quinta-feira, 12 de junho de 2008

Hotel Fazenda VALE DA MANTIQUEIRA



Por três dias ninguém me viu aqui no “vilamulher”. E nem podiam. Desde sexta eu estava no sul de Minas. Passei um fim-de-semana de trabalho e lazer. Confesso que mais lazer do que trabalho, afinal, adoro o que faço. Pra vocês terem idéia de como a viagem foi boa, nem o trânsito que eu e meu marido pegamos na volta pra São Paulo, cortou o clima gostoso deixado pelos ares rurais.

Nossa aventura começou na sexta à noite. Depois de dar quatro horas de aula (sou professora de telejornalismo), voltei pra casa, coloquei o que faltava na mala, jantei e... pé na estrada! Eu e Cardozo saímos de Santos com o relógio marcando meia-noite e meia. Destino? Vírgínia.

Só éramos nós dois no carro, mas o paliosinho estava lo-ta-do. No porta-malas, câmera de vídeo, tripé, iluminação, carregadores de bateria, cabos, microfone e fitas. No banco de trás, mochila, bolsa e casacos (levei até o sobretudo que usei numa viagem a Nova York).

Seriam só dois ou três dias de viagem, mas como sempre, fiquei indecisa sobre o que usar e acabei levando mais do que precisava. Na verdade, fiquei com medo do frio. Li que lá ia fazer uns 12 ou 13 graus à noite e, como sou friorenta, não quis arriscar ficar tremendo com o microfone na mão.



Dois eram os objetivos da viagem: Matar a saudade dos meus pais (eu não os via desde o Natal) e fazer uma reportagem sobre a excursão em que eles estavam.

Só pra vocês entenderem (aqueles que ainda não me conhecem), eu sou jornalista e tenho um projeto de programa de tv chamado GERAÇÃO ATIVA. O programa de estréia está em fase de edição, e deve ser lançado no fim de junho, e o segundo, em fase de captação.

O projeto é voltado para telespectadores com idade acima de 45, 50 anos, por isso resolvi registrar os bastidores de uma excursão onde a maioria já tinha suas ruguinhas no rosto.



PILOTO E NAVEGADOR

Na ida, quem dirigiu foi o Cardozo. Eu fui de co-piloto. Peguei meu atlas rodoviário do Guia Quatro Rodas e fui que fui...

Sabia que tínhamos que subir a rodovia dos Imigrantes, pegar a via Dutra em direção ao Rio e entrar à esquerda em Cruzeiro (depois vi que podia ter entrado em Cachoeira Paulista, uns cinco quilômetros antes).

Depois de Cruzeiro, seguimos para Passa Quatro, Itanhandu, Capivari e chegamos a Pouso Alto. De Pouso Alto até Virgínia eram mais 22 quilômetros em estrada de asfalto e de lá até o hotel fazenda onde estavam meus pais, mais dois em estrada de terra. O problema é que a ponte que liga Pouso a Virgínia estava interditada e tivemos que voltar mais nove quilômetros e pegar uma estrada de terra em Capivari.

Resultado: chegamos com o dia claro e depois de seis horas e meia de volante (daria pra fazer em cinco). O detalhe é que em Capivari tinha uma placa avisando que a rota alternativa era por ali, mas passei "batido" porque o “aviso” era meio ambíguo, dava a entender que a ponte interditada estava naquele caminho. Bom, de qualquer forma, perdi pontos como “navegadora”. Se fosse um “rally” ou uma “corrida de orientação”, já estaria em último lugar.



MICO

Quando saímos de casa depois da meia-noite, combinamos: Rodamos três horas, paramos para descansar, acordamos às seis e meia e às oito e meia encontramos com Dona Guiomar e Seu Odilon no hotel. Mas mudamos os planos. Como não nos simpatizamos com nenhum motel da estrada, rodamos direto e chegamos ao hotel com o galo ainda cantando. Em vez de entrar e me informar sobre a reserva e sobre meus pais, dormi no carro com o Cardozo por uma hora e meia.

