Responsáveis pelo descobrimento da "nova terra", os portugueses vieram para o Brasil desde os primeiros tempos da colonização.
Mesclando-se aqui às populações indígenas e, depois, aos escravos africanos, vieram a constituir o cerne desta cultura mestiça que entendemos como brasileira.
Imigração em massa em São Paulo.
Com o fim do tráfico em 1850, houve uma carência de mão-de-obra no Brasil, e ao mesmo tempo ocorreu a expansão das plantações de café no Estado de São Paulo, necessitadas de trabalhadores. O governo brasileiro começou um processo de substituição da mão-de-obra escrava pelo trabalho assalariado de imigrantes europeus.
A partir da metade do século XIX começou a grande imigração portuguesa no Brasil. No começo, os portugueses foram trabalhar nas fazendas de café, mas logo, os patrícios de Portugal, se instalaram nos centros urbanos, ao contrário dos imigrantes alemães, italianos e espanhóis que estavam sendo mandados para trabalharem na agricultura. Os lusitanos passaram a rumar para dois destinos preferenciais: as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.
Uma expressiva parcela dessa população era oriunda de regiões interioranas do norte de Portugal, notadamente entre Beira Alta e Alto Trás-os-Montes e eram, em sua maioria, extremamente pobres, vindos em família, com grande número de mulheres e crianças. Ao chegarem no Brasil, procuravam parentes ou se instalavam em pequenos cortiços. A maior parte desses imigrantes se dedicaram ao comércio: pequenas vendas e padarias, chegando ao ponto de dominarem essas duas atividades em várias regiões do Brasil.
Alguns portugueses tornaram-se operários nas nascentes indústrias brasileiras.
Muitos dos que chegavam em São Paulo trabalhavam como carroceiros, taberneiros, jornaleiros, vendedores ambulantes, sapateiros, padeiros, confeiteiros, leiteiros, vendedores em armazéns e lojas de comércio, como caixeiros viajantes, condutores de bonde elétrico e como ferroviários. Eles foram uma importante mão-de-obra na implantação da malha ferroviária do estado de São Paulo, tanto nos serviços de infraestrutura quanto na manutenção e no funcionamento das ferrovias. A colônia portuguesa, no começo do século XX contribuiu como o segundo grupo estrangeiro da força de trabalho da São Paulo superado só pelos italianos.
Os portugueses também se concentraram em Santos, Piracicaba, São José do Rio Preto, Araraquara, Jaboticabal, Mogi-Guaçu, Campinas, Santa Bárbara do Oeste, Amparo e Bauru.
A partir de 1995 aumentaram os investimentos portugueses no Brasil (nos anos de 1999 e 2000, Portugal foi o terceiro maior investidor estrangeiro no país), sendo que cerca da metade desse investimento tem São Paulo como destino. Essa situação atraiu empresários e profissionais portugueses.
Hoje existem em São Paulo aproximadamente 600 mil portugueses atuando nas mais variadas atividades profissionais e 60 associações portuguesas e luso-brasileiras. Segundo a professora Sônia Maria de Freitas, autora do livro Presença Portuguesa em São Paulo, afirma que a capital paulista é segunda maior cidade portuguesa do mundo, superada apenas por Lisboa.
Hoje em dia, e cada vez mais, se nota um aumento significativo de portugueses que compram propriedades no Brasil, sobretudo no Nordeste. Estes portugueses dedicam-se, sobretudo ao turismo. Este é um fenômeno extremamente recente.
Bairros portugueses em São Paulo
Desde o final do século XIX era significativa a presença de portugueses em bairros antigos da cidade de São Paulo: Bom Retiro, Belenzinho, Mooca, Bexiga e Brás.
No início do século XX, portugueses já habitavam bairros como Tatuapé, Casa Verde, Pinheiros e Ponte Grande. Os dois últimos eram locais onde se extraía areia, atividade predominantemente exercida por portugueses. No Rio Pinheiros havia batelões que transportavam areia até os chamados “portos de areia”, onde era seca e peneirada e, em seguida, colocada em caçambas para ser levada às construções.
