segunda-feira, 7 de abril de 2008

Principado de Mônaco


A área hoje ocupada pelo Principado de Mônaco era já habitada desde a pré-história. Um rochedo, projetado sobre as águas do Mar Mediterrâneo, serviu de refúgio a várias populações primitivas.



Os lígures, primeiros habitantes sedentários da região, eram montanheses acostumados a trabalhar em condições adversas. A costa e o porto eram a saída para o mar de um destes povoados lígures, Oratelli de Peille.



A região foi ocupada por fenícios, gregos e cartagineses, e em seguida pelos romanos. No final do século II a.C. Mônaco passou a ser parte da Província dos Alpes Marítimos. Durante a ocupação, os romanos edificaram em La Turbie o “Troféu de Augusto”, que celebra o triunfo de suas campanhas militares. Durante este mesmo período marinheiros fenícios e cartagineses trouxeram prosperidade à região. Mônaco foi anexado por Marselha e cristianizada no século I.



A partir da queda do Império Romano, no século V, a região foi invadida a intervalos regulares por diversos povos. No século VII tornou-se parte do reino lombardo e no século seguinte, do reino de Arles. Esteve sob dominação muçulmana após a invasão dos sarracenos à França. A partir do século X, após a expulsão dos sarracenos pelo Conde de Provença, a região começou a ser povoada pouco a pouco.



Em 1191, o território do que é hoje Mônaco foi cedido a Génova como colónia. Em 8 de dezembro de 1297 os Grimaldi, uma família de exilados de origem genovesa, ligou-se à fortaleza e colocou a primeira pedra da praça fortificada (hoje o palácio pricipesco). Seu chefe, Fulco del Castello, obteve do imperador Henrique VI o reinado do conjunto de terras que rodeiam o Rochedo de Mônaco e para atrair uma população estável, concedeu uma série de vantagens como a concessão de terras com isenção de impostos. A partir de então, a região se converteu no objetivo de luta entre os dois grandes partidos de Génova: os gibelinos (partidários do imperador) e os guelfos (fiéis ao papa) aliados dos Grimaldi.



Em 1331 Carlos I reconquistou a região e adquiriu as possessões dos Spinola, aliados dos gibelinos, além dos domínios de Menton e Roquebrune. Carlos I é considerado por muitos o verdadeiro fundador do principado, e o primeiro senhor de Mônaco. Carlos I morreu em 1357 e seu filho Rainier II combateu aos genoveses até que em 1489 o Rei da França e o Duque de Sabóia reconheceram a soberania de Mônaco.



Em 1612 Honorato II passou a usar o título de Príncipe e Senhor de Mônaco. Em setembro de 1641, após uma década de negociações, Honorato II e Luís XIII da França firmaram o Tratado de Peroné, pelo qual reconheciam o direito de soberania de Mônaco. O reino da França assegurou então sua proteção ao Príncipe de Mônaco. No mesmo ano os espanhóis foram expulsos do principado.



Durante a Revolução Francesa o principado foi anexado à França. Em 1815, no Congresso de Viena, Mônaco recuperou parcialmente sua independência, após ser declarado território protetorado do Reino da Sardenha, e em 1860, o Tratado de Viena devolveu a soberania total monegasca, que foi ratificada em 1861 pelo Tratado Franco-Monegasco. O Príncipe Carlos III decidiu atrair a alta sociedade internacional para contibuir com o progresso econômico do principado. Em 1863 abriu o primeiro casino, e em 1866 o centro Monte Carlo.


Embora o glamour dos seus casinos seja associado ao país, eles representam apenas 3% da receita de Mônaco. Carlos III governou de 1856 a 1889. Seu filho Alberto I promulgou a primeira constituição em 1911.

Em 1918 um tratado serviu para delimitar a proteção da França sobre Mônaco. O tratado estabeleceu que a política monegasca estaria alinhada à da França, da mesma forma que os interesses militares e econômicos, bem como que, se caso a família Grimaldi não continue a sua linhagem, o principado será absorvido pela França.


É por isso que os Grimaldi têm mantido usando todas as armas- a continuação da família, que teve a linhagem masculina interrompida pelo menos uma vez, no final do século 19, quando o príncipe Louis II governava o país.

Para resolver a questão, Louis II reconheceu uma filha ilegítima, Louise-Juliette, nascida em 1898, quando este serviu na Legião Estrangeira francesa [durante os anos de 1897 e 1908].



A princesa Louise-Juliette, então, casou-se com o conde Pierre em 1920, que aceitou trocar o sobrenome Polignac para Grimaldi, seguindo a linhagem familiar. Do casamento nasceram dois filhos, Antoinette [que nasceu em 1921] e Rainier, que veio a substituir o avô no governo de Mônaco, após a morte de seu pai e a abdicação de Louise-Juliette em favor do filho, que à época tinha 25 anos.





A história de Louise-Juliette é ocultada da maioria dos livros de história de Mônaco, que não citam, por exemplo, que sua mãe era a lavadeira do príncipe Louis.









Uma nova constituição, promulgada em 1962, aboliu a pena de morte, permitiu o voto feminino e nomeou uma Corte Suprema para garantir as liberdades básicas.




Em maio de 1993, o Principado tornou-se membro oficial das Organizações das Nações Unidas.











Mônaco é também sede de um GP de Fórmula 1, o qual foi vencido em 87, 89, 90, 91, 92 e 93 pelo piloto brasileiro falecido Ayrton Senna, conhecido por "rei de Mônaco", que diversas vezes deu banho de champagne na família real, quebrando o protocolo, e do importante Instituto Oceanográfico, que já foi dirigido por Jacques Cousteau.



Mônaco está dividido em dez bairros ou quarteirões (quartiers, singular - quartier):Monaco-Ville; Monte Carlo; Saint Roman; Larvotto; Saint Michel; Condamine; La Colle; Les Révoires; Moneghetti; Fontvieille


Goza de um clima mediterrânico muito suave no inverno e apresenta uma vegetação exuberante, o que explica que, em meados do século XIX, se tenha convertido em estância balneária e se tornado um centro turístico de fama mundial.




Além das finanças, a economia monegasca é movimentada em grande parte pelo setor imobiliário: as duzentas empresas de construção civil são a força motriz da economia.



Mas o maior atrativo de Mônaco é a fama de "paraíso fiscal" do principado: lá, os investidores não estão sujeitos a impostos sobre renda.












Em Mônaco, cultivam-se oliveiras e frutas cítricas em seu pequeno território interior.



O turismo é uma das mais importantes fontes de renda do país. O setor hoteleiro é dinâmico: 2.500 quartos que recebem, ao ano, 225 mil visitantes.








Mônaco é um pequeno principado situado ao sul da França. O território monegasco, ampliado em mais de 30 ha entre 1969 e 1972, com terrenos ganhos no mar, estende-se por quase 3 km, ao longo da costa ligúrica-provençal.



O principado encontra-se protegido pelos contrafortes dos Alpes Marítimos (Tête de Chien, 573 m; monte Agel, 1.100 m).



Mônaco é o segundo menor país do mundo ficando apenas atrás da Cidade do Vaticano. Fica localizado no Sul da França (Costa Azul) a dezoito quilómetros de Nice e perto da fronteira com a Itália

Mônaco foi contemplado pela bela vista do Mediterrâneo. Seu litoral atrai bastante turistas.



O Principado possui um clima mediterrânico quente com verões suaves e invernos amenos.

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