Não quisemos arriscar a pagar mais pela estada (eu achava que só poderíamos entrar no quarto ao meio-dia) e ficamos sem jeito de acordar minha mãe e meu pai. Erro duplo. Quando fui à recepção, às oito, descobri que os dois tinham levantado às seis e que o apartamento estava liberado há horas (o gerente disse que só precisaríamos pagar pelo café-da-manhã). Lição do dia: Quem não se comunica se trumbica, como já dizia o velho Chacrinha.



AFINAL, O QUE TEM EM VIRGÍNIA?

Antes de sair de casa e percorrer mais de 300 quilômetros de carro para chegar em Virgínia, fui no google. Não encontrei muita coisa sobre o município, mas descobri que o povoado, hoje uma cidade de pouco mais de 8 mil habitantes, surgiu em meados do século dezenove. Alguns desbravadores foram pra lá acreditando que iam encontrar ouro, mas não acharam nada. O interessante é que eles não perderam a viagem.



No lugar de riquezas materiais, encontraram um tesouro bem maior: a natureza...

A região de Virgínia tem clima ameno, média de 15 graus nessa época; paisagens de cinema e terras ótimas para o plantio de frutas. As fazendas do município são produtoras de pêra dura (usada pra fazer doces), pêssego, ameixa, figo e marmelo, que também é produzido numa cidade próxima chamada Marmelópolis. A área ainda tem fazendas que produzem milho, feijão, arroz, batata e leite.

Nessa viagem, eu e Cardozo (meu marido) ficamos na fazenda Sertãozinho, onde foi construído o Hotel Fazenda Vale da Mantiqueira



Pra chegar nele, temos que usar parte do Caminho Velho da Estrada Real. Essa estrada ligava Paraty, no litoral do Rio, a Ouro Preto, em Minas, e era usada para escoar a produção de ouro mineira.

O hotel Vale da Mantiqueira fica num pedacinho de paraíso. Como foi construído num vale, pra onde a gente olha, vê as montanhas da serra. Nas horas em que o sol bate nas encostas, o cenário é de filme.

Quem cruza a porteira do hotel encontra 500 mil metros quadrados de motivos pra não querer dar meia volta.



O lugar é tão grande que dá até pra fazer trilha.

Eu e Cardozo chegamos às seis e meia da manhã de um sábado. Como ele tinha dirigido a noite inteira, passou praticamente a manhã inteira dormindo. Mas eu, apesar de não ter dormido na viagem (afinal era a co-piloto), só tirei um cochilo de uma hora e meia e já estava pronta para as atividades. Meus pais que, como disse na postagem anterior, já estavam no hotel, me acompanharam no café-da-manhã e na caminhada que veio depois.



O café-da-manhã foi, na verdade, um brunch de-li-ci-o-so. A mesa tinha tudo o que você espera de um café de hotel: frios, sucos, ovos mexidos... e tudo o que você espera de um hotel fazenda mineiro: queijo branco fresquinho, bolo de milho, bolo de mandioca (aipim para os cariocas e macaxeira, para os nortistas e nordestinos), quitandas...

Só senti falta de ovo frito. Sabe aquele que a gente vê a gema inteira, bem alaranjada? Podia até ter pedido para fazerem um pra mim (sei que fariam com todo o prazer, mas fiquei sem jeito de pedir. Tinha tanta coisa na mesa...

Ovo frito engorda e não é muito saudável, mas ele me remete ao tempo em que eu passava as férias escolares na fazenda dos meus tios, em São Sebastião da Vargem Alegre. Acho que o lugar nem está no mapa, fica perto de Miraí e Muriaé.

Meu tio Emílio e minha tia Elza tinham uma fazendinha com plantação de café e criação de gado leiteiro. Lá tudo era feito no fogão à lenha, inclusive meu ovo frito.kkkkkkkkkk



Quando como uma broa de milho, um ovinho estrelado, um café puro cheiroso e um angu com feijão me transporto para aqueles tempos. Morro de saudade!