Eles foram também habitar na Vila Gumercindo e o Itaim Bibi, formando as chácaras, onde criavam vacas leiteiras e cultivavam verduras e legumes. O que produziam abastecia a vizinhança e os bairros próximos. Na distribuição do leite e das verduras utilizavam carroças puxadas por burros ou éguas. Na região do Itaim Bibi, na parte de baixo do córrego do sapateiro (hoje Avenida Juscelino Kubitschek), local de terras alagadiças, famílias de portugueses cultivavam flores, que eram transportadas em grandes cestas que levavam à cabeça ou em carroças, para abastecer os cemitérios da cidade e residências das proximidades.
Muitos bairros da cidade receberam nomes que lembram Portugal: Jardim Lisboa, Vila Lisboa, Vila Portugal, Jardim Luso, Jardim Luzitânia.
Pode-se dizer que hoje os portugueses estão espalhados pelos quatro cantos da cidade de São Paulo. Mas há bairros onde predominavam e ainda predominam. O bairro de Vila Maria é conhecido como terra dos portugueses, pois grande parte das casas ali construídas pertence aos lusitanos.
Nos bairros de Santana, Tucuruvi, Tremembé e Vila Guilherme eles também são numerosos. Os da Ilha da Madeira convergiram principalmente, na zona norte, para o Imirim e bairros próximos ao Horto Florestal e, na zona sul, para Santo Amaro. Os açorianos concentraram-se na zona leste da cidade, principalmente na Vila Carrão.
Atividades dos portugueses em São Paulo na atualidade
Os portugueses e descendentes hoje se dedicam a uma grande diversidade de atividades: arte, comércio, panificação, produtos alimentícios, indústria, prestação de serviços e diversos.
A partir dos anos 1950, os portugueses destacaram-se nos ramos de construção civil, hotelaria, restaurantes, mercearias, quitandas e açougues. Com a transformação dos pequenos mercados em supermercados e hipermercados, constituíram os grupos econômicos comerciais varejistas e rede de supermercados mais importantes do País, como o grupo Sé, o Barateiro e o Pão de Açúcar.
O português Daniel Lopes, fundador do famoso empório Casa Santa Luzia (foto) chegou ao Brasil em 1912. Começou com um pequeno armazém de secos e molhados, na Rua Augusta com a Rua Paranaguá. Em 1926, transferiu-se para a Rua Augusta com a rua Oscar Freire, dominando o maior estabelecimento de produtos importados de São Paulo.
O português Antonio Pereira Ignácio transformou-se numa das maiores empresas portuguesas, dando início ao grupo Votorantin, o maior grupo industrial do país.
O transporte público também é dominado pelos portugueses em São Paulo. A cidade que tem a maior frota do planeta, com 10 mil ônibus. O maior empresário do ramo é o português José Rua Vaz, com a participação de uma dezena de empresas que controlam quase quatro mil veículos, cerca de 40% dos ônibus da capital.
A herança cultural portuguesa
A religião e folclore do Brasil devem muito aos portugueses que aqui chegaram, tanto na época do descobrimento do país, quanto na fundação de São Paulo. A religião católica foi a primeira contribuição dos portugueses, basta lembrar as festas com motivos religiosos, como a Festa do Divino (foto à direita), Natal, Páscoa, Semana Santa, os Reisados, além das Festas Juninas (foto à esquerda), em homenagem a Santo Antônio, São João e São Pedro.
Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência
Rua Maestro Cardim, 769 - Paraíso. Tel.: 3505-1000.
O Hospital Beneficência Portuguesa é o maior complexo hospitalar privado da América Latina. Referenciado também como um hospital que realiza a maior diversidade de transplantes e atende pacientes de todo o Brasil nas especialidades de coração, córnea, fígado, medula, rim, pâncreas e pulmão. A Beneficência Portuguesa também é pioneira na implantação da área de radiocirurgia e tornou-se centro de referência na América Latina.
A Pediatria é uma das mais modernas e equipadas de São Paulo. O local realiza cirurgias de pequeno, médio e grande porte em recém nascidos. A Beneficência Portuguesa coloca à disposição de seus pacientes, além dos mais avançados equipamentos de diagnóstico do país, os mais completos e modernos tratamentos médicos do mundo.
MARCOS ARQUITETÔNICOS
Vários marcos arquitetônicos da capital paulistana lembram de Portugal, seu povo, sua história e arquitetura.
