sexta-feira, 11 de maio de 2012

Circuito Quilombola - Vale do Ribeira SP / BR (curso de turismo: A importância do Inventário Turístico)



O inventário é a base de todo o processo de planejamento turístico de uma localidade.

É o passo inicial que fornece informações detalhadas sobre o que o local oferece de atrativos, infra-estrutura, associações ligadas ao setor, comércio típico e outros elementos fundamentais, que determinam a oferta turística.

Desde 1958, quando foi criada a Comissão Brasileira de Turismo, já se previa a realização, com a colaboração dos Estados e dos Municípios, do inventário das áreas de interesse turístico existentes no país, com a finalidade de proteger, por meio de legislação, a paisagem e outros motivos considerados como de atração turística.

O trabalho de inventariar também é capaz de levantar as possibilidades e as oportunidades que o setor de turismo, incluindo os agentes públicos e a iniciativa privada, precisará ser capaz de aproveitar, bem como os limites e ameaças com os quais deverá superar ou organizar-se para conviver.

O inventário é um registro completo da oferta turística, capaz de relacionar, contar e conhecer aquilo de que dispomos e gerar informações para que seja possível planejar e fazer com que o turismo realmente beneficie o local trabalhado.

Por meio do inventário fica-se conhecendo as características e a dimensão da oferta, e, a partir daí, pode-se definir o que precisa ser melhorado ou aperfeiçoado, segundo a pretensão de cada cidade.

Até hoje os inventários são realizados pontualmente e com muito esforço de campo e, quando concluídos, se tornam volumes de publicação técnica a que poucos têm acesso, deixando assim de ser utilizado para prestar informação ao visitante interessado em conhecer a cidade e aos seus próprios empresários e moradores.

Com isso, a cidade sempre deixa de utilizar informações e precisa constantemente refazer o trabalho de campo, pois contando apenas com os volumes impressos a atualização é sempre mais demorada e custosa.

Atualmente, com a popularização da internet, o inventário se transforma numa importante ferramenta de disponibilização de informações sobre atrativos e infra-estrutura turística de um determinado local.

Com o surgimento de novas tecnologias informatizadas para a realização e disponibilização das informações em um ambiente virtual, o inventário passa a ter também um importante papel na comunicação do destino com a sua demanda turística potencial ou já existente. Outra novidade trazida por esse novo conceito é a possibilidade de uma constante atualização das informações, até mesmo em tempo real, o que não era possível na metodologia antiga.

Com a informatização toda cidade terá sempre o seu inventário atualizado e disponível para todos, criando assim mais uma canal de divulgação de sua atratividade e empreendimentos.

Para termos uma idéia da importância de facilitar o acesso às informações contidas no inventário turístico, que já é uma realidade necessária, a parceria Ibope/NetRatings divulgou uma pesquisa, recentemente, informando que o acesso residencial à internet no Brasil cresceu 45,5% em 2007, formando um universo de aproximadamente 33 milhões de pessoas, que se somadas a outras que acessam em cybercafés e computadores públicos, chegam ao incrível número de 39 milhões de internautas, público de maior poder aquisitivo e consumidor de produtos turísticos.

Ainda segundo a pesquisa, o Brasil é o país que tem o maior tempo médio de navegação residencial por internauta no mundo, seguido da França e dos Estados Unidos.

Considerando que 35% das vendas relacionadas ao turismo são feitas no ambiente virtual, podemos ter uma idéia da enorme potencialidade a ser criada por meio da realização de um inventário turístico e da sua disponibilização online.

Algumas localidades já se adaptaram à essa nova realidade mercadológica do setor turístico, como é o caso do município de Nova Friburgo (RJ), que foi o pioneiro nessa nova metodologia de realização e disponibilização de inventários no ambiente virtual.

Essas iniciativas são o primeiro passo para a adequação dos destinos ao mercado do século XXI, trilhando um caminho correto rumo ao desenvolvimento turístico sustentável, capaz de gerar receita, novas oportunidades e emprego e renda para a população.