"Mãe, olha a galinha vestida"- Essa foi a expressão de um dos pequenos hóspedes ao ver a galinha caipira no galinheiro do hotel. Ele só conhecia as galinhas já depenadas dos supermercados

Bom, mas vamos ao passeio... Depois de encher a barriga de coisas gostosas, fui queimar algumas calorias. Eu e a turma da excursão dos meus pais fomos conhecer o riacho e a cachoeira do hotel. Foram vinte minutos andando por uma estradinha de terra, com vacas aqui e ali, borboletas, passarinho... A queda d’água é pequena, mas o lugar é bem gostoso e tem uma piscina natural. No inverno não tenho coragem de entrar mas no verão deve ser uma ma-ra-vi-lha.

O passeio foi acompanhado por monitores. O Macarrão ia na frente contando “causos” e piadas, a maioria com “vó” e sogra pelo meio, e o Tomate e o Chocolate iam atrás, apoiando e incentivando os mais idosos. Nessa viagem, conheci a Sônia. A mãe dela tem mal de Alzheirmer e melhorou muito depois que começou a fazer as excursões. Segundo a Sônia, recuperou 5% da memória ativa. O carinho e o cuidado de Sônia foram fundamentais para a melhora da mãe. Sônia disse que ela quase já não andava mais, quando começou a levá-la para todos os lugares que ia.



A manhã do primeiro dia no hotel-fazenda Vale da Mantiqueira foi deliciosa.

Depois do passeio ao riacho que fica a 20 minutos de caminhada da sede, quem quis fez aula de alongamento e hidroginástica. Era preciso gastar calorias para aproveitar bem o almoço. A refeição? Pernil, tutu à mineira, couve, torresminho, mandioca frita etc.etc.etc. Se você quisesse fazer regime, até podia montar um prato com saladas e franguinho grelhado, mas como resistir à clássica comidinha mineira? Muita coisa que estava na mesa foi produzida no próprio hotel. Eu mesma vi a horta com verduras e legumes orgânicos, as galinhas caipiras, as vaquinhas leiteiras...
Quem quisesse beber leite fresco e ver as vacas sendo ordenhadas só precisava pedir aos monitores.

Bom, como já era de se esperar, comi muuuuuito e quase não deixei espaço pras sobremesas. Isso mesmo, no plural. Tinha tanta coisa boa que eu fiz uma misturada: arroz-doce, pudim de leite e ambrosia (ainda havia várias compotas de frutas feitas na própria fazenda, mas juro que deixei para o dia seguinte).



Não vou dizer que me arrependi da farra gastronômica mas, se tivesse sido menos gulosa, teria aproveitado melhor o que veio depois: uma visita ao pomar da fazenda. Eu, o Cardozo e o pessoal da excursão em que meus pais estavam (vejam as postagens anteriores) nos esbaldamos no meio de pés de tangerinas, laranjas e goiabas. A folia no pomar foi toda gravada para o programa Geração Ativa (ver postagens anteriores).

À tarde, fomos ao centro de Virgínia. A cidade tem pouco mais de 8 mil habitantes e todo o movimento se concentra na praça da igreja. O lugar foi considerado município (desmembrado de Pouso Alto) em 1911. Em 1865, quando o povoado foi fundado, chamava-se Virgínea (relativo à virgem Maria), mas com o tempo os virginenses foram trocando o “e” pelo “i”.

Como era dia de casamentos, vimos uma noiva e demos uma volta. Infelizmente, não há muito o que fazer na cidade, mas vale a pena visitar e comprar lingüiças, especialidade de um estabelecimento do município.

O bom mesmo de Virgínia, dizem, está em volta. Os principais pontos turísticos são a Pedra Maria Isabel, a Mata do Alemão e as cachoeiras dos Caetés, dos Padres e do Mingu. Não pude ver nada disso porque a estada foi muito rápida, mas os virginenses falam que os locais são bem bonitos.

Virgínia também fica perto de cidades turísticas como Caxambu, São Lourenço, Baependi e São Thomé das Letras. Dá pra ir e voltar no mesmo dia.