CAMÕES - Praça Dom José Gaspar – Centro.
A estátua do poeta português Luiz Vaz de Camões, de autoria de José Cucé, foi inaugurada em 25 de janeiro de 1942 por iniciativa da Casa de Portugal nas comemorações dos 338 anos da cidade de São Paulo. Ela está instalada em frente a Biblioteca Municipal Mário de Andrade, que foi inaugurada na mesma data.
SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE FÁTIMA
Av. Dr. Arnaldo, 1.831 - Sumaré , Tel: 3862-8665 - www.fatima.com.br
Santuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima foi a primeira igreja construída fora de Portugal dedicada à santa. Por isso mesmo, tem um significado todo especial para a colônia portuguesa residente em São Paulo. Foi inaugurado na Páscoa de 1940 e possui as mesmas características arquitetônicas das igrejas barrocas portuguesas.
A maior celebração da Paróquia acontece no dia 13 de maio, dia da aparição de Nossa Senhora do Rosário, em Fátima. Nessa data há uma grande missa e apresentações do Rancho Folclórico.
Pátio do Colégio e Estátua do Padre Manoel da Nóbrega
Os jesuítas liderados pelo padre português Manoel da Nóbrega subiram a Serra do Mar e se instalaram no Planalto de Piratininga, em 25 de Janeiro de 1554, dia da conversão de São Paulo. Nesta data foi oficializada a instalação do Colégio de São Paulo. José de Anchieta, um jovem jesuíta espanhol de 18 anos encabeçou a catequese dos índios que viviam no local.
No interior do edifício do Pátio do Colégio no Jardim Canárias se encontra uma estátua em homenagem ao jesuíta português Manoel da Nóbrega.
Marco de Granito na Estação de Luz
Durante a década de 1920 um marco em granito rosa foi oferecido pela colônia portuguesa à cidade de São Paulo e instalado no Jardim da Luz, o primeiro parque da cidade inaugurado em 1835. O parque era a principal atração da capital e elogiado pelos viajantes, o jardim foi chamado de “jóia da cidade”. O marco português ostenta duas placas com dizeres em homenagem aos portugueses e à cidade que os abrigou.
A SANTA PORTUGUESA NOSSA SENHORA DA LUZ
Mosteiro da Luz e Museu de Arte Sacra - Avenida Tiradentes em 676, Luz. Tel. 3326-3336
O Bairro da Luz surgiu por causa de uma capela que foi construída no século XVI em homenagem a uma santa portuguesa: A Nossa Senhora da Luz. Relatos da época informam que no local da antiga capela foi iniciada a construção do Mosteiro da Luz, dirigida por frei Antonio de Sant´Ana Galvão, em 1774. O primeiro santo brasileiro, Frei Galvão está enterrado no local, que hoje se constitui no principal edifício do bairro, que também é o mais importante monumento arquitetônico do período colonial da cidade.
O Museu Paulista no bairro do Ipiranga.
O Museu Paulista da Universidade de São Paulo, mais conhecido como Museu do Ipiranga ou ainda Museu da Independência, é o grande marco da Independência do Brasil. Foi lá que D. Pedro I, em 1822, perto do riacho do Ipiranga, tornou o Brasil um país soberano. A obra mais importante de seu acervo é o quadro de 1888 do artista Pedro Américo "Independência ou Morte".
O sonho do nosso Imperador português de nascimento, mas com a alma brasileira, era construir um monumento em homenagem à Independência do Brasil. O edifício do museu em estilo Renascentista foi inaugurado 1890 e alguns anos depois foram instalados os belos jardins, em estilo francês, inspirados nos do Palácio de Versalhes. Do lado oposto ao museu fica o Monumento à Independência, onde está a cripta com os túmulos de D. Pedro I, da primeira imperatriz, Dona Leopoldina, e da segunda, Dona Amélia.
Avenida e monumento Pedro Álvares Cabral - Parque do Ibirapuera.
O monumento foi projetado pelo arquiteto Agostinho Vidal da Rocha, tendo em seu corpo uma escultura em bronze em homenagem a Pedro Álvares Cabral, descobridor do Brasil. A escultura é do artista Luiz Morrone. A inauguração do monumento aconteceu no dia 10 de junho de 1988 no Parque do Ibirapuera.
