sexta-feira, 1 de abril de 2011

Ancona - Itália (barragem de Cigino)

Ancona é uma província italiana da região de Marche com cerca de 447 613 habitantes, densidade de 231 hab/km². Está dividida em 49 comunas, sendo a capital Ancona. Faz fronteira a noroeste com a província de Pesaro e Urbino, a nordeste e este com o Mar Adriático, a sul com a província de Macerata e a oeste com a região da Umbria (província de Perugia).

Seu território é sujeito a terremotos: 97,3% da região, ou 230 cidades, são classificadas como risco médio ou alto. O litoral tem 173 km de extensão e é caracterizado majoritariamente por praias com amplas faixas de areia, 98,2% delas de águas balneáveis. No interior da região, as praias dão lugar a uma cadeia de colinas de cerca de 200 km². O setor ocidental das Marcas é cortado pelos Apeninos. O grupo montanhoso mais elevado é a cadeia dos Montes Sibillini, entre as províncias de Fermo, Ascoli Piceno e Macerata, onde o Monte Vettore (2478m) delinea a paisagem. Outros montes da região são: Monte Nerone (1526 m), Monte Catria (1702 m), Monte San Vicino (1479 m), Monte Pennino (1570 m), Monte Rotondo (2103 m), Monte Fema (1575 m), Monte Priora (2334 m), Monte Bove (2143 m), Monte Sibilla (2175 m), Monte Vallelunga (2221 m), Monte Porche (2335 m), Monte Argentella (2201 m). Em Marcas, parte dos Apeninos é chamada de Sibillini por conta de uma antiga lenda local que diz que as antigas videntes virgens do Império Romano, as sibilas, refugiaram-se nas cavernas da região depois que o império fora convertido oficialmente ao cristianismo. Como eram pagãs (geralmente ligadas a Apolo), as sibilas resolveram se esconder nos Apeninos para fugir da perseguição monoteísta que enxergava o paganismo como heresia.

Disposta em anfiteatro nas colinas que circundam o porto, Ancona surge na enseada formada pelo Monte Conero a oeste. O porto é o maior da costa do Mar Adriático. A cidade é hoje formada por duas partes bem distintas: o antigo centro histórico e monumental, com suas ruas medievais sobre a colina Guasco em cujo cume surgia a acrópoles grega, enquanto hoje aí se encontra a catedral românica de S. Ciriaco, e uma parte moderna de ruas retilíneas que se formou a partir do século XVIII. Da cidade romana, cujos limites não são claramente identificáveis, restam as ruínas do anfiteatro e o arco de Trajano, obra romana com quatro colunas de ordem coríntia, que surge nas encostas do Monte Guasco. As origens da cidade são pré-históricas com assentamentos da idade do bronze e são significativos os testemunhos da civilização da idade do Ferro (séc. IX-II a.C.). O topônimo grego Ankon (Cotovelo) se deve aos primeiros navegantes de língua grega que freqüentavam o porto natural nas encostas da colina Guasco. Remonta ao século IV a fundação da cidade pelos Siracusanos de origem dórica que construíram as muralhas de blocos de arenito e os monumentos. Aliada dos Romanos na Batalha de Sentino (295 a.C.) contra os Sanniti, Etruscos e Gauleses, após esta data entra na órbita de Roma, conservando porém o seu caráter grego. No séc. II o imperador Trajano potencializa o porto vistas as suas "campanhas contra a Dácia", e em sua honra foi construído no cais o Arco atribuído a Apollodoro de Damasco (115 d.C.). Destruída pelos Sarracenos em 839, reorganizou-se por volta do século XI de forma livre, desenvolvendo o comércio marítimo com o Oriente e entrando em competição com Veneza.