FESTA JUNINA

Depois do passeio da tarde, tirei um cochilinho.Eu, que não tinha dormido à noite por causa da viagem, precisava estar “bela e formosa” para o bingo (os prêmios eram compotas de frutas e queijos) e a festa junina organizada pelo hotel. O Vale da Mantiqueira sempre faz festa para os hóspedes nos meses de junho e julho.

O arrasta-pé, a fogueira, as barracas de jogos, as barraquinhas de guloseimas e até o casamento na roça foram gravados pelo Cardozo.

A “noiva” do casório foi o Paixão, um senhor muito divertido que estava na excursão que veio do Rio (a mesma onde estavam os meus pais). Ele colocou um vestido branco, fez uma boca enooorme de batom e ainda colocou um poá rosa choque. Estava “linda”!
A turma brincou das oito às dez, inclusive o guia. Seu Antonio Areias fez uma imitação de caipira “impagável” e ainda participou do forró, depois.

Senhor Antonio Areia - o guia

A festa estava tão divertida que até Seu Sérgio, o dono do “Vale da Mantiqueira”, passou lá pra dar uma espiadinha. Ele deve ter ficado contente ao ver os hóspedes se divertindo e comendo. Por falar em comida, o cardápio da noite tinha caldo verde, espetinhos variados, quentão, vinho quente, pé-de-moleque, cocada.... ai minhas gordurinhas...



CHUVA, MUITA CHUVA

No dia seguinte, estava programada uma trilha, mas choveu tanto que a caminhada foi cancelada. Pra ninguém ficar entediado, teve mais bingo, aula de ginástica e hidro na piscina aquecida. Estas seriam as últimas atividades da excursão.

Depois disso, a turma almoçou e voltou para o Rio. Eu e Cardozo ainda ficamos mais um pouco. Como estávamos de carro, deu pra esperar o tempo melhorar.

A volta foi tranqüila, só complicou no trânsito de São Paulo, pra variar... De dia, pudemos ver as paisagens que não vimos na ida. Como era noite, havíamos perdido as dezenas de vales e montanhas à beira da estrada. Também paramos em uma loja de artesanato em Capivari. Trouxe mais uma galinha d’Angola de madeira para fazer companhia a outras duas que já tenho em casa. Acho que o que atiçou a vontade de comprar foram as galinhas d’Angola de verdade que vi no hotel.



O VALE DA MANTIQUEIRA

A estrutura do hotel-fazenda em que nós ficamos é bem completa e o serviço muito atencioso... Além de pomar, balneário, curral e piscina aquecida, o Vale da Mantiqueira tem piscina ao ar livre, cavalos, pista de hipismo, bicicletas, lago de pesca com pedalinho, área para a prática de arco-e-flecha, charrete, trenzinho, quadras de vôlei e futebol de areia, sala de ginástica, sauna seca e a vapor, salão de jogos com ping-pong, sinuca e mesa de carteado.

O hotel é plano e tem rampas para portadores de necessidades especiais. Os apartamentos são grandes e possuem ar-condicionado, tv, frigobar e telefone. A ducha dos banheiros é bem quente. Mesmo no frio o banho é gostoso.
O hotel tem nove anos e está muito bem conservado.

Na ala nova, que eles estão acabando de construir, todos os apartamentos são voltados para a montanha e alguns tem banheira de hidromassagem.



Se alguém quiser saber mais informações, o site é o www.valedamantiqueira.com.br
e o telefone é o (35)3373-1900.

É isso aí, meninas. Voltei de Minas renovada e com ótimas imagens e entrevistas para o programa Geração Ativa. Bjos.

Mais informações com a Chrys no seu blog; www.vilamulher.com.br/chrys ... com tempo cadastre-se no site, visite meu blog também... /jcnavegador

2 comentários:

Anônimo disse...

vc conseguiu ligar de celular? qual a operadora?

Anônimo disse...

Segue outros fones para contato

35 - 3373 1188 / 3373 1317 / 3373 1734.

Se você estiver ligando de outro estado não esqueça de colocar o codigo 21 (Embratel), depois o código da região do hotel = 35 e o telefone que contém 8 digitos.

Os fones celulares são pessoais.

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