ESTÁTUAS DE D.HENRIQUE E FERNANDO PESSOA
O Jardim Luzitânia, antigo Jardim Ibirapuera, foi loteado por portugueses, em 1952, tendo as suas ruas recebido nomes portugueses ou ligadas à história de Portugal: Douro, Timor, Ceuta, D. Henrique, Açores, D. Diniz, Largo Mestre Avis. Neste bairro foram colocadas estátuas de figuras históricas, como a estátua do Infante D. Henrique, localizada na confluência da Av. Sagres com a Av. Quarto Centenário. Na mesma Avenida encontra-se o busto de Fernando Pessoa, doado pela Academia Lusíada de Ciências, Letras e Artes e pelo Centro de estudos Fernando Pessoa, inaugurado em 1988.
Monumento Porta de Abril
No Largo Mestre de Avis, encontra-se o monumento Porta de Abril, inaugurado em 2001, por iniciativa do Centro Cultural 25 de Abril. Uma estrutura de aço e bronze de oito toneladas e sete metros de altura em forma de "K", lembra uma porta de forma triangular e tem três cravos na parte superior. Chama-se "Portas de Abril". A escultura destaca a ligação de São Paulo com Lisboa e a importância do 25 de Abril de 1974 para a Democracia tanto em Portugal como no Brasil.
CASA DE PORTUGAL EM SÃO PAULO
Av. Liberdade, 602 - Fone: (11) 3342-2104
Website: http://www.casadeportugalsp.com.br
Mantendo-se como o centro da luso brasilidade em São Paulo, a entidade foi fundada em 1935 com o propósito incorporar dezenas de pequenas associações de âmbito regional, então dispersas na cidade. Logo se tornou a “Casa Mãe” atuando na defesa da língua portuguesa, assim como na divulgação dos valores e das tradições herdadas dos antepassados, além da prestação de serviços em caráter assistencial.
A biblioteca da casa conta com precioso acervo consultado diariamente por dezenas de estudantes, professores e pesquisadores. No salão de festas são apresentados espetáculos de folclore, shows, jantares e festas da comunidade portuguesa. O grupo folclórico da Casa de Portugal fundado em 10 de Outubro de 1973 divulga o Folclore Português ao povo brasileiro e mantêm vivas as tradições portuguesas, como o Vira do Minho, o Fandango do Ribatejo ou o Corridinho do Algarve.
Nas dependências da Casa de Portugal encontram-se abrigadas ainda outras associações de renome como o Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo, a Câmara Portuguesa do Comércio e a Provedoria da Comunidade Portuguesa. No restaurante O Marquês que fica no local, a arquitetura reflete o estilo manuelino dos solares portugueses e oferece aos seus clientes o melhor da cozinha portuguesa. Tel. 3207-6512.
TEATRO SÃO PEDRO.
Rua Barra funda, 171 - Barra Funda. Tel.: 3661-6529
O Theatro São Pedro foi inaugurado em 16 de janeiro de 1917 pelo imigrante português Manoel Fernandes Lopes, com a encenação das peças "A Moreninha" e "O Escravo de Lúcifer". Construído no estilo neoclássico e leve inspiração "art-noveau", o teatro em tons salmão é revestido por cortinas de veludo vermelhas e verdes, alusão à pátria portuguesa. Desde que abriu suas portas, caracterizou-se por uma programação eclética, espetáculos de variedades, operetas, dramas, comédias teatrais e concertos. Com recursos obtidos pelas sessões de cinema, o teatro financiava a apresentação de companhias estrangeiras e mantinha em cartaz peças de Cias. nacionais encenadas por nomes consagrados, como Leopoldo Fróes, Dulcina de Moraes, Apolônia Pinto, Manuel Durões, Procópio Ferreira, entre outros. O Theatro São Pedro, hoje tombado, resgata a memória da comunidade paulista e artística referencial da cultura do começo do século XX.
Museu da Língua portuguesa
Estação da Luz, na Praça da Luz, s/nº. Tel.: 3326-0775
Terça-feira a Domingo, das 10 às 18 horas.
