sexta-feira, 27 de março de 2009

Cataratas do Iguaçu


A área das Cataratas do Iguaçu (em espanhol, Cataratas del Iguazú) são um conjunto majestoso de cerca de 275 quedas de água no Rio Iguaçu (na Bacia hidrográfica do rio Paraná), localizam entre o Parque Nacional do Iguaçu, Paraná, no Brasil, e no Parque Nacional Iguazú, Misiones, na Argentina. A área total de ambos parques nacionais, correspondem a 250 mil hectares de floresta subtropical e declarada como Patrimônio Natural da Humanidade.

O Parque Nacional argentino foi criado em 1934; e o Parque Nacional brasileiro, em 1939, com o propósito de administrar e proteger o manancial de água que representa essa catarata e o conjunto do meio ambiente ao seu redor. Os parques tanto brasileiro como argentino passaram a ser considerados Patrimônio da Humanidade em 1984 e 1986, respectivamente. Historicamente, o primeiro europeu a achar as Cataratas do Iguaçu foi o espanhol, Álvar Núñez Cabeza de Vaca, no ano de 1542.

As Cataratas do Iguaçu participaram da campanha mundial de escolha das Sete maravilhas naturais, organizada pela Fundação New 7 Wonders, porém não foram escolhidas como uma das novas maravilhas do mundo.

A Àrea das Cataratas têm cerca de 275 quedas de àgua, com uma altura superior a 70 metros ao longo de 2,7 km do Rio Iguaçu. A Garganta do Diabo principia em forma de "U" invertido com 150 metros de largura e 80 metros de altura. Veja o termo "Desfiladeiro". A Garganta do Diabo é o maior, o mais majestoso e impressionante de todos eles. Este é devido pela linha fronteira entre o Brasil e a Argentina. A maioria das quedas de água (também chamados de saltos) ficam em território argentino, mas é efetivamente do lado brasileiro que se obtêm os mais belos panoramas.

O termo Iguaçu na língua guarani, deriva de y ("água", "rio") e guasu ou guaçu ("grande"), significa literalmente "água grande", ou seja, rio de "grandes águas". Em espanhol, adoptou-se oficialmente a grafia Iguazú. Porém, etimologicamente é errado escrever Iguazú com a consoante "z", devendo antes ser escrito Iguaçu ou Iguasú. (Ref.: Padre António Guash, Dicionário de Castelhano-Guaraní e Guaraní-Castelhano, Assunção, Paraguai, 1978, pág. 518)

Uma linda lenda tupi-guarani explica o surgimento das Cataratas do Iguaçu. "Há muitos anos atrás, o Rio Iguaçu corria livre, sem corredeiras e nem cataratas. Em suas margens habitavam índios caingangues, que acreditavam que o grande pajé M’Boy era o deus-serpente, filho de Tupã. Ignobi, cacique da tribo, tinha uma filha chamada de Naipí, que iria ser consagrada ao culto do deus M’Boy, divindade com a forma de grande serpente. Tarobá, jovem guerreiro da tribo se enamora de Naipi e no dia da consagração da jovem, fogem para o rio que os chama: - "Tarobá, Naipí, vem comigo!" Ambos desceram o rio numa canoa. M’Boy, furioso com os fugitivos, na forma de uma grande serpente, penetrou na terra e retorceu-se, provocou desmoronamentos que foram caindo sobre o rio, formando os abismos das cataratas. Envolvidos pelas águas, caíram de grande altura. Tarobá transformou-se numa palmeira à beira do abismo, e Naipí, em uma pedra junto da grande cachoeira, constantemente açoitada pela força das águas. Vigiados por M’Boy, o Deus-serpente, permanecem ali, Tarobá condenado a contemplar eternamente sua amada sem poder tocá-la.

Próximo às quedas, em ambos os lados do rio, duas importantes cidades estão localizadas; Foz do Iguaçu, no Brasil e Puerto Iguazú, na província de Misiones na Argentina. Outro ponto turístico próximo às cataratas é a Usina Hidrelétrica de Itaipu e a região das ruínas das missões jesuíticas (aldeias de índios convertidos ao catolicismo) na Argentina, Paraguai e Brasil.

A frase "Pobre Niágara" foi exclamada pela primeira-dama dos Estados Unidos da América, Eleanor Roosevelt, ao contemplar as Cataratas do Iguaçu fazendo uma comparação com as Cataratas do Niágara, em sua visita ao Brasil.

Na época das cheias, chegam a ser a 3ª maior do mundo em volume de água.



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