Do século XIV ao XVIII d.C. passou por um período próspero e luminoso da sua história, enriquecendo o tecido urbano com monumentos e dobrando a extensão da sua muralha. Cidade do Estado Pontifício, após um período de declínio ressurge com a instituição do porto franco (1732) pelo Papa Clemente XII. Após a Batalha de Castelfidardo em 1860 entra para o Reino da Itália. Foi só depois da Unidade da Itália que surgiram os bairros ocidentais nos arredores da estação e os orientais nas proximidades da Praça Cavour. Após a Primeira Guerra Mundial, a cidade se expandiu até Passetto e depois da Segunda Guerra começou a se alargar ao sul do promontório de Astagno, na planície de S.Lazzaro à sudeste. O centro histórico oferece um rico patrimônio monumental e cultural: o Teatro das Musas, a Igreja do Santíssimo Sacramento, a Praça Plebiscito, o Museu Arqueológico Nacional da Região Marche, a Pinacoteca Cívica, a Catedral de São Ciriaco com anexo o Museu Diocesano. Numerosos são os palácios históricos da cidade. Alguns exemplos: o Palácio Ferretti construído em 1560 com pórticos internos de 1700; o Palácio dos Anciãos, construído em 1270 e renovado em 1647, conta com uma importante fachada barroca do século XVI; o Palácio Bosdari, comprado pelos Bosdari em 1550, é a sede da Galeria de Arte Moderna; o Pórtico dos Mercantes, restaurado em 1444, tem a fachada em estilo gótico florido veneziano; o Palácio do Senado, construído na metade do século XII, sofreu graves danos durante a Grande Guerra e foi restaurado em 1952; o Palácio do Governo já existia no ano 1300, conta com uma sala decorada por Merlozzo de Forlì. Também importantes são os museus da cidade, como o Museu Beltrami (Filottrano), situado num palácio do século XIX, expõe diversos objetos: escudos, lanças, cachimbos, peles, totem. Há também o Museu do Acordeão (Castelfidardo) com mais de 100 acordeões provenientes do mundo todo.

O centro da cidade, onde se dedicar às compras, inclui Corso Mazzini, Corso Garibaldi, Praça Roma e Praça Cavour. O Passetto é a zona de balneação da cidade e oferece uma panorama incrível. No Porto podem-se ver as antigas muralhas e portas, o Arco de Trajano, o Arco de Clementino, o Molhe Vanvitelliano ou Lazzaretto. O parque municipal da Cittadella, no cume da colina Astagno, conserva parte das muralhas da antiga fortaleza. A cozinha da capital oferece boa parte da gastronomia da Região Marche. Sobressaem os pratos "de mar": linguado frito, grelhado ou em molho de vinho branco, camarões e lulas fritas, dentões, robalos cozidos ou grelhados. Bacalhau à moda de Ancona, zagaia-castanheta e mariscos empanados, sopa de balleri (mexilhão-tâmara), lulas no molho, sardinhas, polvo cozido no molho e o famoso brodetto.

Pratos da gastronomia com produtos "da terra" são os vincisgrassi, a dobrada, a sopa com gordura, a porchetta, o cordeiro, coelho ou frango "in potacchio". Entre os doces, as beccute (pequenas forminhas de pão doce à base de farinha de milho, pinhões e uva passa) e o ciambellone. O Monte Conero e os Castelli di Jesi são as duas regiões de vinhos DOC mais próximas a Ancona: Verdicchio, Vernaccia, Vinsanto, Tinto e Branco Piceno, Tinto do Conero. Las cerâmicas aos tecidos, dos cachimbos aos chapéus, a região Marche protege com um certo ciúme as nobres tradições artesanais que oferecem objetos de vime, acordeões, objetos de cobre e ferro batido.

Ancona conta com 20 km de costa diversificada. A praia da cidade, o Passetto, com suas grutas típicas e com os serviços balneários oferecidos, caracteriza-se pela sua rocha branca e pela atmosfera típica de Ancona. Indo em direção ao sul, ao longo da estrada panorâmica do Conero, encontram-se as praias de Trave, faixa que corta as águas límpidas, e de Mezzavalle, um arco de litoral rochoso branco. Nas encontras do Monte Conero encontra-se a maravilhosa baia de Portonovo. Na parte sul da cidade, zona de Palombina Nuova, também há uma praia.

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