Informações sobre Visita Guiada, Tel. 3326-0775 (São Paulo).
O objetivo do museu é criar um espaço vivo sobre a língua portuguesa, considerada como base da cultura do Brasil. No local é possível conhecer alguns aspectos inusitados e, muitas vezes, desconhecidos de nossa língua materna. O Brasil pertence à Comunidade dos países de Língua Portuguesa CPLP - criado em 1996.
Além da interatividade e da alta tecnologia, o museu abriga um vasto conteúdo sobre linguagem, história da língua e os inúmeros idiomas que ajudaram a formar a língua portuguesa, como também as formas que ela assume no cotidiano. O museu mostra a criação da língua na literatura brasileira, entre outros assuntos, que são apresentados em diversas mídias e espaços do local.
No Auditório a cada 45 minutos é apresentado um filme mostrando a origem da linguagem e das línguas do mundo e do fenômeno específico do português do Brasil.
O Beco das Palavras abriga um jogo eletrônico interativo, que permite brincar com a criação de palavras e, ao mesmo tempo, aprender sobre a etimologia dos termos.
Associação Portuguesa de Desportos
Rua Comendador Nestor Pereira, 33 - Tel.: 3315-0400
Website: http://www.portuguesa.com.br
A Associação Portuguesa de Desportos ou Lusa, como também é conhecida por seus torcedores, é um tradicional time de futebol do Estado de São Paulo. A Associação foi fundada em 1920, pela união entre cinco clubes brasileiros de origem portuguesa (Lusíadas, Portugal Marinhense, Cinco de Outubro, Marquês de Pombal e Lusitano).
O primeiro jogo da Lusa foi realizado no dia 22 de agosto de 1920 e terminou com vitória da A.A. São Bento por 3 a 0.
A maior goleada da Portuguesa aconteceu na Bolívia em 2 de fevereiro de 1970 na cidade de Oruro, a 3.600 m de altitude contra o Ferroviário de Oruro e terminou 12 a 0 para a Portuguesa.
Foram escolhidas para o Clube, as cores verde e vermelho que remetem às cores da bandeira de Portugal. A Cruz de Avis significa a glória das Grandes Cruzadas e com ela a idade de ouro de Portugal. Destaque da Portuguesa é a tradicional festa Junina, organizada desde 1925, antes denominada de festa Joanina, porque ocorria na noite de São João. Esta festa faz parte do Calendário Oficial de Turismo do Estado de São Paulo. Há também os tradicionais festejos de Portugal como o Magusto, festa de castanhas assadas com muito vinho e dança.
GASTRONOMIA PORTUGUESA
AS PADARIAS
Nenhuma atividade comercial esteve tão ligada à imagem do português quanto a padaria. Foi ele que introduziu o pão francês, preferido pelo consumidor por ser fresco. O pãozinho podia ser feito várias vezes ao dia para atender a clientela pelo pão quente a toda hora.
Atualmente o sindicato dos padeiros, que tem como presidente um português, conta hoje com 3.300 filiados na região metropolitana excetuando o ABCD. Desses, aproximadamente 50% são portugueses, 20% descendentes de portugueses e outra parte é formada por italianos, espanhóis, japoneses, etc. A região metropolitana possui cerca de 4.700 padarias e o Estado 11 mil, que geram perto de 150 mil empregos.
Padaria Santa Tereza
Praça João Mendes, atrás da Catedral da Sé.
De origem lusitana, a padaria e confeitaria Santa Tereza é considerada uma das mais antigas do Brasil. Foi fundada em 1872. Na sobreloja tem uma decoração que lembra a São Paulo antiga em fotos e detalhes arquitetônicos.
Localizada atrás da catedral da Sé, a padaria Santa Tereza é um marco na cidade. Além de oferecer pães, também oferece a famosa a coxa-creme - de galinha empanada em massa de sabor aveludado. Até hoje é ainda parada obrigatória de estudantes e profissionais que habitam os fóruns, bancos e escritórios da região.
Mercado Municipal
Horário: de segunda a sábado, das 7h às 18h - Domingos, das 7h às 13h.
