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Localiza-se no Alto Noroeste de Portugal, na fronteira com Espanha, cobrindo uma área de 72.000 hectares e repartindo-se pelos concelhos de Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras do Bouro e Montalegre.
3 Locais de visita obrigatória, Trilho da Calcedónia, Geira Romana e Vilarinho das Furnas.
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Engloba, de Nordeste para Sudoeste, as serras do Gerês, Soajo, Amarela e Peneda e os planaltos da Mourela e de Castro Laboreiro. O ponto mais elevado localiza-se na serra do Gerês e ultrapassa os 1500m. É atravessado por muitas linhas de água, de entre as quais se destacam os rios Cávado, Lima e Homem.
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Não se pode falar de um único tipo de clima devido ao seu relevo de transições bruscas, disposto tanto paralela como perpendicularmente à costa. No entanto, caracteriza-se globalmente por uma elevada pluviosidade, invernos rigorosos e uma alta humidade atmosférica.
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O território do Parque integra-se no Maciço Hespérico e é essencialmente granítico, embora apresente também algumas faixas de xisto.
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As florestas desta zona são dominadas por carvalhos. Encontram-se também o medronheiro, o azevinho, o azereiro, o pinheiro e o vidoeiro. Os matos arbustivos são característicos de zonas mais elevadas e são constituídos principalmente por tojos, urzes e giestas. Há espécies vegetais que só podem ser encontradas no Gerês, como o lírio-do-gerês, o feto-do-gerês e o hipericão-do-gerês.
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As espécies animais com maior representatividade nas serras do Parque são o javali, o veado, o texugo e a lontra. Há outras espécies que ainda subsistem nesta área, embora em menor quantidade. É o caso da águia-real, do lobo, do corço e do garrano. Outros há, como a cabra-do-gerês, que já não podem ser encontrados por estas serras devido à maléfica acção do homem.
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No que diz respeito a aves, podem ver-se ainda, para além da águia-real, o milhafre-real e o falcão. Quanto a répteis, subsistem a víbora negra, a cobra-d’água, o lagarto d’água e a salamandra.
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A Peneda-Gerês é uma zona humanizada desde o Neolítico, como o comprovam, entre outros, as necrópoles megalíticas do planalto de Castro Laboreiro. Os romanos também deixaram vestígios, nomeadamente a famosa Geira (estrada que ligava Braccara Augusta a Astorga). Hoje em dia, as gentes da serra vivem principalmente da agricultura, pecuária e pastorícia.
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Nas serras do Soajo e da Peneda, para além das vulgares aldeias, existe um tipo de povoamento muito típico. Cada família tem duas casas, uma na inverneira e outra na branda. A inverneira, como o nome indica, é a aldeia onde a família passa o inverno. Situa-se a uma altitude mais baixa, em vales abrigados. No princípio de Dezembro, as pessoas descem para a inverneira, onde passam o Natal, permanecendo até Março. Nessa altura, sobem para a branda, que é uma aldeia de altitude, onde se fazem as sementeiras e onde se passa a maior parte do ano. A Páscoa já é, então, passada na branda. Hoje em dia, nas poucas aldeias que mantêm a tradição, as pessoas levam consigo apenas os seus animais e alguns haveres, ao contrário de antigamente, em que as pessoas levavam até a mobília. Agora já não é assim, visto que as duas casas estão minimamente equipadas.
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Parque Nacional da Peneda - Gerês
Av. António Macedo
4704-538 Braga
Tel.: 253.203.480
Fax: 253.613.169
2 comentários:
Todas as fotografias sao uma falsidade. Nao pertencem ao Parque Nacional da Peneda Gerês.
k parvoice ter fotos falsas! Eu diria que é um crime!! O nosso país tem tanta coisa linda para mostrar e é isto que aparece!!!
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