municipal, de acordo com a estadual e a nacional, e em relação com as demais pastas da administração municipal;
Trabalhar com a comunidade e com o trade sobre a conscientização da importância da atividade turística;
Conhecimento da demanda real e potencial;
Inventário minucioso da oferta turística;
Diagnóstico;
Conhecimento profundo do mercado, e isso inclui os mercados concorrentes.
Autora: Poliana Cardozo
BIBLIOGRAFIA:
BARRETO, Margarita. Planejamento e organização do turismo. Campinas: Papirus, 1991.
BENI, Mário Carlos. Análise estrutural do turismo. São Paulo: Senac, 1998
GUERRIER, Yvonne, TYLER, Duncan. Gestão de turismo municipal. S. Paulo: Futura, 2001.
MBA em Gerenciamento de Projetos - FVG; Geógrafa pela UFG, com especializações em Gerenciamento Municipal e Desenvolvimento Turístico. Gerente de Desenvolvimento Territorial, Ambiental e Geoprocessamento da Secretaria Estadual de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia. Coordenou o Núcleo de Inteligência e Prospectiva Estratégicas (NIPE-GO) responsável pela elaboração do Plano Estratégico de Longo Prazo-"Plano Goiás 2030". Coordenou o Projeto Localização dos Objetivos do Milênio nas Metrópoles Brasileiras, parceria entre Rede IPEA/ANIPES/SEGPLAN-GO que resultou no primeiro relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio em Goiás. Técnica responsável pela montagem da base do Banco de dados Estatísticos do Estado de Goiás-BDE GOIÁS, da SEPIN/SEGPLAN. Co-autora de artigos específicos sobre planejamento do futuro e indicadores de desenvolvimento. Participação em projetos representante do governo estadual na esfera federal. Coordenou a implantação do Programa Nacional de Municipalização do Turismo em Goiás (PMNT), da Embratur. Membro voluntário do Movimento FIB Brasil. No espírito das ideias que merecem ser espalhadas, o TED criou, em 2009, o programa chamado TEDx. O TEDx é um programa de eventos locais, e organizados de forma independente, que reúne pessoas para dividir uma experiência ao estilo TED. Com eventos espalhados pelo o mundo, o TED conseguiu um alcance ainda maior de disseminação de boas ideias. Esta apresentação foi gravada no dia 20ago2011 no Auditório Costa Lima, durante o TEDxGoiânia.
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Um comentário:
Opa, só faltou comentar a origem desse artigo, que de minha autoria né? Acho que não custa, o que você acha?
Atenciosamente, Poliana Fabíula Cardozo.
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