Fonte: http://www.ideias.org.br/informativo/26/01.html. Acesso em 14/02/2008. Ivaporunduva: É a comunidade quilombola mais antiga do Vale do Ribeira, anterior até mesmo à fundação de Eldorado, e da qual se originaram outras comunidades como: São Pedro, Pilões, Maria Rosa e Nhunguara. A ocupação das terras de Ivaporunduva teve inicio com a mineradora Maria Joana. Por volta de 1630 a Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos iniciou sua construção e foi finalizada em 1690 pelos negros que já não eram mais escravos. Em meados do século XVIII, com o declínio da extração do ouro na região, os negros escravizados foram abandonados, gradativamente, se deslocou para outras localidades. A população negra já ali estabelecida foi ampliando seu domínio sobre as terras onde se localizava Ivaporunduva, que com o tempo se transformaram em um local onde negros livres, libertos e também fugidos estabeleceram suas residências e áreas de cultivo. A formação do povoamento ocorreu antes de 1888, data da abolição dos escravidão. Sapatú: Foi formada por negros que fugiram do recrutamento forçado para combater na Guerra do Paraguai, por volta de 1870, e também pelo estabelecimento de famílias vindas de outras comunidades da região em busca de terras para uso e moradia. É o caso de Julio Furquim, um dos netos de Bernardo Furquim, que veio da comunidade de São Pedro e fixou-se em Sapatu, em Indaiatuba, em terras que adquiriu de um negro comerciante de Barra de São Pedro. A comunidade de Sapatu é subdividida em três localidades: Indaiatuba, Sapatu e Cordas, todas ligadas pelas redes de parentesco e organização interna quanto às relações de uso e ocupação das terras. Mandira: Vizinha à área quilombola está a Reserva Extrativista do Mandira, cuja área total oficial é de 1.175 hectares, aprovado o plano de manejo, conforme determina a lei federal do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. A formação da comunidade se deu no século XIX, em 1868, quando o patriarca da família, Francisco Mandira, recebeu cerca de 2.880 hectares, em doação de sua meia irmã Celestina Benícia de Andrade. O patriarca de Mandira era filho de uma escrava com o fazendeiro Antônio Florêncio de Andrade, dono da fazenda que existia no local onde hoje está a comunidade. Ainda hoje, é possível ver, em pé, as grossas paredes de pedra de um provável armazém da antiga fazenda, que foi construído pelos escravos que ali viveram. Pedro Cubas: A ocupação das terras banhadas pelo Rio Pedro Cubas teve início com escravos fugidos que trabalhavam em fazendas de mineração do ouro em outras localidades da região no século XVIII. Ainda no século XIX, todo o Vale do Ribeira sofreu pressões de grileiros de terras e latifundiários, o mesmo ocorreu com a área da comunidade de Pedro Cubas. Por conta disso muitas famílias venderam suas terras a fazendeiros que introduziram nas terras férteis banhadas pelo Rio Pedro Cubas, áreas cultivadas com arroz e banana, além do gado. André Lopes: A história de André Lopes está entrelaçada à da comunidade de Nhunguara, em função das estreitas relações sociais e de parentesco mantidas entre os dois núcleos. Sua ocupação se deu a partir da expansão territorial de grupos negros estabelecidos no entorno de Ivaporunduva, São Pedro (antiga Lavrinha) e Nhunguara e de deserções do Exército por ocasião da Guerra do Paraguai. A partir de 1830, quando as famílias Vieira iniciaram a ocupação dos sertões de Nhunguara, dispersaram-se também para as terras de André Lopes. No fim do século XIX, a localidade da "gruta" da Tapagem, atualmente chamada de Caverna do Diabo, já era habitada. Segundo levantamentos históricos, um dos Vieira teria descoberto a caverna, que serviu como esconderijo para alguns negros durante a Guerra do Paraguai.

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