Rua da Cantareira, 306, tel. 3228-0673
www.mercadomunicipal.com.br
O Mercado Municipal Paulistano é o paraíso gastronômico da cidade. Também chamado de Mercado da rua Cantareira, ou, para os mais íntimos, Mercadão. São 12,6 mil metros quadrados de área, 364 boxes, 1,6 mil funcionários, mais de mil toneladas de alimentos por dia.
Todos os dias recebe a população de uma pequena cidade: 14 mil pessoas. Inaugurado em 25 de janeiro de 1933 com a assinatura de Ramos de Azevedo, teve a construção totalmente planejada para abrigar os comerciantes da região central da cidade, que vendiam seus produtos ao ar livre.
O local possui mais de dez metros de pé direito, sustentado por imponentes colunas, 55 vitrais em estilo gótico vindos da Alemanha, trabalhados pelo artista Conrado Sorgenicht,recentemente, no processo de revitalização do centro, construiu-se um mezanino, que acrescentou praça de alimentação e mais dois mil metros quadrados.
Uma das ofertas imperdíveis do Mercadão é o super-recheado pastel de bacalhau. A origem do famoso pastel se encontra com a vinda do português Horácio Gabriel, que comprou uma pequena lanchonete dentro do Mercadão junto com o conterrâneo Accácio.
Da junção das sílabas iniciais dos nomes dos sócios nasceu o nome do estabelecimento Hocca, que, no começo, não passava de um botequim típico, mais para atender os madrugadores funcionários do mercado.
Hoje são mais ou menos mil pastéis por dia, somando todos os sabores, e cem quilos de bacalhau, comprados no próprio mercado.
Outra delícia do Mercado é o bolinho de bacalhau crocante do boxe comandado pelo português Domingos Manuel Augusto, no Café Machado. (Rua E, boxe 9. Tel.: 3228-9569).
RESTAURANTES PORTUGUESES EM SÃO PAULO
A BRASA MARÍTIMA
O restaurante, inaugurado em 1969, possui 50 lugares e estacionamento com manobrista, fundamental para a região em que está localizado. Além de possuir área reservada para fumantes, faz entrega para quem quer o conforto. Entre os pratos mais requisitados, está o bacalhau ao forno com batata, pimentão e grão-de-bico. A casa ainda abriga no piso superior outro restaurante, o Alfama dos Marinheiros.
Rua Pamplona, 1.285 - Jardim Paulista. Tel: 3884-9203.
A CASOTA
Antes de ser um restaurante propriamente dito, o local servia apenas comida para viagem. Depois de 14 anos na Rua Horácio Lafer, o restaurante agora se encontra em um lugar mais amplo, onde é possível apreciar a especialidade da casa, o bacalhau à Brás ou a alheira com brócolis e arroz. Entre os doces, o destaque para os pastéis de nata e os de Santa Clara e o pudim à Casota.
Rua Doutor Alceu de Campos Rodrigues, 527 - Itaim Bibi. Tel: 3044-2906
ALFAMA DOS MARINHEIROS
O Alfama dos Marinheiros está instalado no piso superior da casa que também abriga o restaurante A Brasa Marítima. Bem maior que o outro, com 130 lugares, tem apresentação de música ao vivo. Os pratos mais pedidos são rojões à moda do Minho, perdiz à moda da Montanha e tripas à moda do Porto. Rua Pamplona, 1.285 - Jardim Paulista. Tel: 3884-9203
ANTIQUARIUS
O restaurante tem sua origem na região portuguesa do Alentejo. Aqui no Brasil, o primeiro restaurante foi inaugurado no Rio de Janeiro, enquanto a filial paulistana abriu no ano de 1990. No local, são exibidas peças decorativas nos séculos XVII e XVIII. Entre as especialidades estão os biscoitinhos de queijo, cataplana de peixes e frutos do mar, perna de cordeiro e bacalhau à moda antiga. Os doces mais pedidos são o toucinho do céu e a salada de laranja.
Alameda Lorena, 1884 - Jardim Paulista. Tel: 3082-3015
BACALHAU, VINHO E CIA.
Apesar de possuir um enorme salão, com capacidade para 210 pessoas, o local aceita reservas. Aqui, a especialidade é o bacalhau. Os recomendados são o bacalhau à moda da casa (grelhado com batatas coradas, brócolis, pimentão e azeitonas portuguesas, coberto com alho torrado) e o bacalhau à portuguesa (postas cozidas com batatas, brócolis, cebolas e pimentão. O tempero vem à parte, composto de azeite e alho). Para encerrar, há uma grande variedade de doces portugueses, como o pastel de santa clara e os ovos à moda de Aveiros (creme base para a produção da maioria dos doces, só que servido puro).
Rua Barra Funda, 1.067 - Barra Funda. Tel: 3661-2375
CASA PORTUGUESA
Com apenas 15 lugares, funciona como rotisseria, loja de faianças, objetos e produtos portugueses. Só servem almoço, possui horário reduzido e não abre aos domingos. A atração do local são as alheiras e o bacalhau à moda da casa (postas fritas no azeite com batatas e brócolis).
Rua Cunha Gago, 656 - Pinheiros. Tel: 3819-1987
DOM FRANCISCO
O lugar tem como prato principal o bacalhau, preparado de 15 maneiras diferentes. O destaque vai para o tradicional bacalhau na brasa, com postas assadas, batatas coradas, brócolis cozidos no vapor e cebola assada. Há também uma criação do chef Messias que é o bacalhau do Cabral, empanado em farinha de alho e gratinado com um creme também à base de alho, servido com batatas soutè. Isso sem falar nos bolinhos de bacalhau que vem à mesa sempre quentinhos.
Rua Alfredo Pujol, 217 - Santana. Tel: 6959-5422
ORA POIS!
Esse restaurante português, inaugurado no ano de 2000, oferece diversas receitas de bacalhau, ora pois! Um dos mais pedidos está o bacalhau à Brás (desfiado com cebolas e batatas fritas misturadas com ovo), mas itens como a sopa alentejana e o arroz de polvo também figuram entre as opções mais procuradas. O lugar não abre às segundas-feiras.
Rua Harmonia, 305 - Vila Madalena. Tel: 3813-7001.
O BACALHAU DO PORTO
Com esse nome é fácil imaginar qual a especialidade do lugar. O bacalhau à Margarida da praça, por exemplo, é servido em lascas, com molho de azeite, cebolas, batatas e tomates, enquanto o Funchal vem em posta grelhada, acompanhada de batatas douradas no alho e óleo, com brócolis. Há também as famosas alheiras de Mirandela e os tradicionais bolinhos de bacalhau.
Rua Vergueiro, 8.333 - Ipiranga. Tel: 6163-6502
PORTUCALE
Nesse local, que no domingo só abre para o almoço e só volta a funcionar na terça-feira, é possível jantar no sábado à noite ao som de música portuguesa ao vivo. Tem bolinhos de bacalhau, feijoada trasmontana (com feijão vermelho, couve, pedaços de carne de porco, lingüiça, arroz e laranja), chanfana à moda da Beira (carneiro assado no vinho, em panela de barro, acompanhado de batatas assadas com a casca), o frango na púcara (preparado no forno a lenha), além vários tipos de bacalhau.
Rua Nova Cidade, 418 - Vila Olímpia. Tel: 3848-0930.
PRESIDENTE
Nessa casa, inaugurada em 1962, só se serve bacalhau. É possível escolher entre seis opções, com apenas uma variação: o tamanho da porção (individual, média e gigante). Entre as sugestões, bacalhau à espanhola, à portuguesa e grelhado, frito em alho e óleo, acompanhado de brócolis ou batatas coradas.
Rua Visconde de Parnaíba, 2.438 - Brás. Tel: 292-8683.
REI DO BACALHAU
Como o nome já diz, nesse lugar é possível degustar o bacalhau preparado de variadas formas, em porção para dois. Possui o mesmo jeito simples dos tradicionais restaurantes de Lisboa e mantém também o estilo na apresentação dos pratos. O destaque fica para o bacalhau à portuguesa, onde a posta é cozida com batatas, cebolas, brócolis, ovos, pimentão e alho.
Rua Doutor Bianchi Bertoldi, 36 - Pinheiros. Tel: 3814-7653.
TABERNA CAIS DO PORTO
Nessa taberna, com 70 lugares, a especialidade da casa é o bacalhau, apesar das opções com perdiz, coelho e frutos do mar. O bacalhau à portuguesa (postas cozidas com batata, brócolis, cebola, grão-de-bico, ovo e azeitonas) e o bacalhau à moda do cais (cortado em quadrados, com batatas picadas e molho de alho para cobrir) são os mais pedidos, juntamente com o arroz malandro (feito com bacalhau, grão-de-bico e brócolis ), invenção da dona, nascida em Trás-os-Montes. Fecha às segundas-feiras.
Rua Comendador Nestor Pereira, 33 (Associação Portuguesa de Desportos) - Canindé. Tel: 228-2627.
ASSOCIAÇÕES CULTURAIS PORTUGUESAS
CONSULADO GERAL DE PORTUGAL EM SÃO PAULO
Rua Canadá, 324. Tel.: 3084-1800
Website: http://www.consuladoportugalsp.org.br
INSTITUTO CAMÕES
Rua Canadá, 324. Tel.:3207-5761 e Fax 3208-3346.
Website: http://www.institutocamoes.org.br
AEP - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL
Avenida Angélica, 2466 Conjunto 151/153 - Higienópolis. Tel.: 231-0190
Website: http://www.aeportugal.pt
ACADEMIA LUSÍADA DE CIÊNCIA LETRAS E ARTES
Rua Turiassú, 59 (Clube Português de São Paulo). Tel.: 3663-5953.
AROUCA SÃO PAULO CLUBE
Rua Vila de Arouca, 306-A, Tucuruvi. Tel.: 6455-1000 e Fax: 6455-1988
Website: http://www.aroucaclube.com.br
ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DO MEMORIAL DO IMIGRANTE
Rua Visconde de Parnaíba, 1316 Moóca. Tel.: 6692-9218
Website: http://www.memorialdoimigrante.sp.gov.br
ASSOCIAÇÃO DA CASA DE MACAU
Rua Mário Martins de Almeida, 234.
Website: http://www.casademacau.com.br/
ASSOCIAÇÃO DOS POVEIROS DE SÃO PAULO
Rua Doutor Afonso Vergueiro, 1104. Tel.: 6967-6766
E-mail: poveirossp@itelefonica.com.br
CASA CULTURAL IMPÉRIO DO MINHO DE SP
Rua Jaguaretê, 414 - Casa Verde. Tel.: 8155-8187
E-mail: rfminho@globo.com
CASA DOS AÇORES DE SÃO PAULO
Rua Dentista Barreto,1282. Tel: 296-4890 e Fax: 6942-0487
Website: http://www.casadosacores.com
ROTEIRO DOS MARCOS PORTUGUESES EM SÃO PAULO -(SEM ALMOÇO)
1- Pátio do Colégio e estátua do padre jesuíta e português Manoel da Nóbrega. (parada)
2- Padaria Santa Tereza, na Praça João Mendes, atrás da Igreja da Sé.
3- Casa de Portugal, na Avenida Liberdade. (parada)
4- Estátua de Camões, em frente à biblioteca Mário de Andrade.
5- Marco de granito em homenagem aos portugueses no Jardim da Luz. (parada)
6- Museu da Língua Portuguesa. (Estação da Luz)
7- Mosteiro da Luz. (Avenida Tiradentes)
ROTEIRO DOS PORTUGUESES EM SÃO PAULO - (COM ALMOÇO)
1- Pátio do Colégio e estátua do padre jesuíta e português Manoel da Nóbrega. (parada)
2- Casa de Portugal, na Avenida Liberdade.
3- Museu Paulista, Monumento à Independência -cripta de D. Pedro I, D. Leopoldina e D. Maria Amélia. (parada)
4- Almoço no Mercado Municipal (barraca da Hocca, pasteis de bacalhau)
5- Marco de granito em homenagem aos portugueses no Jardim da Luz. (parada)
6- Museu da Língua Portuguesa. (Estação da Luz)
7- Estátua da Pedro Álvares Cabral no Ibirapuera. (parada).
Link abaixo arquivos de imagens dos castelos e cenários europeus de onde originaram os imigrantes:
http://www.4shared.com/document/RQzSC35W/Castelos.html
http://www.4shared.com/document/Y-vfOhWZ/Cenrios.html
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
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